Apesar de muitos concordarem que o ano começa quando termina o carnaval, esse ano está sendo diferente porque, mesmo estando em 2016, ainda estamos em outubro de 2014. Só para efeito explicativo, 2015 só existiu no calendário, ainda não conseguimos festejar o reveillon.
Os derrotados das últimas eleições ainda não se conformaram, perderam o senso patriótico que deve estar acima dos resultados. O país tem o pior e mais nefasto Congresso desde o início da República. Caminhamos passos largos para uma recessão fabricada, uma crise partidária criada para dar fuga aos bandidos centenários que vivem na escuridão do brilho sujo de suas fortunas.
Não se iluda, não vire ‘midiota’ e ‘midimbecil’ de um grupo oculto e encapuzado que dança com o diabo, que está instalado na administração pública em todos os níveis trocando favores, beneficiando-se. Fique de olhos e ouvidos alertas, atentos para não cair no caldeirão do bruxo e virar miúdo e tempero de sopa.
Por mais que eu acredite em Deus, não acredito em ninguém que se manifeste em seu nome. Deus se manifesta unicamente no homem, na natureza, e em todos os mistérios neles envolvidos. Fora isso, o resto é especulação, acúmulo de bens e golpe.
Por mais que nos tenham negado um ano inteiro, provavelmente acontecerá o mesmo esse ano, não podemos deixar que a tristeza e o pessimismo se instalem em nossos dias. O clima deve ficar leve para que as coisas possam fluir bem e transparente. A luta é um trunfo que temos e que não tem preço, não podemos vendê-la ou trocá-la por panelaços de ódio, selfies em passeatas e discursos sem conteúdo.
Ricardo Mezavila
Escritor