...música? Ou melhor, vergonha de ouvir alguns estilos de músicas? Discursando sobre isso, é notório que o comportamento de quem pensa assim deve ser repensado com certeza, pois o brilhantismo de uma melodia reluz em nossas mentes. Nesse clima de argumentar sobre músicas, vamos todos nós tomarmos notas das condutas às quais nos pertence. Nos embalos de hoje, o tema deste artigo é ‘VERGONHA DE OUVIR CERTAS MÚSICAS: UM PROCESSO PARA REEXAMINARMOS’.
Idealizada e executada pela equipe editorial do site ‘rádio UOL’ – em 27/03/2014 (cerca de quase seis meses atrás) –, foram reveladas 27 canções que as pessoas de uma forma geral apreciam, ou seja, são melodias conhecidas, reconhecidas, admiradas e queridas. Só que – segundo a pesquisa – são músicas ‘PARA OUVIR ESCONDIDO’, e ‘músicas que todo mundo gosta, mas ninguém tem coragem de admitir que ouve’.
As 27 músicas são as seguintes:
Música./Artista.
- Sandra Rosa Madalena./Sidney Magal.
- Dancing Queen./Abba.
- É O Amor./ Zezé di Camargo; Luciano.
- Oops!...I Did It Again./Britney Spears.
- Wind Of Change./Scorpions.
- Dança Kuduro (Danza Kuduro)./Latino; Daddy Kall.
- Never Gonna Give You Up./Rick Astley.
- O Canto da Cidade./Daniela Mercury.
- I Want To Know What Love Is./Foreigner.
- Superfantastico (Super Fantastico)./Djavan; A Turma Do Balão Mágico.
- Beijinho no Ombro./Valesca Popozuda.
- Quero Chiclete./Chiclete com Banana.
- Na Moral [Album Version]./Jota Quest.
- Era Um Garoto Assim Como Eu, Amava os Beatles e os Rolling Stones (C'era Un Regazzo Che Come Me Amava Beatles e I Rolling Stones./Engenheiros do Hawaii.
- Careless Whisper./George Michael.
- Is This Love./WhiteSnake.
- Um Morto Muito Louco./Jack; Chocolate;.
- Eu Não Sou Cachorro Não./Waldick Soriano;.
- Fogo E Paixão./Wando.
- Africa./Toto.
- Ela Só Pensa em Beijar./Mc Leozinho.
- Hush Hush./The Pussycat Dolls.
- A Namorada Que Sonhei./Nilton César.
- Mordida De Amor (Love Bites)./Yahoo.
- Cerol Na Mão / Tchu Tchuca / Entra e Sai../Bonde do Tigrão.
- Uma Vida Só (Pare de Tomar a Pílula)./Odair José.
- Balada./Gusttavo Lima.
Vamos historiar de forma sucinta: músicas existem desde a era paleolítica, sendo formadas basicamente com ritmos e principalmente sons, mais os elementos de arte, que são além do ritmo, a melodia, harmonia, dinâmica e timbre. São dos mais antigos aspectos artísticos. Há quatro tipos existentes de músicas: religiosas, eruditas, populares e folclóricas. Todos os desenvolvidos gêneros musicais que surgiram depois – passando pelas evoluções gerais que foram acontecendo pelo mundo, dentro de tudo aquilo que se refere mesmo às artes musicais, por serem práticas humanas –, são partes, criações, representações, performances e expressões da história mundial (e tem origem nos quatro tipos de músicas citados acima nesse parágrafo). Como qualquer outra área, na decorrência da história humana, a música fêz/faz parte assim como todos os movimentos de cultura.. Por tudo isso, música é referência dentro do ponto de vista cultural, dentre muitos, que auxilia para, de exata perspectiva, exprimir os atributos/esperanças de um conjunto de pessoas num fixado acontecimento da história. E como tal serve de coalescente e ângulo de união dos coniventes desse aglomerado. Não só a música tem essa função, porém cada faceta de arte na massa tem essa missão, dentre outras.
