Em um mosteiro da Índia, um monge novato estava agindo de forma rebelde às normas do local, causando um certo tumulto.
O mestre, percebendo o desconforto da comunidade dos monges, resolveu chamar a atenção do monge rebelde determinando-lhe que ficasse num alojamento a parte para que refletisse sobre a sua conduta.
Contrariado, mas obediente, o monge aceitou a ordem e foi levado ao tal alojamento.
Passaram-se algumas semanas e o monge ainda estava no mesmo aposento, onde lhe levavam diariamente comida e água que eram deixadas em uma abertura da porta.
Todo esse tempo de enclausuramento fez com que chegasse à conclusão que havia de fato passado dos limites com aquela atitude de rebeldia. Estava realmente arrependido.
O tempo passava e já fazia alguns meses que o monge estava lá, quando começou a se inquietar e pensou, indignado:
"Sei que abusei da minha liberdade, mas não acho que minha atitude tenha sido tão grave ao ponto de ficar tantos meses trancafiado nesta prisão. Agora quem passou dos limites foram eles. Não vou mais aceitar tamanho absurdo. Vou sair daqui imediatamente, nem que eu tenha que arrebentar esta porta."
Neste momento, o monge se aproxima da porta e, numa atitude enraivecida, tenta forçar a tranca para arrombar a porta logo em seguida. Ao fazer isso, a porta se abre sem qualquer esforço de sua parte.
Espantado, o monge nota que a porta estava aberta durante todo o tempo em que permanecera ali!
Reflexão: Em quais prisões encontra-se confinada nossa consciência?
Sempre em frente e avante,
Prof. Arnóbio Albuquerque, M.Sc.