“VIOLÊNCIA”. Que relação tem com os dias de Noé?

Quem não lembra do índio patachó que foi queimado vivo quando dormia numa parada de ônibus? Do garotinho João Hélio arrastado no asfalto tendo o seu corpo despedaçado?  Da doméstica que sofreu espancamentos por estudantes universitários, e tantos outros? Ultimamente, a mídia, levou mais de 98% das pessoas a protestarem, contra o caso Isabela, sem contar agora com a auxiliar de enfermagem do Rio Grande do Sul, que jogou sua filhinha de oito meses do 6º andar. As pesquisas revelam que a preocupação da maioria era perder o emprego, porém, hoje, é o medo da violência, que está levando a crise de depressão e o pânico. As páginas dos jornais são banhadas de sangue diariamente, seja por guerras, terrorismo e crimes. Observe o que disse um apresentador de um programa policial: “Se no passado não havia notícia sobre violência para preencher o tempo de um programa, hoje há inúmeros, e mesmo assim não conseguimos relatar todos os casos”. As profecias bíblicas há muito tempo vinham alertando, que ao nos aproximar do fim deste sistema de coisas, as pessoas iriam demonstrar características ruins, entre elas, “ferozes”. Outro exemplo, que nos deixa em alerta máxima, é quando lemos na Bíblia a história dos tempos de Noé. Naquela época a terra se encheu de violência, e precisou da intervenção de Deus para que aquele mundo respirasse em paz. Veja o que diz o livro bíblico de Gênesis 6: 5-13: “Por conseguinte, Jeová viu que a maldade do homem era abundante na terra e que toda inclinação dos pensamentos do seu coração era só má todo o tempo, e então Deus disse a Noé: Vou destruir da superfície da terra os homens que criei...” e acrescentou: Chegou o fim de toda a carne diante de mim, porque a terra está cheia de violência...” A violência tinha se espalhado, por toda a parte. Não haveria outra alternativa, a não ser a destruição de todos os perversos. Noé e sua família, por serem pessoas justas e pacíficas, foram agraciados por Jeová por receberem orientações para construírem uma arca para sua sobrevivência, a inda teriam uma outra tarefa pesada: pregar a um mundo descrente, imoral, e, sobretudo, violento.
Teria os dias de Noé uma relação profética com os nossos dias? Sem dúvidas. Observe, as palavras de Cristo: “Pois assim como foi nos dias de Noé assim será a presença do Filho do homem...”. Notadamente, quando a violência se concentrava apenas em determinados bairros de periferia, as pessoas que moravam em áreas nobres achavam-se seguras, pelo fato de não haver crimes e assaltos, porém, a criminalidade chegou ao um estado lastimável que atingiu interiores quase desabitados.           
As vésperas da destruição da cidade de Jerusalém, também a violência se proliferou. “O povo tiranizaria um ao outro, sim, cada um ao seu próximo... O jovem arremeteria contra o homem idoso... Atualmente, à violência contra os idosos já é motivo de preocupação máxima. Existe até o Dia Mundial de “Enfrentamento a Violência Contra Pessoas Idosas”. Uma pesquisa apontou que esse tipo de violência se manifesta na maioria dos casos, dentro do círculo familiar e das formas mais diversas, desde negligência, uso indevido do benefício de aposentadoria, cárcere privado, falta de alimentação, e até mesmo a agressões físicas. Se não bastasse este tipo de violência contra os idosos, ao receberem o seu salário, os bandidos tomam de assalto, deixando impedidos de pagarem a alimentação que compraram na mercearia. Como o mundo mudou! Deixou de existir a afeição natural até no meio do próprio círculo familiar!
À medida que a violência aflora, os hospitais ficam abarrotados de pacientes, principalmente, os de traumas. Os médicos que trabalham nas emergências são os que mais sofre devido não haver leitos, equipamentos, e remédios para atender todos os molestados, por acidentes de trânsito, facas, balas e espancamentos. Nunca tinha se visto tamanha superlotação nos hospitais. Os que conseguem escapar da morte, não ficam imunes de sequelas físicas, ou emocionalmente. A situação se tornou tão grave, que muitos médicos têm pedido a exoneração de seus cargos, do mesmo modo como ocorreu às vésperas da destruição da cidade de Jerusalém, em que as autoridades renunciavam seus postos de auto-escalão por não conseguirem governar uma cidade impregnada de fraudes, imoralidade e, sobretudo, violenta.
Perante a agravante situação, muitos já começam a acreditar que não há alternativa para o fim da violência, a não ser por uma ação direta do próprio Deus, semelhante ao dilúvio global. Contudo, por mais que os intelectuais e os sábios deste mundo se orgulhem por terem conseguido andar na lua, porém, não conseguem andar em paz pelas ruas de seu próprio planeta. O profeta Habacuque, que presenciou a violência na cidade de Jerusalém, certa vez perguntou a Deus: “Até quando, ó Jeová, terei de clamar por ajuda e tu não ouvirás? Até quando clamarei a ti por socorro contra a violência e tu não salvarás? Por que me fazes ver o que é prejudicial e continuas a olhar para a mera desgraça...?” Deus responde a Habacuque, que não haveria paz devido o justo está cercado pelo o ímpio. Contudo, embora Jeová não nos responda como na época de Habacuque, por meio de sua palavra profética transcrita na Bíblia, nos consola: “E apenas mais um pouco e o iníquo não mais existirá, estarás atento ao seu lugar e ele não existirá, mas, os próprios mansos possuirão a terra e se deleitarão na abundância de paz...” (Salmos 37: 10) Hoje, como nos dias de Noé, os avisos estão sendo dados em grande escala, através da pregação das boas novas do Reino de Jeová, em mais de 236 países, porém, infelizmente, a maioria caçoa, por afirmarem: “Seus tolos o mundo não vai acabar”. Mesmo enfrentando a apatia e zombaria, temos que ouvir a Deus antes que aos homens, não é verdade? Muitas pessoas às vezes têm se perguntado: “Por que a religião não consegue ensinar as pessoas a viverem em paz?” Eu diria que o mau exemplo de líderes religiosos é o ponto chave para levar as pessoas perderem a fé, e por sua vez, ficarem mais violentas. Todavia, se a religião não conseguiu religar o homem a Deus, não tem razão para continuar existindo, pois, não é por mero acaso, que a profecia bíblica afirma que em breve, toda sorte de religião falsa será destruída. (Revelação 17: 16, 17)
Após a destruição da iniqüidade, a terra inteira será transformada num paraíso. Não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor e nem dor, nem tampouco, pessoas violentas para nos tirar a paz. Portanto, aqueles que raciocinam com base nos fatos correntes jamais discordariam que o fim deste sistema é iminente. Não nos enganemos com falsos raciocínios, mas, sempre lembremos das palavras de Cristo: “Quando virdes todas estas coisas ocorrerem erguei as vossas cabeças porque o vosso livramento está se aproximando”. (Apocalipse. 21: 3-5 e Lucas 21: 28)

Sebastião Ramos – funcionário público federal
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