Se o assunto dessa matéria é ‘VERGONHA DE OUVIR CERTAS MÚSICAS: UM PROCESSO PARA REEXAMINARMOS’, temos de primeiramente pensar que o raciocínio direcionado à isso tem que ser um processo de reavaliação. Pois o íntegro é assumirmos o que gostamos, ou não, e estarmos sossegados com a pertencente escolha. Isso é um amadurecimento essencial dentro do conjunto de atos que formam nossa personalidade. Temos de ter originalidade privativa, explorar o autoconhecimento para doutrinarmos quem somos. Quando a individualidade está madura e consciente em nós, automaticamente nos libertamos dos medos e das grades que a sociedade nos circundam. Galgando certeza, segurança e confiança em qualquer ato, nossa mensagem é transmitida ao mundo. E nos nossos gostos musicais também, independente de como é a natureza deles, se são restritos (limitados), ecléticos (diversos), e por aí vai. Música é algo tão bom, umas são tão lindas, outras iradas, delirantes, descontraídas......que quando chega aos ouvidos, se são aprovadas, automaticamente proporciona muita alegria ruidosa e sensação de bem estar. Assistir um super show de um cantor/conjunto que gostamos, é um prazer demasiado, porque pela ordem natural das coisas, ele ostenta sua estrela reluzente no espetáculo, acaba energicamente explodindo de felicidade nossa mente, proporcionando êxtase, levando-nos ao delírio, e a partir daí calorosos aplausos devolvemos, referendando. Música é demais, mexe com sentimentos, temos de ter satisfação dos artistas que ocasionam boa sonoridade.
A decisão do gosto e afinidade musical é algo pessoal, e não para atender uma expectativa externa. Se limitar para somente ser aceito pelo grupo é o tipo de comportamento proferido pelas pessoas inseguras, mas essa conduta não deve ocorrer. Atitudes assim acabam fazendo mal à saúde mental, podendo finalizar em sérios problemas psiquiátricos, e o sujeito ficar à base de tratamentos com psicoterapia e medicamentos. Porque ninguém pode viver com armas de escudo, escondendo o verdadeiro significado de seu caráter, mascarando, abolindo as preferências peculiares para agradar a expectativa do lado de fora. Ou seja, esse modo errôneo de se comportar não atrai benefício individual, o indivíduo acaba se aprisionando cada vez mais.
As pessoas precisam fertilizar as suas consciências para se libertarem das ações ruins, e em troca, serem mais felizes. Pararem mesmo de se preocupar com a opinião do outro e de querer agradar a todo mundo.
Música de modo geral é ligada na vida das pessoas. Mas o problema de a maioria delas terem vergonha de admitir que ouvem certas canções, é sem sombra de dúvidas porque se sentem inferiorizadas por julgarem que estão apreciando coisas que para as outras cabeças é algo ‘não chique’, ‘brega’, ‘fuleiro’, ‘pela saco’, ‘fora de moda’ , ‘ruim’, ‘de mau gosto’, etc... e crêem que serão discriminadas, daí surge o receio de não serem aceitas pelo grupo, no caso, se preocupam com a opinião pública, ao invés de se focarem em sua visão. Isso precisa mudar, literalmente! Essas criaturas envergonhadas das músicas que gostam, não são felizes. Mesmo tendo a sensibilidade que possuem autenticidades contrárias a sua verdade e encarceradas à uma agremiação que exigem protótipos de atuações, não se acham em estado de entender a perspicácia das cárceres que as cercam. Desta forma, eternizam concepções que julgam suas, porém somente cumprem orientações que em estabelecidas oportunidades, convêm como proteção, para que perante a sociedade, seja vista como boa maneira de se conduzir. Com a finalidade de ser acolhida em intencional agregação, as particularidades/preferências pessoais findam para sobreviverem de aparências acaçapadas. Entretanto, essa é uma convenção que abduz o ser humano de praticar as suas estimativas e de revelar a sua veracidade.. O constrangimento de deliberada conduta e/ou predileção se dirige do medo de, manifestando a sua determinação, que a criatura não seja admitida pelo grupo de interesse. Visto que, na realidade, é ainda uma emboscada preparada para conservar os indivíduos movendo-se, com certa intensidade, como ‘cardumes’. Com o propósito de se possuir um infalível bem-estar, ainda que simulado, as pessoas tem a propensão a ansiar ter a sensação semelhante para conter a impressão de enquadramento.Cilada parecida, todavia, decorre com aqueles que possuem, sem cessar, uma ideia oponente ao maior número de gente; o disfarce é idêntico.O fundamental é conhecer o que se é para ter conhecimento do que se deseja. A começar daí em diante, o que vai suceder do lado exterior, está fora!
Focando nas vergonhas do povo com relação à certas canções que apreciam, é curioso saber que tem gente que gosta de músicas sertanejas, mas que como lida no dia a dia com indivíduos que não acham legal esse estilo, se limitam em dizer que apreciam tal gênero, para não serem julgados de ‘bregas’ por exemplo. Inclusive, o famoso cantor sertanejo Daniel desabafou numa entrevista em janeiro/13, que “tem pessoas que gostam de música sertaneja, mas tem vergonha de dizer.”
Ainda focalizando no problema do caso acima, só que em uma outra espécie musical, no caso o ‘funk’, que é bem emblemático, criaturas e criaturas tiram proveito das melodias e não declaram que gostam delas perante as outras pessoas, com suspeita de serem excluídos (as) percebendo análises da natureza “funk é coisa de pobre”, “funk é música vulgar”, “funk só tem futilidade em suas letras”, “funk em nada acrescenta em nossas vidas”, etc.
É interessante citar os ‘posers’ (criaturas que dizem ser o que não são, acham ser o que não é), que em sua maioria são adolescentes e jovens que para conseguirem aceitação dentro de um grupo, e popularidade, adquirem a moda de uma celebridade, que muitas vezes são cantores, músicos e profissionais desse ramo artístico musical....,ou seja, adotam a maneira de vestir de um artista, mas não o artista, as vezes nem conhecem bem esse profissional e seu trabalho, e quase nunca tem sentimento agradável por ele, nem gostam dele e de seu produto.
Falando sobre nossas fontes familiares, muitas vezes temos influências musicais dentro da própria família, ciclo familiar, antepassados, e em ocasiões até incluso no apropriado lar. Existe uma agregação de pessoas que tem vergonha das propícias origens, quando são ligadas à algum estilo musical. Nesse caso, esses indivíduos deveriam ter felicidades por seus parentes/antepassados, e não constrangimento. Isso é uma fundamentada ausência de adoração às correspondentes raízes. É como rejeitar a casa que era de seus avós, que ficou para seus pais e foi herdada por você, que deve à ela, uma veneração.
O fato de se ter acanhamento e de não ser aprovado pelo grupo é um lance que prolonga desde as temporadas mais longínquas. Pois nos dias atuais agravou porque o ambiente recente juntamente com a sociedade midiática desenvolve modelos conceituais rígidos aplicados, assanha padronizar o ‘modo de ver’ e ‘escolhas’, com o plano compreensivo de interferir condutas que beneficiam proveitos de uma inteira natureza. Remando contra o que a ordem em geral pensa ou acha, isso é uma ação fabulosa, já que é inglório viver para agradá-la. Não se vai obter lucro nesse método. O conveniente é todos desfrutarem com satisfação a realidade em que se vivem, e que sejam vidas vividas com boa qualidade e de união com suas metas, desde que não tenha intenções de arquitetar maldades com seus semelhantes.
