O horário de verão começou a vigorar nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, no último domingo dia 14 de outubro. Seu objetivo é diminuir o consumo de energia nos próximos 126 dias. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a previsão para esse ano será uma economia em torno de 2 mil megawatts, o que representa a contenção de 4% a 5% no consumo de energia durante o horário de pico, que vai das 18 às 21 horas. Uma economia equivale à produção de três turbinas da Usina de Itaipu, no Paraná.
No horário de verão os relógios são adiantados em uma hora, fazendo assim, com que recursos ligados a energia elétrica, como a iluminação, possam ser utilizados mais tarde, reduzindo seu consumo. De acordo com o ministério, nessa época do ano, a demanda por energia aumenta muito por causa do calor e do crescimento da produção industrial para o Natal. No horário de verão 2006-2007, a economia foi de 1,9 mil megawatts, aproximadamente R$ 50 milhões com geração termelétrica, abaixo dos 2,5 mil megawatts poupados no verão 2005-2006 e dos 2,8 mil megawatts de 2004-2005.
Entre a população, o horário de verão divide opiniões. Segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira dia 15/10, o resultado revela que 59,4% dos brasileiros são a favor do horário de verão. Outros 36,8% se disseram contra a mudança nos relógios e 3,9% não quiseram responder.
Entre todos os entrevistados, 40,4% disseram ser a favor do horário de verão por causa da energia e 19% responderam que o aprovam porque como o dia fica mais longo é possível realizar mais atividades. Já entre os contrários, 20,8% consideram que a economia é pequena demais e não justifica a mudança no horário. O restante (16% do total) disse reprovar o horário de verão porque se sente insegura pela manhã, já que as ruas ficam escuras até mais tarde.
Adotado pela primeira vez no Brasil em 1931, o horário de verão tinha uma duração de cinco meses. Somente em 1985, a medida foi modificada com as características atuais e adotada sem interrupções no País, tendo diferença apenas nos Estados atingidos e no período de duração.
- Mariana Barreto
- Colaboradores do Rebate