Ao longo dos tempos, as manchetes dos jornais do mundo inteiro sempre detiam-se pertinentemente em noticiarem a fome crescente na África, principalmente, na Etiópia e na Somália. Contudo, nestes últimos dias, as notícias sobre o referido assunto deslocou-se dos referidos continentes para quase todo o sistema planetário global. Qual seria o motivo? Bom, quem tem acompanhado o noticiário sobre o aumento dobrado nos preços dos alimentos básicos, como o arroz, o trigo, o milho e a soja, observa, que as perspectivas não são nada animadoras para que o mundo inteiro venha sofrer um grande colapso no abastecimento de alimentos. Não seria simplesmente por mero acaso, que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez recentemente um alerta sobre a disparada dos preços dos alimentos afirmando que a questão se tornou “uma crise global real”. Ele ainda afirmou em Viena, na Áustria, que a alta global dos preços ameaça os esforços mundiais contra a pobreza, e, se os governos não enfrentarem esta agravante situação de frente poderia afetar o crescimento e a segurança mundial. Quais seriam os fatores detectados para que a situação chegasse a este ponto alarmante? A alta no preço do petróleo, o (boom) dos biocombustíveis, o aumento da demanda nos países em desenvolvimento e a mudança climática, que causa mais inundações e secas.
Os relatos bíblicos sempre nos contaram que a fome atravessou épocas na vida de gerações e populações inteiras. As causas eram bem parecidas como as dos nossos dias. Vejamos exemplos: Secas, saraivadas destrutivas, pestilências de insetos, (gafanhotos) que devastavam as plantações, bem como guerras e conflitos sempre estavam presente entre os povos. Realisticamente, também em nossos dias, visualizamos contrastes, ou seja, chuvas em demasia em determinados locais e secas noutras, sem contar as pragas de lagartas que dilaceram as inteiras plantações. Inclusive, com o ciclone ocorrido nestes dias na Ásia, segundo especialistas, os alimentos tendem a ficarem mais caros, principalmente, o arroz.
Na verdade, não podemos passar despercebidos que a Bíblia predisse um tempo em que haveria escassez de víveres, (alimentos), e muitas outras coisas ruins, como guerras, terremotos e pestilências. Estas profecias, “realmente” tem tido o seu fiel cumprimento, principalmente, desde a primeira e a segunda guerra mundiais, porém, agora com maior intensidade, por envolver o mundo inteiro. Mateus 24: 7
A história dos últimos dias da cidade de Jerusalém tem uma relação profética com o nosso tempo. Naquela época, os problemas eram crescentes em todas as esferas da sociedade e difícil de serem resolvidos pela via humana. Havia corrupção, imoralidade, violência, fraudes religiosas em excessivo grau, sem contar o desabastecimento de alimentos que provocou uma fome cruel aos seus habitantes. Os governantes perderam o controle totalmente da situação que chegaram a ponto de oferecer os cargos de alto-escalão para pessoas sem qualificações de governar o país, mas, não se achava ninguém que se habilitasse a aceitar o convite.
O historiador Josefo, que viveu naqueles dias turbulentos, descreveu fatos horripilantes em seus livros, o retrato de uma cidade desgovernada caminhando para o abismo e o caos. Seus relatos contam que em meio a uma guerra civil, as condições de vida se deploravam continuamente, e as pessoas mutuamente lutavam entre si no meio de empilhas de cadáveres que se formavam pelas ruas. A própria Bíblia, registra no livro de Lamentações que muitos desejavam terem morrido na guerra do que continuarem se acabando lentamente de fome, por não ter o que comer. Mães que antes eram amorosas para com os seus filhinhos matavam os para se alimentar.
Se porventura alguém escapasse de morrer pela fome dificilmente escaparia de morrer pelas pestilências ou pela a espada. Não resta duvida, que se cumpria fielmente à profecia de Cristo, pois, os que acataram o seu aviso, se refugiaram nos “montes” perderam seus pertences, sim, mas, em compensação salvaram o mais precioso, suas próprias vidas, no momento em que o exército romano derrubou a cidade matando milhares de milhares.
Jamais desacreditaríamos que os nossos dias não se assemelhem com os dias de Jerusalém. Sem esforços, vemos pestilências, conflitos e guerras crescentes por toda à parte, e se não bastasse, agora com o aumento exacerbado do preço dos alimentos, a “Profecia Bíblica” do profeta Ageu também inicia o seu cumprimento quando afirma que semearíamos muito e recolhíamos pouco. Comeríamos, mas não nos saciaríamos e quem recebesse salário, daria apenas para por numa bolsa furada. Exatamente, como esta acontecendo com todos nós. Os alimentos perderam o sabor natural, e com a disparada do preço dos alimentos o salário não dar mais para comprar o sustento de nossa família.
A conseqüência de tudo é o que presenciamos pelo o mundo afora. Agitações sociais e tensões políticas eclodem por vários países, na Costa do Marfim, Mauritânia, Etiópia, Madagascar, Filipinas e Indonésia, onde morreram várias pessoas, e com perspectivas reais de haver manifestações violentas em outros continentes, inclusive, na America Latina, segundo alertou Jaques Diouf diretor da (FAO).
Na Argentina, acontece uma greve de agricultores, e o povo já sente devastadores efeitos econômicos em seu bolso, pelo o alto preço dos alimentos. Diante do quadro exposto, não dar mais para deixar de se acreditar que as legiões de miseráveis, desesperados e desgraçados sociais, tende a crescer, e uma massa faminta não há ninguém que a consiga contê-la.
Apesar do desespero e a angustia tomar conta das pessoas, não seria motivo de perdermos a fé e a esperança. Seguramente, o Reino de Deus, em breve, assumira todo o controle dos assuntos na terra, trazendo a solução para todos os problemas crônicos; especificamente para a problemática da fome, que por mais que os governantes se esforcem não irão resolver. Todavia, a palavra profética inspirada consola a todos que estão em aflição: “Terá do daquele de condição humilde, e salvara a vida dos pobres. Virá haver bastante cereal na terra. No cume dos montes haverá superabundância.” ¬– Salmo 72: 13 16.
Para saber sobre outros benefícios e bênçãos que o reino de Deus trará, peça um estudo regular da Bíblia, pois certamente, irá conhecer com profundidade, perguntas tais como: Porque existe o sofrimento? Existe vida após a morte? Quem é realmente o Verdadeiro Deus, Jeová? O que o futuro nos reserva? O estudo bíblico é capaz de dar respostas convincentes a todas estas perguntas, e mais além, e, sobretudo, o direito de sobreviver a maior das catástrofes; o fim deste mundo mal, e viver para sempre em felicidade no paraíso, aqui mesmo na terra. (Apocalipse, 21: 3-5)
Sebastião Ramos: Funcionário público federal
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