O universo cultural do município está sempre movimentado. Ultimamente aconteceram bastantes ocasiões, como por exemplo, o mestre e músico macaense Paulo-de-Tarso de Castro Peixoto e a flautista Ana-Carolina, que brilharam com o show MÚSICA DA CIDADE no Centro Cultural Rinha das Artes no último dia 13/05; Animado projeto Sábado em cena, que busca valorizar talentos artísticos; Roda Urbana animando o Calçadão de Macaé; Show do Grupo Jeito Moleque; Teatro SESI Macaé com programações de entretenimento cultural como a adaptação teatral O GIGANTE EGOÍSTA; Projeto Acto Comunidade; Projeto Gourmet Musical com show do grupo Galocantô, em 15/05; Filme ‘Vingadores – Era de Ultron’ que fez sucesso nas bilheterias da cidade; Jovem macaense Raquel Santos, de 13 anos, que está honrando o município no mundo da moda, com sua simpatia, estilo e expressiva beleza exótica; Inédito Curso Livre de Clown; III Salão de Artes na Galeria Café com Arte; Dança de Rua crescendo nos salões da cidade; Festival da Canção de Macaé – Som da Vez; e bastantes outras facetas positivas vem acontecendo na cidade nos últimos meses. Focando nisso, é interessante ressaltar valores, como por exemplo, enaltecer pessoas que fazem e fizeram preciosidades pelo município. A memória deve ser preservada. Há 50 anos atrás, no ano 1965, a macaense de 17 anos (hoje com 67 anos) Maria das Graças Valença (apelidada por ‘Gracinha’ ou ‘Graça’) foi consagrada a Miss Ypiranga Futebol Clube, e concorrendo na disputa do Miss Macaé, sagrou-se vencedora. No dia 12 de junho, no Concurso ‘Miss Estado do Rio 1965’, defendeu as cores macaenses, mas infelizmente não figurou entre as 9 finalistas. Neste Jornal, quando a cidade comemorou seu 200º aniversário, realizei um artigo sobre a Miss Macaé 1965, e agora, em reportagem diferenciada, eis uma entrevista exclusiva para O REBATE com a representante macaense no Concurso Estadual de 1965. Com vocês, a Miss Macaé 1965, Maria das Graças Valença:
A Miss Macae 1965 Maria das Gracas, em desfile no ginasio do Caio Martins de Niteroi, no momento que as concorrentes estavam se apresentando em conjunto, para o publico e tambem corpo de jurados
1. Maria das Graças, vamos começar com uma pergunta simplista. Você que é macaense, me conte, como foi a sua infância em Macaé?
“Foi bastante favorável. Naquela época, as crianças eram diferentes das de hoje, que só querem saber de computador, jogos virtuais, celular e internet. Na minha infância, gostava muito das brincadeiras típicas de antigamente, que eram sadias. Apreciava brincar principalmente de pique e casinha”.
2. E a sua adolescência na cidade, como foi?
“Foi um período muito bom também”.
3. Em 1963, a senhorita Sylvia Valladares Motta Maia, uma macaense (seu local de nascimento em 1942 foi Salvador, Bahia) de 21 anos (atualmente com 73 anos) foi Miss Macaé e 3ª colocada no Miss Estado do Rio do tal ano – depois foi só seguir carreira de modelo. Sylvia era uma das favoritas da imprensa e do público e mereceu a honrosa 3ª colocação no evento estadual, no dia 1º de junho. Sylvia foi premiada na cidade, por ocasião dos festejos dos 150 anos de Macaé, como a ‘Rainha do Sesquicentenário Macaense’, recebendo a fabulosa faixa com o título. Na época, você era uma adolescente de 15 anos. Você se recorda de Sylvia e de seu êxito na cidade e pelo estado (principalmente porque ela enaltecia Macaé quando ía na Televisão e nas rádios, e em todos os eventos que participou no [antigo] estado do rio)?
“Não me recordo dessa macaense, a Sylvia Valladares Motta Maia, nem a conheço. Mas lembro-me vagamente da época quando referiam-se à ela como Miss Macaé. Tinha 15 anos em 1963 e não acompanhei o reinado de Sylvia”.
