Por que estes cantores da noite para o dia conseguiram tanto sucesso, quando antes não conseguiam? Haveria de concordar, que até mesmo, pessoas que não freqüentam igrejas evangélicas, compram CDs de músicas gospel, para ouvir em bares e outros locais semelhantes. Não se pode negar que a música gospel anima, agita, dá até prá dançar ou rebolar! Entretanto, eis a razão para que este tipo de música venha a ter bastante aceitação entre o público em geral.
Para atender a demanda, tem que se investir em construções de megas templos com o objetivo de proporcionar assentos para todos os convidados que comparecem aos shows. No Brasil, já existem templos que comportam aprixmadamente, até 60 mil lugares. Os ritos são animadíssimos, há coreografias, danças de diversas espécies. Estes “Mega-Eventos” parecem muito mais com casas de espetáculos teatrais do que um culto de adoração a Deus, aliás, fala-se muito pouco na Bíblia.
Moisés estava há dias no monte Sinai esperando receber de Jeová os dez mandamentos para instrução de seu povo. Se tornando impacientes, os israeltas, por acharem que Moisés estava demorando, resolveram fabricar um bezerro de ouro para adorá-lo como se fosse o Verdadeiro Deus que os libertou da servidão egípcia. Observe o que diz o relato bíblico de Êxodo 32: 17,18. “E Josué começou a ouvir o barulho do povo por causa da sua gritaria, e ele passou a dizer a Moisés: “Há um barulho de batalha no acampamento.” Mas ele disse: “Não é um som de um canto de realizações potentes, E não é um som de canto de derrota; É o som de outro canto que estou ouvindo.” Moisés, logo identificou que aquele barulho e aquela cantoria que estava ouvindo do acampamento não provinham do Deus que ele conhecia. Que tamanha cegueira espiritual encontravam-se aqueles israelitas; de verdadeiros adoradores passaram a foliões idólatras. Chegarem ao absurdo, de fazer em um bezerro de ouro e o adorarem como fosse Jeová? Do mesmo modo, está acontecendo, em nossos dias com a profanação da música gospel. Assim como Moisés reconheceu que aquele canto não provinha do Verdadeiro Deus, assim hoje, ainda existem aqueles que não perderam o raciocínio, e quando escutam o barulho dessas músicas, dizem: “Isso não pode ser um hino de louvor a Deus.”
Quando um ídolo gospel está preste a se apresentar, as casas lotam muito cedo, mesmo que tenham de pagar pelo o engresso. Antes das estrelas entrarem no palco para sua apresentação teatral, irradiantes luzes e efeitos especiais leva o público ao delírio e a folia, assim como os adoradores do bezerro de ouro que diziam: “este é o nosso deus!”. Nestas ocasiões, ao invés de se ouvir a pregação genuína da palavra de Deus, que nos proporciona conhecimento exato para a salvação, aproveitam para venderem o seu melhor produto, que são os CDs de suas músicas. Parece muito mais com uma feira livre do que um culto de adoração a Deus. Nesta ocasião como todos já se encontram inebriados pela música extravagante, apelam para as técnicas de marketing, por prometerem o que muitas vezes eles não têm. Como ser feliz no casamento e resoluções para as frustrações, riquezas para os endividados, curas para todos os males, e até casamento para as encalhadas, e vão mais além. Diante das promessas espetaculares de vitórias as multidões ficam em estado de êxtase, dançam, cantam, pulam, esbravejam, é um verdadeiro carnaval. Quem sabe, se não pensem que ao saírem daquele lugar os seus problemas não estariam resolvidos? Portanto, cuidado com aquilo que apenas parece ser correto ou bom.
Para aqueles que transformaram a palavra de Deus num comércio, cuidado! Lembre-se, que Jesus certa vez expulsou os vendilhões do templo, e até os açoitou com azorrague. O tempo está próximo, muito próximo, de ser varrido da terra a enganação, e, principalmente, o comércio que estão fazendo com a palavra de Deus. Não adianta tentar esconder o sol com a peneira. O tempo está escoando, o tempo é curto. Aqueles que desejam escapar da destruição só há uma saída, estudar a palavra de Deus cabalmente, e aderir à verdadeira adoração que Deus aceita, em espírito e verdade...
Sebastião Ramos, funcionário público federal
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