A última morte de Fidel Castro

http://www.jornalorebate.com.br/487/17297757-CUBA-CIRCA-1999-A-stamp-printed-in-cuba-shows-Fidel-Castro--Stock-Photo.jpg

O comandante em chefe da Revolução cubana, Fidel Castro, era a maior personalidade viva do século passado.  Sua trajetória todos sabemos, suas guerras contra o imperialismo, contra a opressão capitalista e a guerrilha desenvolvida em Sierra Maestra contra o exército de Fulgencio Batista, que levou Cuba a ser o primeiro país socialista do hemisfério ocidental.
Antes da Revolução, que teve êxito em 1º de janeiro de 1959, Cuba era quintal dos norte-americanos, parque de diversão de milionários, artistas e políticos. O capitalismo fazia a dança dos dólares na ilha ao mesmo tempo em que oprimia e humilhava seus habitantes.

A proclamação da República de Cuba, a implantação do Estado Comunista, a aproximação com a União Soviética, que instalou armas nucleares em território cubano, aliado ao ‘perigo’, segundo a CIA, de que a revolução cubana fosse parâmetro para outras revoluções no continente, levou os Estados Unidos a promoverem o maior bloqueio econômico da história, além de tentarem assassinar o líder cubano por diversas vezes.

Em uma das tentativas, há muita lenda nisso, os EUA enviaram charutos envenenados para Fidel, também tentaram contra a vida do Comandante presenteando-o com canetas tóxicas. O que vai ficar para a história foram a invasão da Baía dos Porcos e o embargo que fez com que a Organização dos Estados Americanos – OEA – excluísse Cuba dos acordos comerciais. Fidel morreu várias vezes e em todas conseguiu ficar de pé e sair andando.

Apesar de todas as tentativas de desmonte do que passou a ser a ‘pedra’ no sapato imperialista, Cuba tornou-se referência para intelectuais e artistas, referência na medicina e na educação. Um país, tratado como ‘uma ilha’, conseguiu sobreviver com o que tinha, sem ficar de joelhos para o mundo ocidental e suas aberrações e injustiças sociais.

O povo cubano tinha admiração, respeito e carinho por Fidel. Ele recebeu o apelido de “El Caballo’ durante inflamado discurso de horas, logo após tomar a cidade de Havana com seus companheiros. Em meio ao discurso, uma revoada de pombos circulou sobre sua cabeça e um deles posou em seu ombro tendo ficado aí por muito tempo. O pombo é símbolo de Oxum em Cuba e o povo começou a gritar: ‘El Caballo de Oxum”.

Fidel Castro não era imortal, pelo menos fisicamente, e foi acometido de grave doença que o afastou das Praças e do Povo. Depois de sobreviver aos vários atentados e conseguir sustentar um governo a base do nacionalismo e da bravura, teve que pedir licença da vida e subir Sierra Maestra mais uma vez, sem as metralhadoras, mas ao lado de camponesas guerrilheiras que desceram para conduzi-lo à eternidade.

“Hoje, milhões de crianças dormirão nas ruas. Nenhuma delas é cubana” (Fidel Castro)

Ricardo Mezavila é escritor.

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS