Principais avanços em transplante pulmonar

Entenda os processos e principais progressos nesta área

O primeiro transplante pulmonar no Brasil foi realizado no Rio Grande do Sul, em 1989, pelo dr. José de Jesus Camargo. Desde então, muitos progressos foram realizados na área, que hoje já conta com a técnica ex-vivo para recuperação dos pulmões, ainda experimental no Brasil.
"A técnica consiste na manutenção do pulmão retirado do doador em soluções de perfusão específicas, que permitem que este órgão seja mantido fora do receptor por um período maior de tempo. No Brasil, a técnica ainda não foi realizada em humanos, mas há um projeto em andamento em São Paulo", explica a dra. Valeria Maria Augusto, presidente da Comissão de Doença Pulmonar Avançada da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Hoje em dia, são realizados no país os transplantes unilateral, bilateral e coração-pulmão. No primeiro caso, apenas um pulmão é transplantado; no segundo caso, ambos os órgãos são transplantados no mesmo ato cirúrgico, em sequência. O transplante coração-pulmão, menos frequente, é realizado em casos de doença cardíaca associada à pulmonar.
Estes procedimentos podem ser a única saída para uma série de doenças graves. "As principais indicações são para pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, decorrente do tabagismo, que em um número significativo de pacientes evolui para a perda progressiva da função pulmonar; fibrose pulmonar idiopática, igualmente mais comum em fumantes, que ocorre principalmente em homens na terceira idade, levando a progressiva dificuldade em promover a troca de oxigênio; fibrose cística, doença genética cujo tratamento vem levando ao prolongamento da vida de muitas crianças, que atingem a idade adulta e são encaminhados para serem transplantados, e a hipertensão arterial pulmonar, doença pouco comum e grave, que leva ao aumento progressivo da pressão nas artérias do pulmão", explica a dra. Valeria.
Qualquer que seja a técnica, o fato de receber um órgão estranho leva o receptor à necessidade permanente de medicação imunossupressora para prevenir a rejeição do órgão transplantado. O uso de imunossupressores, por sua vez, predispõe à ocorrência de diversas infecções, alerta a especialista. "O paciente deverá, portanto, receber acompanhamento médico frequente por no mínimo um ano após a cirurgia e, a partir daí, as consulta serão regulares, conforme orientação médica".

Principais progressos
Ainda há muito que crescer nesta área, relata a médica. "Depois de progressos como a evolução do transplante bilateral em algumas patologias, que aumentou a taxa de sobrevida dos pacientes, o aumento na qualidade da solução para perfusão, os progressos na antibioticoterapia e atualmente a técnica ex-vivo para a recuperação dos pulmões, ainda temos que melhorar as drogas imunossupressoras, para que sejam menos lesivas ao rim. Também é necessário intensificar as pesquisas e condutas que visam o suporte do paciente crítico fora de possibilidade terapêutica e potencial doador", alerta a dra. Valéria.

Como encontrar um doador

O transplante de pulmão é autorizado e custeado pelo Ministério da Saúde, sendo realizado na rede pública de saúde. "Há três grupos de transplantes, com listas de espera individuais: uma no Rio Grande do Sul, outra em São Paulo e a terceira em Minas Gerais. As listas no sul e em São Paulo tendem a ser maiores, pelo fato dos grupos também serem maiores e mais estabelecidos. Em Belo Horizonte, por exemplo, há atualmente dez candidatos na lista de espera", revela a especialista.
Este número, no entanto, pode significar um período muito grande de espera, pois doadores com pulmões viáveis para transplante são difíceis.

www.acontecenoticias.com.br

 

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