Maria das Gracas Valenca durante o reinado, fazendo pose, com o famoso gesto de 'TCHAU' das misses, ate hoje uma atitude feita, porque e um jeito que elas cumprimentam todo mundo ao mesmo tempo
4. Em 1964 a Miss Macaé foi Jane Maria Martins, de 17 anos, ela ficou em 2º lugar no Concurso Miss Estado do Rio 1964. Os fluminenses e sobretudo os macaenses, lamentaram sua derrota. Em 1977, ela se casou oficialmente com o riostrense José Luiz Perroud Figueira, e seu nome passou a ter o último sobrenome do esposo. Em 3 de maio de 1979, ela faleceu em acidente na cidade do Rio de Janeiro-RJ, aos 32 anos. Se viva, estaria com 68 anos. Foi ela, a sua antecessora no reinado de Miss Macaé. Sei que vocês se conheciam e que ela te ajudou, te incentivou como Miss. Hoje, ela é patrona de uma Avenida em Rio das Ostras, e é nesse município que está sepultada há 36 anos. Qual a sua opinião sobre a falecida Jane como Miss e Pessoa?
“Essa Miss, Jane, eu me lembro, a conheci. Foi uma Miss Macaé bem bonita, fez sucesso. Como pessoa, era moça de família, boa gente, comunicativa, tinha bons sentimentos”.
5. A década de 60 é chamada de ‘anos rebeldes’ por causa das transformações sociais e morais. Mas havia bastante conservadorismo também. Muitos pais não deixavam suas filhas desfilarem como Miss, porque achavam que era muita ‘exposição’ os desfiles de maiôs, que deixam as mostras as pernas. O seu pai e sua mãe foram contra ou a favor de você ser Miss?
“Realmente muitas famílias eram contra os certames de misses, e não deixavam suas meninas desfilarem. No meu caso, isso eu não vivenciei, minha mãe (hoje falecida) e meu pai (hoje com 90 anos) foram à favor de eu ser Miss e deixaram eu desfilar, participar dos concursos”.
6. Em 1965, você iniciou a sua trajetória ‘Miss’ sendo escolhida como a Miss Ypiranga Futebol Clube. Naquela época, ser Miss de um clube já era considerado um feito muito glamouroso. Como você se sentiu ao ser consagrada como a Miss do referido Clube?
“Na verdade, não fui escolhida e consagrada, isso dá a ideia de que eu fui aclamada, mas teve uma eleição. Houve o Concurso ‘Miss Ypiranga Futebol Clube 1965’ e participei. No resultado final, ganhei. Me senti bem ao vencer, levei um susto, pois não esperava a vitória”.
7. Como foi a convivência com as outras candidatas à Miss Macaé 1965, durante o período em que vocês foram preparadas para o dia final do evento?
“Foi boa, mas depois fomos aos poucos perdendo contato, elas se casaram e eu também (em 1969)”.
8. Você representou o Ypiranga Futebol Clube no evento do Miss Macaé 1965. Você esperava vencer o Concurso Miss Macaé ou isso não passava em sua mente?
“Não esperava vencer, realmente nem passava na minha cabeça se iria ganhar ou não”.
9. Eleita a Miss Macaé 1965, escolhida por um júri em que participaram figuras ilustres da cidade, como as hoje falecidas Jane Maria Martins Figueira (Macaé, 1º de abril de 1947 - Cidade do Rio de Janeiro, 3 de maio de 1979) e a socialite Maria Magdalena Pereira Garcia (Glicério, distrito de Macaé, RJ, 2 de maio de 1918 – Cidade do Rio de Janeiro, RJ, 9 de agosto de 2003), a Magdá Garcia, como foi a sua emoção em ser consagrada a Rainha da Beleza Macaense? Foi emocionante, ou você encarou com naturalidade?
“Foi emocionante demais, na hora em que foi anunciada a minha vitória, inicialmente fiquei paralisada, depois chorei de emoção”.
A plastica da Miss Macae 1965, Maria das Gracas Valenca, durante a trajetoria de seu mandato, em uma ocasiao
10. Você sendo a Miss Macaé 1965 teve a missão de participar do Concurso Miss Estado do Rio em 12/06, no Ginásio do Caio Martins, de Niterói. Naquela época, o local lotava de pessoas para assistirem a essa competição, e era um evento que parava Niterói, a capital do antigo Estado do Rio. Você tinha expectativas de vencer o Miss Estado do Rio?
“Negativo. Eu não tinha esperanças em vencer ou ganhar alguma coisa, estava ali apenas esportivamente representando Macaé e me esforcei para isso”.
11. Em 1963, a Miss Macaé Sylvia Valladares Motta Maia tendo ficado em 3º lugar no certame estadual, e no ano seguinte sua sucessora, Jane Maria Martins, a 2ª colocada, você se sentiu cobrada pelos macaenses em ter de vencer o concurso estadual, ou essa ‘cobrança’ não aconteceu?
