Através do seu portal UOL, o jornal igualmente burguês Folha de S. Paulo está usando a assistente social e agora professora-doutora da universidade privada católica PUC/SP, Márcia Eurico, por ela ser negra, enquanto espécie de inocente útil da defesa do capitalismo, racismo e racialismo. Haja vista, por si só dizem tudo, tanto o título-manchete de capa: “Márcia, a professora negra que fez alunos ocuparem e pararem a PUC-SP” quanto o conteúdo da reportagem publicado sábado, 26/05/2018, por tais mídias burguesas.
Ou seja, por si só, o título da reportagem ao estigmatizar a professora enquanto negra, já a caracteriza de forma racista. Vide esses dois ensinamentos-legados: “Na África e países da diáspora conforme o Brasil, a luta dos negros contra o racismo e o (imperialismo) colonialismo é específica, estratégica e indissociável da luta de classes” livro Nacionalismo Negro do genial revolucionário marxista russo Trotsky (1879-1940). Assim como: “Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda” do maior herói negro mundial, o mártir internacional da Consciência Antirracista, o sindicalista e líder socialista sul-africano Stephen Bantu Biko que é mais conhecido como Steve Biko (1946-1977).
Assim, no restante da reportagem em questão, fica claro que devido à falta de consciência anticapitalista e, por conseguinte, antirracista da professora Márcia Eurico que é negra e adepta do racialismo (crença e ou ideologia fundamentalistas na cientificamente não-comprovada existência de “raças” humanas) a professora acaba usada por tais mídias burguesas enquanto espécie de inocente útil da defesa do capitalismo, racismo e racialismo.
Racialismo esse que enquanto crença e ou ideologia fundamentalistas cientificamente não-comprovada existência de “raças” humanas, passou a prestar serviços servindo de muleta ao gênero de políticas que pode ser pública ou privada e que ficou conhecido como ações afirmativas criadas pelo jurisfilósofo estadunidense John Rawls (1921-2002) que era burguês & branco.
Tudo, porque as ações afirmativas têm enquanto objetivo supostamente “humanizar” as inexoráveis exploração e opressão social sofridas por negros, LGBTs e pessoas portadoras de necessidades especiais, não como pobres e oprimidos, mas enquanto pobres coitados necessitados de tal piedade social. O mesmo ocorre em relação às pessoas pretas, negras, afrodescendentes isto é aquelas que têm na cor da pele, rosto e ou cabelos traços antropológicos de pessoas africanas pretas ou negras. Ou seja, o mesmo ocorre em relação à espécie de políticas que pode ser pública ou privada apelidada de cota “racial”.
Por último e pra não me alongar, propugno que todo o sistema educacional isto é da creche passando pelas escolas inclusas as técnicas profissionalizantes até as universidades, todas sejam obrigatoriamente de excelência na qualidade, públicas/gratuitas e universalistas isto é com acesso para todos e todas.
*militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da corrente interna do PSOL, Esquerda Marxista (EM) a seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) – é jornalista.