De acordo com Ana Paula Pena Dias, neurologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, apesar de não ter cura o tratamento com drogas antiepileticas é eficaz e, na maioria das vezes, os efeitos colaterais são toleráveis. Os medicamentos agem na estabilização das membranas celulares diminuindo o fluxo exagerado de íons. “O paciente pode levar uma vida normal quando estiver bem controlado (sem crises há pelo menos 6 meses). Ate lá deve evitar situações de risco como dirigir, nadar sozinho, etc.”, explica a especialista.
Pacientes com doença psiquiátrica ou depressão não tem maior risco de desenvolver epilepsia, porém, existem relatos de que pacientes epiléticos tem maior incidência de depressão e de doenças psíquicas. A doença acomete mais crianças e não há diferença entre os sexos.
O diagnóstico da doença é feito pelo quadro clínico e exames de investigação como eletroencefalograma, tomografia computadorizada e ressonância magnética do crânio. A epilepsia pode ser idiopática, ou seja, sem causa definida, ou sintomática (após algum dano cerebral, como AVC, trauma ou tumor).
“Durante uma crise nunca se deve colocar a mão dentro da boca do paciente, apenas apóie sua cabeça e vire-a de lado, para o paciente não engasgar em caso de vomito ou da hiper salivação que ocorre na crise”, conclui.
O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, localizado em São Paulo, é um dos maiores do País, conta com cerca de 780 médicos e atua em 44 especialidades. Realiza anualmente cerca de 10 mil cirurgias, 12 mil internações, 200 mil consultas ambulatoriais e 110 mil atendimentos de Pronto-Socorro.
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