Inicialmente cogitada quando do anúncio da escolha do enredo 2019 da escola de samba União do Parque Curicica, na 3ª divisão/Série B do Carnaval carioca, cujo título será: “Eu vi Deus, Ela é negra!” que terá um evidente viés artístico-cultural de exaltação às mulheres negras guerreiras através de um fio condutor religioso-afro.
Acabou ficando fora da sinopse de tal enredo, uma citação-menção-homenagem à vereadora carioca pelo PSOL, Marielle Franco, que se tornou uma espécie de mártir por ter sido assassinada/executada a tiros juntamente com o motorista dela Anderson Gomes dia 14 de março passado.
Em outras palavras, embora tal citação-menção-homenagem à vereadora & mártir tenha chegado a ser noticiada na imprensa justamente porque ela foi executada a tiros devido ter sido uma combativa mulher negra nas lutas contra a opressão racista e a de defesa da causa LGBTI (lésbica, gay, bissexual, transexual e intersexual). Na sinopse do enredo 2019 da escola de samba Curicica intitulado: “Eu vi Deus, Ela é negra!” não tem menção-citação-homenagem à vereadora Marielle Franco.
Nem nos versos da introdução criados por Cristiane Mare, nem na ideia original do enredo criada por Roberta Rosa, nem nas pesquisas & redação do texto feitas por Leonam Lauro Nunes da Silva. O que consequentemente não constará no desenvolvimento dos quesitos enredo, alegorias/adereços e fantasias que estão a cargo do carnavalesco Wagner Gonçalves.
Nem na safra de sambas concorrentes e ou no ‘hino’ oficial 2019 da escola de samba União do Parque Curicica que será a quinta agremiação a se apresentar na noite do dia cinco de março do próximo ano, terça-feira, na passarela da Intendente Magalhães, no suburbano bairro carioca da zona norte Campinho.
*torcedor da Portela – é jornalista.