Em julho foi o editor-chefe do diário local que teceu loas à teatral - trata-se de um engodo - pré-candidatura a prefeito de Macaé em 2008 do velho oligarca e populista deputado federal tucano Sylvio Lopes. Semana passada a vez deste tipo de jornalismo bajulador foi do editor-chefe de um semanário que se auto-intitula de expressão regional. Conforme em julho, na semana passada foi dedicada quase que página inteira a uma “entrevista” com o deputado federal tucano que foi considerada pelo editor chefe do semanário como “exclusiva”. Ocorre que na mesma semana o chapa branca diário local destacou o sob o mesmo título “Peço perdão a quem votou no prefeito Riverton Mussi” reportagem com o deputado federal tucano.
Já não bastasse o sub-jornalismo que é praticado – com as exceções dos jornais eletrônicos - nos meios de comunicação social (jornais & revistas impressas, rádios e tevês) locais e regionais, estes dois mencionados casos de políticas editoriais chegam às raias do absurdo! Haja vista que foram editadas por dois jornalistas que funcionaram, não como editores-chefes, mas sim, como bajuladores de um parlamentar burguês, populista e velho cacique da oligarquia macaense que não se fez de rogado ao pôr à entrada da cidade pela rodovia BR 101 um faraônico monumento simbolizando o S de seu pré-nome. Isto é uma vergonha para o povo trabalhador da Capital Nacional do Petróleo, outrora Princesinha do Atlântico.
Ao longo da bajuladora entrevista estilo pingue-pongue do auto-intitulado semanário de expressão regional, seu editor-chefe vai ao extremo da prática do sub-jornalismo quando, na pretensão de ser analista político, quis fazer a ilação entre a populista “oposição” atual do deputado federal tucano e velho oligarca com a que ele mesmo fez entre 1993 e 1996. Assim, politicamente alienado ao não compreender o significado de uma burguesia oligárquica e populista, o jornalista demonstrou todo seu acriticismo em relação ao populismo do deputado federal tucano, perguntando-lhe absurdamente se era certo de que o velho oligarca tinha vários aliados no atual governo municipal em Macaé?!
Então, característica e obviamente o velho oligarca, disse “Errado. Eu não indiquei um secretário ou assessor sequer no governo municipal. Não são meus aliados”. O compositor e intérprete Erasmo Carlos em uma de suas obras musicais, diria Pega na Mentira... Com isto o deputado federal tucano se inclui no folclore político local, pois passa a ser considerado tão mentiroso quanto o é seu cunhado e ex-prefeito macaense duas vezes, Carlos Emir Mussi. Este, aliás, deve ter dado boas gargalhadas, dizendo “Meu cunhado tem mais mandatos de prefeito (três) do que eu (dois). Ele também ganha de mim no quesito mentira”. Auto-criticamente, reconheço este mérito na entrevista feita pelo editor-chefe do auto-intitulado periódico de expressão regional.
*jornalista – é filiado à Associação dos Trabalhadores em meios de Comunicação social de Macaé (Atracom).