O que está por trás do cancelamento do Carnaval

Ao menos 46 cidades brasileiras de norte a sul do país cancelaram o Carnaval 2016. Ou seja, tais prefeitos são eleitos pelo povo. Porém, não o ouvem nem concebem o Carnaval enquanto Arte e Cultura que teria que ser associada à Educação notadamente quando movimenta Turismo. A maioria de tais prefeitos alegam ´esvaziamento´ dos cofres públicos causado pela crise e pela ´queda´ na arrecadação. Outros dizem preferirem direcionar os ´poucos´ recursos públicos para áreas de maior ´prioridade´ como reparos causados por enchentes, compra de ambulâncias, para ´pagamento´ de fornecedores e até campanhas de combate à dengue.        
Somente no sul de Minas atingido por catástrofe ambiental em 2015, 12 cidades tiveram o Carnaval cancelado: Passos, Lavras, Varginha, Itajubá, Albertina, Guapé, Cássia, São Tomás de Aquino, São Batista da Glória, Alpinópolis, Fortaleza de Minas e Cana Verde. Apesar de famoso e tradicional por atrair foliões das cidades vizinhas, de capitais como Belo Horizonte, São Paulo além de cidades do norte paulista. Já no próprio Estado de São Paulo também tiveram Carnaval cancelado cerca de 25 cidades como São Carlos, Araras, Campinas, Araçatuba, Suzano e Ribeirão Preto. Esta devido ter sido atingida por uma epidemia de dengue.             
Epidemia essa que levou a prefeitura ribeirão-pretana decretar ´estado de emergência´ e priorizar recursos financeiros para o combatê-la. O mesmo alegado pelas prefeituras das cidades de Maria Odessa e Capivari. Ainda em Sampa não haverá Carnaval devido às enchentes em Catanduva, Iperó, Cerquilho, Tatuí, Cesário Lange e Poá. Até a cidade de Itu, conhecida como ´onde tudo é grande, maior que o normal´, a prefeitura encolheu o Carnaval, passando de quatro para apenas dois dias. Outras cidades vão sofrer com Carnaval mais ´enxuto´, principalmente o de rua como os de trios elétricos e desfiles de blocos e escolas de samba.
É o caso de grandes cidades como a capital mineira Belo Horizonte onde o corte foi da bagatela de R$-2 milhões. Outras cidades mineiras históricas como Diamantina e Ouro Preto sofrerão inevitáveis quedas no turismo, pois, não terão desfiles de escolas de samba e os tradicionais blocos de rua terão que desfilar com recursos próprios. O maior e mais famoso Carnaval do Rio Grande do Norte, Macau foi cancelado pela prefeitura que se aproveitou da recomendação do Ministério Público. Segundo o qual, devido à crise financeiro-econômica e a seca que assolam quase toda região. Exemplo esse seguido pela prefeitura da cidade de Mossoró.
Já no estado do Tocantins não haverá Carnaval. Segundo a administração, para economizar R$-250 mil que serão utilizados para ´pagar´ os fornecedores e o funcionalismo. Exemplo seguido pela prefeitura da capital do estado do Acre, Rio Branco onde o Carnaval sofreu drástica redução em termos de subvenções, ficando restritas a 15 bairros. Por fim, sendo injustificáveis cancelamentos do Carnaval 2016 em três importantes cidades fluminenses Cabo Frio, Macaé e Nova Iguaçu, as duas primeiras inclusive ricas e turísticas, isso ocorrendo no estado da federação em cuja capital, Rio de Janeiro, são esperados 1 milhão de turistas os quais movimentarão R$-3 bilhões.
Tais injustificáveis cancelamentos por parte dos prefeitos o cabo-friense Alair Corrêa (PP), o macaense doutor Aluízio (PMDB) e o nova-Iguaçu ano Nelson Bornier (PMDB) são espécies de crimes de lesa interesse público-comunitário em termos de Arte e Cultura para o povo de Nova Iguaçu. Arte e Cultura essas que se somam ao notório Turismo nos casos de Cabo Frio e Macaé.

*jornalista – em Macaé é torcedor da escola de samba Princesinha do Atlântico na qual foi diretor de Relações Públicas campeão em 1982 e no Rio de Janeiro é torcedor da Portela.                                    

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