Licença para permitir-se

Hoje observando a obra de uma aclamada artista plástica em ascensão no Japão Yayoi Kusama pude perceber que na escola e meios sociais de nossa vivência nós ensinam muito a ver somente com olhos carnais e entender através da junção do ver e tocar aquilo que é material apartir do tato se possivel...
O que foge disto começa a ser muito abstrato, terceira dimensão, pensamento ilusorio, algo que simplesmente não vive, não existe no mundo “real”.
E, é apartir de tais pensamentos que as pessoas vivem suas vidas e interagem no meio em que estão inseridas. Porem esses são ensinamentos pobres e inferiores demais a nossa verdadeira realidade e em algum momento da vida eles acabam se chocando com nossa pequena trajetoria passageira vida terrestre...
Gostaria de aqui expor um exemplo de um desses momentos em que esses opostos ensinamentos se chocam com a nossa tão chata e presivivel realidade.
Ha alguns dias atrás no Rio de Janeiro estive em uma exposição de um artista plástica japonesa e pude observar de forma clara que maioria das pessoas que vão a exposição de um artista plástico não entendem o que vê. Fingem entender as imagens propostas naquela tela, de uma forma obviamente ridicula, mas o que a maioria das pessoas não sabem é que a maioria, ou talvez todas essas obras plásticas e contemporaneas transmitem sua intenção através de sentimentos toatalmente novos e abstratos que tal artista vê sobre aquela determinada situação, ou titulo especifico proposto como nome da obra e direção de onde quer que o telespectador se reporte.
Por exemplo: Nesta exposição havia  uma obra desta artista com o nome de “Fosforência de dia”.
Para quem fazia um olhar superficial a obra via-se o obvio, um monte de rabiscos geometricos ou não, de varias cores, percorrendo cada conto da tela, sem grandes significados ou pretensões interpretativas, alguns devem ter pensado ate que o quadro ali exposto não tinha nada a vê com o nome da obra, que de fosforente não tinha nada, cores escuras e descombinadas, era o que os olhos frioas viam somente a superficie refletida como um espelho aos que apreciavam a arte que que mal sabiam ser os verdadeiros artistas. Todavia, o que a maioria das pessoas não sabiam era que tal obra era uma expressão viva do sentimento que tal objeto de inspiração da obra trazia a artista, uma entrega total de misturas de sentimentos e sensações. A arte é algo que não se toca, nem se entende os mecanismos de seu verdadeiro significado(as vezes nem o artista sabe, a obra se recria por si propria. A arte tem vida propria), mas sim um mergulho ao vasto campo das emoções e teias psicologicas, eu não sabia o que realmente era aquele sentimento que ela sentia no momento do parto da obra, eu somente sentia.
Só entende uma exposição e se bebe de uma arte quem não aspira essa ousada pretensão, só se sente a vontade em um lugar desse que está preparado para sentir, se emocionar, quem quer  vivenciar um mundo paralelo, sem parametros, ou modelos pre postos do que é uma árvore ou uma cidade. Na arte tudo perde o foco, a forma. Entra se em outras sensações e preciso se deixar  ser tocado no intimo de suas manifestações psicologicas e estar aberto para criar sem ser recriminado por isso. 
O que despertou tamanha inspiração em mim foi a obra, que vinha na descrição de seu titulo: “Sem título / Untilled – 1950” Que me fez perceber ao olhar para ela e ler seu título, que há muito mais sentimentos dentro de nós do que suponhamos ter, sentimentos que não tem nome ou definição.
Puramente... Sentimentos que brotam sem sabermos como e de que parte de dentro de nós, Mas que brotam.
Sentimentos que o mundo ainda não conhece, que as pessoas não se abriram ainda para o sentir.
Posso concluir que somos uma verdadeira floresta de emoções e sentimentos não explorados e infinitos que não param se se recriar a cada minuto em resposta as manifestações de nosso meio, de nossa vivência. As vezes em resposta a tudo que vem de encontro a nós. As vezes aquilo que vem de uma parte propria de nosso ser contra nós mesmos. Nesses conflitos artisticos ou não, percebemos consciente ou inconciente que é preciso se reinventar. A gente naturalmente se recria atraves dessas infinitas “conflitagens” da alma. A gente nunca é o mesmo que foi a instantes atrás.
Hoje descobri um sentimento que nunca senti e ainda não encontrei definições a ele, somente senti.
Uma verdadeira viagem sensorial de meus proprios caminhos mentais eu fiz atrvés daquela exposição, me fazendo entender muito mais aquilo que eu nem tinha mais a pretensão de descobrir, meus mecanismos mentais!
Se eu gostei desse mergulho sensorial? Bem... isso já é muito pessoal e fica a cargo e julgamento de cada um que passar por eles! Gostar ou não gostar? Essa já é uma questão totalmente peculiar ao tema proposto por mim e o lugar que os quero remete-los através de minha propria inspiração, manisfesta para formar outros tipos de inspirações a vocês.
Libertem-se de suas amarras psicologicas! Libertem-se...
E, diante de tal reflexão, a mim bastou apenas uma frase que batia latente dentro do peito enquando erguia meus olhos aos céus...
-Obrigada Deus por sua perfeição em mim!

Autora: Mellini Haber
Dia: 23/11/2013

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