40 anos sem a presença física de Ernesto Guevara Lynch de La Serna

Dia 9 de Outubro de 1967, data que ficará marcada para sempre nas páginas da historia, como o dia que um de seus filhos prodígios morre por simples ganância dos homens do capitalismo. Ernesto Guevara um homem que até hoje causa admiração e ódio. Admiração por parte dos jovens do mundo todo e por pessoas que viveram aqueles anos de libertação na America Latina. E ódio por parte dos poderosos que tiveram seus interesses abalados nos países por onde Ernesto passou e por onde os ideais persistem.

Essa relação de antítese sempre esteve presente em “El Che”, por onde passava ou cativava as pessoas ou fazia com que o odiassem. A admiração é pelo jeito simples que vivia, pelo sentimento mais nobre que cultivava o de humanista, que se preocupava sempre com o bem estar dos outros, não a busca pelo luxo e sim pelo bem comum a todos. O jeito como educava as pessoas, dando ele mesmo o exemplo para poder ter o direito de cobrar a mesma atitude das outras pessoas. O ódio veio ao mesmo tempo, pois essa sua postura irritou muitos homens poderosos, a postura de querer libertar os países oprimidos do Imperialismo capitalista, onde grandes empresários dominavam e exploravam até esgotar todos os recursos de certo país, abandonando-o depois a sua própria sorte. Esse ódio veio por que os ideais de “El Che” eram de apropriação da terra pelo povo, de disseminação da cultura, educação e saúde.
Logo após o assassinato de Ernesto Guevara pelos “porcos capitalistas” os idealistas e revolucionários o transformaram em mártir e seus ideais percorreram o mundo a fora, dando inspiração a todos aqueles que ainda lutavam contra as forças opressoras.
Sua criação foi importantíssima para a sua formação como revolucionário. Pois foi através de muita leitura e da sua mãe que ele criou o sentimento de revolta contra as injustiças que existiam na tua época. No inicio foi a vontade conhecer teu país e saber a realidade existente nele, depois foi a viagem pela America Latina que o fez pensar de uma forma mais ampla sobre as injustiças no continente e que aflorou um sentimento político voraz nele, mesmo ainda no inicio, já era uma semente plantada nele e que parecia predestinado a isso.
Seu aprendizado mais amplo sobre política, filosofia e comportamento se deu com as batalhas que participou como revolucionário, onde enfrentou de frente a possibilidade de morte, coisa que nunca o afetou, pois se estava lutando por seus ideais não tinha por que temer a morte, já que era uma conseqüência inevitável para os revolucionários. As batalhas o transformaram num homem que sabia o que estava fazendo, lutava por isso e sabia como aplicar os conhecimentos adquiridos na vida pós batalhas, e teve como experiência sua passagem pelo governo revolucionário de Cuba.
O mito “Che” foi criado por contradição pelos seus algozes que queriam apenas mostrar ao mundo que tinha vencido “Che”, mas a imagem do corpo dele teve conseqüências opostas e o transformaram em mito. Por que os revolucionários e jovens da época viam nele como um homem que lutou por seus ideais que soube fazer isso da melhor forma possível. Ele sempre foi tido como uma pessoa excepcional por companheiros de luta, uma pessoa que tinha maior preocupação em fazer sempre aquilo que defendia e que detestava injustiça, independentemente com quem fosse. Um jovem que tinha tudo nas mãos, vinha de uma família boa, largou tudo e todos para trás e foi viver sua aventura pelo mundo, isso realmente causa espanto em muitos e admiração em outros, muito mais nos jovens que viam na figura de “Che” eles mesmos.
Dizer que “Che” somente acertou não é verdade, ele errou sim, como prova disso foram as duas ultimas batalhas de sua vida, a penúltima no Congo que foi um desastre e a ultima na Bolívia onde tirou a sua vida. Os erros foram não fazer uma avaliação política do local antes de iniciar a guerrilha, foi confiar em alguns, quando não deveria confiar, foi trabalhar com pessoas que não se importavam em nada com o movimento de libertação e sim nas regalias e status que isso lhes davam e ainda teve o maior erro, mas que não chamo de erro e sim de desilusão. A desilusão com a União Soviética, onde percebeu que os ideais que defendia e que tanto tinha lido nos livros que vinham de pensadores, políticos russos, não eram praticados pela União Soviética. Ele se decepcionou foi com a forma extrema de burocracia que o país vivia.
Os acertos foram vários, começa pela forma que sentia as injustiças no mundo, pela forma como as tratava. Era disciplinado e queria que todos fossem e se entregassem a revolução como ele se entregou que dessem tudo à revolução como ele deu. Acertou quando decidiu tomar o rumo do desconhecido junto com mais de 80 pessoas que tinham como sonho libertar Cuba. Acertou quando pensava que devia disseminar a cultura revolucionária pelo mundo.
Ernesto Guevara Lynch de La Serna foi apenas um ser humano com ideais e que simplesmente os aplicou, algumas vezes errou outras não. Infelizmente errou em momentos que poderiam ser evitados, mas pela ideologia e paixão pelo socialismo e pela libertação dos povos contra os imperialistas não o deixaram enxergar os verdadeiros acontecimentos. Mas ele sempre será lembrado por todos aqueles que ficam indignados contra qualquer injustiça praticada contra uma pessoa. O legado de “El Che” sempre estará nos nossos corações e durará por muitas gerações, até que um dia surgirá outros e mais outros “Che´s” que levaram a chama da revolução para frente


Por Caio Marcelo de Albuquerque Cardoso em 10.10.2007
Administrador Formado pela UFS em 2007

 

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