O sociólogo marxista arrependido que se tornou lacaio do imperialismo

A exemplo do colega o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na célebre frase: “Esqueçam que eu já posei à esquerda; esqueçam o que eu fiz”. O sociólogo outrora marxista Demétrio Magnoli teve publicado em O Globo dia 09/04/2015 texto prestando serviços profissionais enquanto lacaio do imperialismo intitulado: ”Dilma, carcereira”. No qual, aproveitando naquele final de semana as presenças de diversos chefes de estado do continente à VII Cúpula das Américas realizada no Panamá, Magnoli atacou ferozmente a presidenta brasileira, a argentina Cristina Kirchner, o falecido presidente venezuelano Hugo Chávez e o atual Nicolás Maduro assim como os irmãos cubanos Fidel e Raul Castro.    
Para ter-se ideia da subserviência imperialista do sociólogo e de O Globo, este pinçou como lide-subtítulo do texto a frase: “Sem a cumplicidade brasileira o governo venezuelano não teria meios para persistir no rumo da implantação de uma ditadura”. Cuja frase serviu para atacar de uma só vez todos os chefes de estados anteriormente citados.  Embora, por exemplo, ao iniciar o texto o sociólogo ter lembrado que o ex-presidente cubano Fidel Castro quando jovem costumava jogar basquete. Isso, somente para fazer uma alusão crítica ao fato da estadunidense e profissionalizada Liga Nacional de Basquete (NBA) pela 1ª vez ter promovido um seminário do esporte na ilha caribenha.
Para o arrependido marxista Magnoli, a VII Cúpula das Américas assinalou o retorno de Cuba ao Sistema Interamericano, marcado pelo que chamou de “drama histórico” representado pelo reatamento das relações diplomáticas entre o imperialista governo estadunidense e o cubano. Este, apesar do sociólogo não reconhecer isso, se trata publica e notoriamente de um estado operário burocratizado. Contudo, Magnoli afirmou que a VII Cúpula das Américas foi desfigurada pelo que chamou de “ópera bufa” da crise venezuelana. Segundo ele, no lugar de um debate que apontasse para o futuro, a América Latina “experimentou novamente” o que chamou de “reencenação da farsa anti-imperialista”.
Tudo, ainda segundo ele, porque o governo da presidenta Dilma aceitou “reduzir-se aopapel de sentinela diplomática do regime moribundo do presidente venezuelano Nicolás Maduro”. Ao mencionar que recentemente uma delegação da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) visitou a capital venezuelana Caracas, Magnoli classificou como “vergonhosa” a atitude da UNASUL de não ter solicitado a libertação de presos políticos. E ao explicar ter sido meramente “simbólica” a reação imperialista do presidente estadunidense Barack Obama de impor sanções pessoais contra algumas autoridades venezuelanas, o sociólogo considerou que essa foi a causa da deflagração da VII Cúpula das Américas.              
Em meio à sua subserviência ao imperialismo estadunidense, o sociólogo Demétrio Magnoli ao aumentar o ataque ao presidente Nicolás Maduro, fez jus ao seu caráter de marxista arrependido exibindo faceta de desfaçatez quando classificou como mero “jogral anti-imperialista” os protestos do presidente venezuelano contra a ingerência do de fato imperialismo praticado historicamente por governos estadunidenses. Para Magnoli o “antiamericanismo do jogral anti-imperialista” na América Latina, a despeito de ter como pontas-de-lança os governos venezuelano e cubano, só se sustenta devido as vozes ativas das duas grandes democracias do Mercosul, que são o Brasil e a Argentina.         
Procurando salientar as relevâncias das presidentas argentina e brasileira, Magnoli afirmou que a de Cristina Kirchner é bem menor que a de Dilma Rousseff. Sobre esta o sociólogo novamente se exibindo enquanto marxista arrependido, ironizou o fato da presidenta brasileira ter sido presa política e agora, segundo Magnoli, estar funcionando como carcereira dos opositores venezuelanos. O que exige os seguintes esclarecimentos. Primeiro, o regime bolivariano pós o saudoso Hugo Chávez, ou seja, o governo do presidente Nicolás Maduro apesar de cometer equívocos retrocedendo em relação ao de Chávez, não é uma ditadura conforme afirma o sociólogo Demétrio Magnoli.
Quanto à presidenta brasileira, os seus governos embora apelidados de coalizão, são de conciliação/colaboração com a burguesia. O fato da presidenta ter lutado contra a ditadura militar-fascista (1964-1985) comprova o acerto e a coragem de todos e todas que lutaram. Ela e muitos foram estigmatizados, presos e torturados enquanto “subversivos” guerrilheiros supostamente marxista-leninistas. Muitos continuam desaparecidos e outros tantos mortos, assassinados. As ações de guerrilha por não ser ações de massas, são elitistas e inconsequentes ao provocar reações bélicas das polícias e das forças armadas do estado burguês. Que até os dias atuais não deixam dúvidas prendem, torturam e matam.

*jornalista – é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM).

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