“Não aconteceu. Tentando aqui relembrar da época, não recordo de pressão nenhuma, ninguém na cidade disse para mim que eu tinha que ganhar o 1º lugar no Miss Estado do Rio 65. Apenas diziam ‘Tente representar Macaé o melhor possível, para elevar a imagem de nosso município’. Sobre cobrança em vencer, realmente não houve isso”.
12. No Ginásio do Caio Martins, de Niterói, você conviveu com as outras candidatas durante o período em que vocês estavam sendo treinadas para não fazerem feio no dia final do Miss Estado do Rio. A sua convivência com as outras misses municipais aconteceu. Como foi?
“Uma convivência boa e harmoniosa, as moças eram educadas. Almoçávamos juntas, estávamos sempre em contato umas com as outras e foi um período bom, não lembro de nada desagradável. Éramos todas acompanhadas de nossas mães. Hoje em dia nos bastidores dos atuais concursos, as moças não são mais acompanhadas das mães, isso já é extinto. As meninas estão mais modernas e independentes”.
13. Você não foi escolhida pelo júri estadual, para figurar entre as 9 finalistas. Como você se sentiu com isso? E hoje, 50 anos depois, como ainda encara isso?
“Na época tinha 17 anos e não fiquei triste. Hoje muito menos, já se passaram 50 anos, estou com a idade de 67, jamais posso voltar no tempo e participar de novo do evento”.
14. A eleita como Miss Estado do Rio 1965 foi a representante da cidade sede, a capital Niterói, Ilce Ione Hasselmann. Na época, a imprensa divulgou que a vitória foi justa e que Ilce Ione foi consagrada pelo público (sob as ovações de mais de 8 mil pessoas) e pelo júri, e que sua eleição já estava praticamente feita, pois era a favorita dos jurados e do povo. Você achou justa a eleição dela ou hoje, 50 anos depois, nem se lembra mais de Ilce Ione?
“Eu lembro das feições do rosto dela, era uma moça bonita, mas tinham outras misses belas no concurso e que também poderiam ter ganho”.
15. Na época, a imprensa divulgou que a Miss Estado do Rio 65, Ilce Ione, falava fluentemente inglês, francês, alemão, além de português, o idioma do Brasil. Você acha que isso pode ter contribuído também para a sua vitória, ajudando-a a vencer na soma das notas dos jurados?
“Com certeza, pois os jurados prestavam atenção em tudo nas misses municipais. Nós tínhamos que agradá-los de fato, principalmente com boas maneiras de se comportar e postura. Ilce Ione Hasselmann conhecendo uma variedade de idiomas, isso pode ter sido um prato cheio para a consagração da sua 1ª colocação, e ela poder participar do Concurso de Miss Brasil”.
Miss Ypiranga Futebol Clube 1965 e Miss Macae 1965, Maria das Gracas Valenca. Representou a cidade no 'Miss Estado do Rio 1965'. Na foto, em momento do reinado, trajando a roupa de banho (maio)
16. Você teve muito contato com a Miss Estado do Rio 1965, ou a convivência de vocês duas foi passageira?
“Foi passageira, somente durante o andamento nos bastidores do evento”.
17. A Miss Estado do Rio 1965 chegou ao Concurso Miss Brasil 1965 como forte candidata. A imprensa na época notificou que ela foi considerada a mais elegante do certame e colocou-se em 5º lugar, além de ter ganhado os títulos de ‘Miss Fotogenia’ e ‘Miss Simpatia’. Mas a grande favorita do público e da imprensa no Miss Brasil era a Miss Mato Grosso, Marilena Carriço de Oliveira Lima, que ganhou o prêmio de ‘Melhor Traje Típico’, mas ficou em 4º lugar. Quem ganhou foi a representante da extinta cidade estado da Guanabara, Maria Raquel Helena de Andrade, esta sendo vaiada por 12 minutos pelo público composto por 40 mil pessoas no local (maracanãzinho). Você se lembra disso?
“Negativo, esse fato eu não lembro. Nem me recordo de quem foram as Misses Mato Grosso e Guanabara da época”.
18. A Miss Brasil 1965 concorreu à Miss Universo 1965 e ficou entre as 15 semifinalistas. Ganhou a Miss Tailândia, Apasra Hongsakula. Você se lembra desse Concurso, através da imprensa?
