Bancos de sangue em situação crítica

Milhares de pessoas precisam de transfusões de sangue constantes para continuar a viver e, para tanto, contam com a colaboração de voluntários. Porém, a quantidade de sangue doada ainda é baixa para o número de pessoas que precisam ser transfundidas. 

Com a queda de 40% nas doações no mês de junho, o estoque do banco de sangue do Estado de São Paulo dura apenas até dia 13/07 (sexta-feira).

A luta para a conquista de doação de sangue é uma constante ma rotina dos bancos de sangue de todo país. Essa semana, em especial, tal situação no estado de São Paulo encontra-se crítica.

No mês de junho houve uma queda de 40% nas doações. Mensalmente, os oito hemocentros estaduais coletam cerca de sete mil bolsas, mantendo estoque para 15 dias de utilização. Hoje, há apenas 4,2 mil, e o ritmo é de queda.

A doação de sangue é voluntária e pode salvar vidas. Em especial a de pessoas que precisam de transfusões contínuas, como é o caso dos portadores de talassemia major, forma mais grave de uma anemia hereditária (passada dos pais para os filhos), não-contagiosa. Rara no Brasil, a forma mais comum é a beta-talassemia, que possui três tipos: minor, intermédia e a major.

É importante que a talassemia major seja diagnosticada nos primeiros meses de vida, para que o paciente receba o tratamento correto. Com acompanhamento médico, realização das transfusões de sangue regulares e terapia quelante para eliminar o excesso de ferro do organismo, o portador de talassemia major terá excelente qualidade de vida, como qualquer outra pessoa.

A doação de sangue é vital não só para este grupo de pessoas e outras que precisam de transfusões regulares, como também para aqueles milhares de cidadãos que passam pelas emergências de todo o país após sofrer um acidente, por exemplo. Para salvar estas vidas, o doador de sangue precisa ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 quilos. O voluntário também deve manter-se alimentado.

"O interessado em tornar-se um doador regular para portadores de talassemia major deve entrar em contato com a ABRASTA – Associação Brasileira de Talassemia – pelo telefone (11) 3149-5190 / 0800 773 9973 (ligações gratuitas de qualquer estado do país) ou e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.", avisa a presidente da associação, Merula Steagall.

Talassemia

De acordo com levantamento feito em 65 cidades de 16 estados do Brasil*, aproximadamente 2,7 milhões de brasileiros são portadores da talassemia minor (ou traço talassêmico), não requer tratamento, por ser apenas uma característica genética, e não uma doença. Seu portador, não apresenta quaisquer sintomas e pode viver com o traço sem nunca saber de sua existência.

No entanto, um casal em que ambos sejam portadores de talassemia minor terá probabilidade de 25% de gerar um filho portador de talassemia major. Por isso, o exame para detectar o traço talassêmico é fundamental para um casal que deseja ter filhos, para que conheçam a possibilidade de terem um filho com talassemia major, e no caso desta possibilidade se concretizar, saibam que seu filho pode levar uma vida normal como qualquer outra criança, desde que receba o tratamento adequado desde o início.

O exame, simples e eficaz, chama-se eletroforese de hemoglobina, e consiste na coleta entre 3 e 5 ml de sangue. É realizado na maior parte dos laboratórios do país, inclusive públicos, e em postos de saúde. Este exame também é aconselhado para bebês e crianças diagnosticados com anemia, para que se verifique se não se trata de talassemia.

Em alguns casos, o teste do pezinho detecta a doença. Mas o exame indicado continua sendo a eletroforese de hemoglobina, que pode ser realizada a partir do segundo ou terceiro mês de vida, quando na maioria dos casos é feito o diagnóstico definitivo.

Embora raros, existem casos em que a talassemia minor não é confirmada pela eletroforese. Nessa hipótese, é possível realizar o diagnóstico por meio da biologia molecular. O hemocentro da Universidade de Campinas (Unicamp) oferece suporte no diagnóstico aos centros de tratamento brasileiros.      

* ( fonte: Naoum PC et al. Hemoglobinopatias anormais no Brasil. Prevalência e distribuição geográfica. Rev. Bras. Patol. Clin. 1987;23:68-79)

ABRASTA – Associação Brasileira de Talassemia    
www.abrasta.org.br
(11) 3675-5444

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