O profeta Habacuque que viveu nos dias anteriores a destruição da cidade de Jerusalém, ao observar a violência aflorar, e o litígio se multiplicando nos tribunais, exclamou: “Para qualquer lugar que eu olhe, existe violência e destruição. Há luta e briga por todo lado. A lei não é cumprida, nem nos tribunais se faz justiça, pois os perversos são mais numerosos que os justos e com isto a justiça está entorpecida”
Quando o Ministério Público do Estado do Ceará denunciou anciãos das Testemunhas de Jeová, passou-se a ter uma expectativa de que sairia uma decisão judicial que contemplasse as vítimas de preconceito religioso. Não obstante, o TJCE acabou extinguindo um processo inusitado. Surge uma Ação Civil Pública proposta pelo MPF/CE que também suscitou perspectivas. Porém, apesar dos recursos interpostos aquela ação também foi extinta deixando os discriminados de todo país desapontados com a justiça brasileira.
As decisões judiciais em torno destes processos foram motivadas por questões políticas, e conflitos de interesses da cúpula da Sociedade Torre de Vigia, bem como de outras religiosidades. Talvez os julgadores, pensaram: “Agora silenciaremos o movimento cearense” Ledo engano! Um tribunal de novo tipo, se preparava para intensificar suas ações de julgamento contra os ditames discriminatórios da Sociedade Torre de Vigia que ultrapassasse telhados, arranhas céus e chegasse à estratosfera bem pertinho do céu. De fato, um áudio passa a percorrer ruas, avenidas e bairros de Fortaleza, alertando a sociedade sobre o perigo da discriminação religiosa promovida pelas Testemunhas de Jeová.
Nos dias de angústia da cidade de Jerusalém se observava mensagens transcritas em tabuas bem legíveis para que o povo pudesse ler correndo. Talvez devido à insensibilidade da sociedade quanto ao sofrimento alheio, necessitava de uma publicidade clara e objetiva, para que as pessoas enxergassem a mais cruel realidade que se praticava naquela cidade. Hoje acontece o mesmo no que diz respeito a desassociação. Quando estamos ao meio de avenidas com uma faixa, banner, os transeuntes não passam despercebidos, e param! Outros abrem o vidro de seu veículo para receber nossos panfletos.
Os líderes das Testemunhas de Jeová até podem convencer seus adeptos a não acessarem sites “apóstatas”, no entanto, impedir que observem faixas, outdoors, banners, ouvirem mensagens de áudio, impossível. O ineditismo da publicidade contra a desassociação tem sido um mecanismo que chega longe e muito rápido.
Observem alguns relatos de pessoas: “Não sabíamos desta terrível discriminação! Vocês da ABRAVIPRE estão de parabéns” Um jovem exclamou: “Uma verdadeira obra de salvação! Decido agora mesmo não mais estudar a bíblia com as Testemunhas de Jeová” Uma moradora se expressou: “Fui salva por esta mensagem. Apesar de frequentar o salão do reino não sabia desta barbárie. Meu batismo já está cancelado, e a partir de agora vou divulgar tudo isto que ouvi para meus amigos e familiares.”
Surgem perguntas: Suponhamos que a Justiça tivesse sentenciado a Torre de Vigia, obrigando a encerrar a sua escravidão religiosa, será que a grande mídia teria dado enfoque necessário ao tema? Dificilmente! Quem sairia ganhando ou perdendo? O movimento cearense teria sofrido uma derrota política – flagorosa – irreparável, e o processo de denúncia contra a desassociação teria sido interrompido, e as Testemunhas de Jeová continuam impunes de um julgamento justo e de maior proporção.
A preocupação do “Corpo Governante” das Testemunhas de Jeová essencialmente é com o movimento cearense que intensifica sua luta e dialoga em tempo real com as pessoas. Não é por sorte que, o nosso material publicitário fora mencionado em carta da Torre de Vigia expedida a todas as congregações da Grande Fortaleza e Região.
Ao meio a um sistema acobertado por fraudes, intolerância religiosa, corrupção política, suborno, e litígios infindáveis, Habacuque, não teria alternativa – a não ser continuar proclamando mensagens que confortasse os desconfortados e ao mesmo tempo desconfortasse aos confortados. O movimento cearense se tornou referencial no trato ao combate à intolerância religiosa, no Brasil, e exterior, e cumpre objetivos semelhantes aos dias da cidade de Jerusalém.
As ações judiciais promovidas pelo Ministério Público contra a desassociação das Testemunhas de Jeová, reiteramos que, foi de extrema relevância para a sobrevivência política do movimento cearense. Com efeito, podem se tornar muito mais quando chegar a Procuradoria Geral da República, o Conselho Nacional de justiça e a OEA – Organização dos Tratados Americanos. Aguardemos!
Portanto, ressalto: os desassociados precisam se manifestar, pois alertar a sociedade sobre a desassociação discriminatória é uma atitude justa, cidadã e socialmente altruísta. Cumpra seu dever!