O que dá segurança para jogar tudo para o alto e virar a mesa é repensar com sabedoria, percebendo que não temos de ter receios de nossos gostos: eles formam nossa identidade. Repensar mesmo sobre esses ‘acanhamentos’ em admitir que escutamos exatas canções. Sendo autêntico, mostrando ao outro como se é, com firmeza, involuntariamente se conquista um respeito vindo dele. Também automaticamente, essa atitude nos profetiza a benção de que em pouco tempo, nos livramos dos medos cravados em nós e da maneira que erroneamente atuávamos. Assim, passamos a trabalhar mais a nossa consciência – que vai se libertando dos processos mentais desacertados.
Agora, o fato de ter uma boa consciência é um estado demasiadamente virtudioso, mas não dá o direito de querer convencer o outro – com suas idéias, posições, visões e gostos peculiares –, e sim ter o dever de respeitá-lo. Pois o ato de procurar persuadir os indivíduos, tentar usar com autoritarismo, forçar a ‘barra’, isso já é faltar com respeito à eles, pelo o que gostam/escolhem. Essa atitude austera é errada, resulta normalmente em violência, gera o ‘bullying’ – o famoso ataque agressivo medíocre praticado nos tempos modernos. Existem acentuadamente impulsos violentos impetuosos em face de fixadas criaturas terem aversão às afinidades musicais de segundos. Principalmente entre adolescentes. Nesse meio, muitas das vezes, verificam-se tabus, sendo o musical, um dos mais intensos. Eles podem não possuir uma certa maturidade, porém noção de realidade tem, inclusivelmente, que na coletividade, as cabeças curtem aquilo que saboreiam e tocam no seu interior, fazendo brotar sentimentos internos: logo, cada qual tem em seu poder, um jeito particular de designada expressão. Considera-se que todos tem que entender e compreender isso, honrando as diferenças. E ninguém tem que se achar infalível para ter vontade de ser uma espécie de consultor (a) de música para o outro, nem interferir no gosto dos demais que o cercam. Não existe esse negócio de ‘bom gosto’ e ‘mau gosto’. Há a existência do bom senso e o respeito mútuo. Nenhum indivíduo é dono da verdade, cada um tem uma veracidade, cabeça, personalidade, sensação e visão peculiar à tudo – da idêntica forma que não se pode chorar as lágrimas do outro, do igual jeito que somos da mesma espécie (humana – além de sermos animais racionais) e imagem e semelhança de DEUS, assim como circulam correntes sanguíneas em nossas veias, somos constituídos de órgãos vitais, depois que finaliza a fase jovial, começa a envelhecer o corpo, um dia faleceremos, o corpo acabará: o que vai aprovar de nós é se em vida fomos boa gente ou o contrário.
O objetivo desta reportagem é tentar fazer com que os internautas que se enquadram como ‘os fãs de músicas que sentem vergonha de certas melodias que gostam’, repensem sobre isso, façam uma análise com relação aos direitos que todos têm em se expressarem com suas preferências musicais.. Sem sombra de dúvidas foi necessário focar um pouco em sociedade e seus dogmas, pois ela em si em todo tempo demandou amostras de comportamento, procurando modelar os sujeitos de tratado juntamente ao que compete afincos. Todavia, nossa gente – principalmente adolescentes e jovens – precisa rever seus conceitos. Desenvolver o autoconhecimento, refletir sobre consciência, tentar ser emancipado de pensamentos maus raciocinados é o primeiro passo. A libertação pela consciência é o majestoso percurso. Sermos quem somos nos excarcera e a condição de ‘não sermos escravos’ nos autoriza a praticar nossa identidade. Para isso, é indispensável o ato de querer se ver livre de nossos juízos de alienação, dirigir na estrada do autoconhecimento, não se certificar como um sofredor da existência, aplicar a censura que faz ao outro para si próprio, mirar com tolerância para os pontos negativos, sintetizando que cada ser é único e essencial – de acordo com suas capacidades e peculiaridades – tendo o direito de achar seu próprio lugar, se afinar em sua tribo. E é mais ou menos como diz a famosa expressão ‘cada cabeça é uma sentença’, e é de fato uma “sentença” mesmo.
Raphael Guedes Marinho.