Tatuagem vs. câncer de pele

Por que alguns indivíduos cultivam o hábito nefasto de piercings e tatuagens?

Por que os mais jovens, sem qualquer pudor, sujam a beleza da pele juvenil que receberam como dádiva da natureza?

A mídia informa que tudo não passa de modismo.  Mas, especialistas garantem que a tatuagem pode ser um tipo de câncer – porque só desaparece com intervenção cirúrgica complexa, exatamente como nos casos de câncer de pele... Sabemos que a pele é o maior de todos os órgãos.  Que reage de maneira imprevisível ao que possa incomodar: excesso de sol, poluição ambiental, rejeição a elementos químicos que produzem alergia.  Não dá para imaginar a reação diante da ação que perfura a epiderme com agulhas e tintas com alto poder de penetração e toxicidade, para fixar uma tatuagem!

Deve ser temeroso tatuar as partes do corpo de quem, por diversos motivos, quer exibir para alguém sentimentos de protesto, paixão ou logomarca tribal.

A inconseqüência se torna comum entre aqueles jovens que compõem o que se convencionou chamar (por favor, sem preconceitos) de moderna geração – esta pobre geração sem expectativas de viver bem. 

Tudo por conta do fracasso das instituições, do insucesso nas relações familiares, do mau comportamento de dirigentes impunes que corrompem planos financeiros e educacionais, incapazes de gerar esperanças aos sem emprego nem expectativas de adaptação ao cotidiano desumano das mega-cidades, onde tentam sobreviver no limiar da miséria!

Exagero?  Pensem a respeito.

Os meios de comunicação e entretenimento que poderiam representar uma alavanca de apoio social, alimentando hábitos regionais, por exemplo, só conseguem estimular a alienação juvenil através de programas de conteúdo duvidoso – filmes de violência, sugestão de consumo de drogas e bebidas, eleição de estrangeirismos via internet.  Com destaque para esse hábito estranhíssimo que obriga os cidadãos nacionais ao uso de expressões como tatoo, ao invés de tatuagem.

É bem mais fácil se sentir entronizado em alguma tribo que sustenta hábitos de contestação ao sistema vigente, como forma de protesto contra a indiferença de governantes – eternamente mal escolhidos para o cargo.

Quem sabe, perpetuar um pacto apaixonado?

- E tome tatuagem no corpo, nas partes íntimas, em especial! 

Porém, ao longo da vida, cada qual seguirá seu próprio caminho: mudarão as escolhas, hábitos, exigências profissionais.  Quem sabe, ocorrerão dificuldades oriundas de uma tatuagem grosseira que irá dificultar, no futuro, a conquista do emprego promissor?

Tatuar a pele pode identificar desequilíbrio emocional momentâneo ou permanente.  Porém, de certo mesmo, fica impresso o sacrifício que os usuários vão ter que enfrentar para retirar da pele aquela impressão, de um momento carregado de idealismo ou simples inocência, que pretenderam perpetuar. Uma tatuagem irresponsável, permeada pela inconseqüência que cada um mal desenhou, para sempre, na própria pele e na vida...

   


     







 

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