A reportagem é de Antonio Carlos Ribeiro e publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 05-07-2010.
O biólogo discorreu sobre o tratamento homeopático, por vezes associado à Pastoral da Saúde da Igreja Católica, que dá suporte institucional e estrutura comunitária a diversas terapias populares de saúde.
Os grupos das pastorais de saúde baseiam-se em compromisso, envolvimento e busca de cura para grupos humanos, compostos de pessoas de diversas classes sociais, especialmente as que mais lutam por condições adequadas de vida, saúde e dignidade. Hoje, os jovens têm se interessado pela homeopatia, especialmente em lugares distantes e sem assistência do Estado.
Na visão deste biólogo, ela hoje é vista como uma forma de vida. Para ele, esta perspectiva “homeopatizada” muda hábitos que degradam a saúde humana e, consequentemente, o meio ambiente.
Citou o exemplo de um homeopata que gostava de tratar de outras pessoas usando complexos homeopáticos. Ao fazer a chamada repertorização – a disposição de ouvir relatos da vida das pessoas, tendo a saúde física, emocional e afetiva em perspectiva – deparou-se com a busca de uma fórmula homeopática apropriada, chamada de simílimo. Com o correr do tempo, ele foi percebendo que podia buscar o remédio específico para cada pessoa.
Com as visitas às casas, promovidas por estes grupos, foi possível lidar com problemas como o lixo, a degradação do meio ambiente, a presença de animais, a necessidade de organizar o espaço e o cuidado de saúde com pessoas simples, que para muitos ficam em segundo lugar.
Segundo Camaragibe, a homeopatia oferece vantagens inequívocas como o acesso comunitário, estrutura de atendimentos às populações pobres, melhoria de vida e o baixo custo do cuidado com a saúde. Para iniciar o trabalho é necessário haver um grupo interessado e a disposição de prestar um serviço público eficiente. E concluiu, enfatizando: “Homeopatia é para o organismo. Remédio é para a doença”.