“Também negativo. Na época devo ter lido alguma coisa em jornais ou revistas, mas não recordo de quem foi a Miss Universo 1965, nem da Miss Brasil 1965 e sua classificação nesse concurso”.
19. Falando na Tailandesa eleita Miss Universo 1965, Apasra Hongsakula, ela teve recentemente muito destaque na mídia pelo mundo inteiro, inclusive no Brasil, pois gastou em dinheiro, US$ 2 milhões em plásticas e ficou com a mesma aparência jovem de 50 anos atrás. Atualmente está com 68 anos (nasceu em Bangkok, Tailândia, na data de 19 de janeiro de 1947), tinha 18 quando foi Miss Universo, sua fisionomia é praticamente a mesma. Você soube desse fato recente com relação à Miss Universo 1965?
“Não soube, estou por fora disso, sabendo agora. Que interessante, imagino que isso deve estar sendo um sucesso total na imprensa, os fãs de misses devem estar adorando”.
20. Graça, sobre seu mandato, você reinou como Miss Macaé durante 2 anos, pois só em 1967 é que houve uma outra escolha de Miss Macaé (Marialva Neto, 8ª colocada no Concurso Miss Estado do Rio 1967). Como foi o seu reinado de Miss? Quais os aspectos positivos e negativos que você passou?
“Meu reinado como Miss Macaé 65 foi bom de uma forma geral. Os aspectos positivos foram muitos, pois fui convidada para ir em vários lugares, normalmente em clubes. Também era solicitada para almoços e jantares por exemplo. Visitei algumas cidades. Participei do “Almoço das Estrelas” na televisão. Os aspectos negativos foram que praticamente não ganhei prêmios e minha mãe teve que comprar os vestidos para que eu desfilasse nos 3 desfiles que participei (o do clube, município e estado), pois nesse ponto, a cidade não deu suporte a mim, embora a minha antecessora Jane Maria Martins me proporcionou um certo apoio, foi solidária e deu-me incentivo”.
A Miss Macae de 1965 Maria das Gracas Valenca (a morena) em fotografia mais recente, em dezembro de 2013. No retrato, a ex miss esta acompanhada da professora e socialite macaense Tania Schueler
21. Durante o seu reinado de Miss na cidade durante 2 anos, obviamente que você chamava a atenção das pessoas, inclusive porque a cidade era menor. As misses naquela época eram referência de beleza, classe, elegância, postura, estilo e educação. Isso não mudou, até hoje o foco das misses é esse, a diferença é que hoje o concurso é mais moderno, por força do tempo que passou. Durante o seu reinado você sofreu com o assédio das pessoas? Cantadas típicas dos homens? Inveja nas mulheres?
“Não lembro de ter sofrido assédio das pessoas. Com relação ao sexo masculino, também não tive problemas, eles eram educados e tranqüilos. Agora, em referencia às criaturas femininas, talvez tenha acontecido inveja para com a minha pessoa sim, mas se houve, nem lembro mais”.
22. As misses da sua época com relação às de hoje mudaram. Antes, a beleza era natural. Hoje, bastantes meninas para concorrer, fazem cirurgias plásticas no corpo e muita musculação para enrijecer os músculos. Você concorda que as misses atuais façam plásticas, ou você acha que para ser Miss, a beleza deve ser natural?
“Na minha opinião, a Miss deve ter a beleza natural, e não artificial. Sou contra o fato de muitas misses atuais fazerem plástica. Dessa forma, elas acabam ficando todas iguais, sem diferencial”.
23. Qual a diferença da juventude daquela época (1965) para hoje (2015)? As pessoas da sua idade dizem que antigamente imperava mais o respeito pelos idosos e que não tinha tanto uso de drogas ilícitas como hoje. Você concorda?
“Concordo, e é dessa forma mesmo. Os jovens de hoje estão muito diferentes. Lógico que tem aqueles que são educados e seguem sua vida seguindo bons valores, mas muitos são mau educados e esse negócio de uso de drogas do narcotráfico entre eles está demais. De fato, é preocupante o futuro das próximas gerações, se as drogas ilícitas continuarem circulando cada vez mais na sociedade, e a juventude moderna precisa repensar sobre isso e sobre a questão do respeito com os mais velhos”.
24. Fala-se muito que em 1965 os ‘The Beatles’ e os ‘The Rolling Stones’ estouravam no mundo todo com sucesso. Você concorda? Você gostava/gosta destas bandas citadas?
“Concordo. Gostava muito delas. Ainda gosto dessas bandas de rock and roll. E até hoje elas são famosas internacionalmente”.
A elegancia da Miss Macae 1965, durante um evento, na epoca em que estava reinando no mandato como Rainha da Beleza Macaense
25. Graça, como é hoje o seu dia a dia?
“O meu dia a dia é normal, como de qualquer pessoa. Estou sempre presente na minha família e também ajudo a criar os meus netos”.
26. O jornalista e comendador paulista Roberto Sécio lançou o Livro “As Misses do Brasil de 1922 a 2011” em lançamento realizado no dia 12/12/2011, em São Paulo, Capital, no Centro de Festas ‘Buffet da Fama’, e contou com a presença de várias personalidades, como misses e ex misses do Brasil por exemplo. O que você acha dessa iniciativa dele?
“Acho que foi uma iniciativa legal e interesssante por parte desse jornalista”.
27. Mês passado, em 09/04/2015, o arquiteto e jornalista baiano, Roberto Macêdo, lançou a Obra “Martha Vasconcellos”. Essa Preciosidade é o 42º Livro lançado pela Assembléia Legislativa da Bahia. Martha em 1968 foi Miss Bahia, Miss Brasil e Miss Universo. Você concorda que ela merece realmente uma Biografia contando a sua história de vida completa, ela sendo Miss Universo Brasileira?
“Com certeza. Lembro-me de Martha Vasconcellos quando ela foi Miss Universo. E tendo esse título de beleza universal, merece ter a sua história de vida contada em um livro, não só a fase como Miss, mas a sua trajetória de vida como um todo”.
Graca ao ser eleita a mais bela do municipio, com a faixa de Miss Macae 1965
28. Você concorda que as outras 2 Misses Universo Brasileiras, as gaúchas Yolanda Pereira, Miss Universo 1930, e Ieda Maria Brutto Vargas, Miss Universo 1963, também (assim como foi com a baiana Martha Vasconcellos) merecem, cada uma delas, terem em um Livro, a sua biografia contada, mesmo a Yolanda Pereira já tendo falecido?
“Merecem. Recordo de Ieda Maria Vargas no seu auge como Miss Universo. Na época em que eu fui Miss Macaé 1965, lembro que ouvi falarem em alguma ocasião, nessa outra gaúcha chamada Yolanda Pereira, que havia sido a primeira Miss Universo do Brasil, no ano de 1930. Acho que no Rio Grande do Sul, algum curtidor de concurso de miss deveria pensar em escrever um livro sobre a biografia da Ieda Maria Vargas. E também, um outro livro, sobre a história de vida dessa outra Miss Universo, Yolanda, mesmo ela já tendo falecido”.
29. Graça, voltando ao assunto “MISS MACAÉ”, as últimas misses da cidade foram Milena Frossard (eleita em 2007) e Alynne da Silva Coutinho (aclamada em 2008), ambas participaram do concurso estadual, sem se classificarem, o que foi injusto. Você acha que o município deveria voltar a fazer os Concursos ‘Miss Macaé’? Estamos em 2015 e desde 2009 que não tem representante macaense no evento de beleza estadual. Pelo visto, esse ano também não terá. Qual a sua opinião?
“Acho que a cidade deveria voltar a realizar esses concursos sim. A minha opinião é que Macaé deveria retornar a investir nisso, pois não é nada belo todo ano acontecer o concurso de beleza do estado e o município macaense não enviar a sua candidata. E seria tão bonito o retorno do Concurso Miss Macaé. Eu como ex miss Macaé, acharia isso o máximo”.
30. Graça, agradeço a ti por conceder-me esta entrevista exclusiva para O REBATE. Encerro a página a parabenizando pelo jubileu de ouro do seu feito como Miss Macaé e por ter representado a cidade no Concurso Miss Estado do Rio, no dia 12 de junho de 1965, no Ginásio do Caio Martins, de Niterói.
“Obrigada à você, Raphael. Tomara que voltem a realizar os desfiles de Miss Macaé, eles eram tão glamourosos. Deveriam às pessoas da sociedade macaense, retornarem com essa iniciativa. Seria ótimo por exemplo, um espetáculo ‘Miss Macaé 2015’ acontecer para resgatar a imagem desse evento – que perdeu prestígio infelizmente – e a ganhadora participar do concurso de beleza estadual”.
Durante um acontecimento num clube da cidade, Graca com o traje de banho, durante o reinado
Raphael Guedes Marinho.