Mitos e verdades sobre calvície

Como toda doença popular, que atinge grande fatia da população, a alopecia androgenética, mais conhecida como calvície é cercada de mitos. Esclarecer as verdades destas histórias é importante para prevenir o problema e encontrar o tratamento adequado. O Dr. Ademir Júnior, dermatologista e especialista em tricologia, responde as principais dúvidas. Veja se você já conhece tudo sobre o assunto 

Estresse provoca queda de cabelos.
Verdade
O estresse provoca alterações hormonais que podem levar à queda dos fios. Muitos são os motivos que podem causar estresse, como: estresse físico – cirurgias, doenças, anemia, rápida mudança de peso – e estresse emocional – doenças mentais, morte de um membro da família.

Lavar os cabelos diariamente aumenta a queda.
Mito A detergência do shampoo pode ressecar os fios, mas jamais levar à queda.

O que leva à perda de cabelo é o excesso de testosterona; logo os carecas são mais potentes.

Mito Infelizmente para os calvos, a perda de cabelo não é provocada por um aumento na produção de hormônios masculinos, mas sim pela quantidade maior da enzima 5-alfa-redutase, que é determinada geneticamente e não tem nada a ver com virilidade

Usar gel causa queda de cabelo.
Mito Usar gel não favorece a queda dos fios, mas é bom evitar dormir com gel nos cabelos, pois ficam endurecidos e podem quebrar com mais facilidade.

Cabelo cai mais no inverno.
Verdade Nos meses frios, sensores de luz localizados na pele recebem menos luminosidade. Essa mudança diminui o estímulo da divisão celular, o que gera um número menor de fios e ainda enfraquece a raiz. O resultado: além de os fios caírem mais rápido, eles também nascem mais devagar. É também nessa época de mudanças climáticas que aumenta a incidência de dermatite seborréica – a caspa.

Secador e uso de “chapinha” aumentam a queda.

Mito A queda de cabelo está relacionada a problemas no couro cabeludo. O que pode acontecer é a quebra do fio devido à alta temperatura dos aparelhos.
 
Alguns esportes danificam os cabelos e levam à queda.

Mito Atletas que tiverem tendência à calvície ficarão calvos independentemente do esporte ou atividade física.
 
A caspa favorece a queda.
Mito Ela pode ser um coadjuvante da queda, mas não a desencadeadora. A confusão se dá porque cerca de 70% dos calvos têm dermatite seborréica (oleosidade e descamação do couro cabeludo).
 
O cabelo cresce mais rápido no verão.
Verdade O sol estimula a atividade de alguns hormônios, como a prolactina e a melatonina, que induzem o bulbo capilar a “trabalhar” mais, acelerando o crescimento dos fios.
 
Cortar os cabelos interfere na queda dos fios.
Mito Cortar o fio do cabelo não interfere em nada com o seu crescimento nem provoca a sua alteração. As causas de queda de cabelo de origem hormonal ou hereditária abrangem apenas a parte das raízes, onde o cabeleireiro não exerce influência.
 
Usar boné faz cair os cabelos.

Mito O uso do boné não faz cair os cabelos mas pode, em algumas pessoas que não tiram o boné da cabeça por muito tempo, agravar doenças como a dermatite seborréica, que pode ser um coadjuvante da queda.
 
Perco mais cabelos se penteá-los ou escová-los.
Mito Caem apenas os cabelos que já completaram o seu ciclo de vida. Sendo assim, não faz diferença se isso ocorre durante a escovação ou mais tarde, espontaneamente.
 
Condicionador pode causar a queda dos cabelos?
Mito O condicionador não causa a queda de cabelos, o que ocorre é que os fios que já estão na fase de queda cairão com mais facilidade. Mas o ideal é que o condicionador seja utilizado apenas nos fios, e não diretamente no couro cabeludo, pois pode agravar a dermatite seborréica e favorecer a queda.
 
Técnicas de alisamento e tingimento podem causar queda dos fios.
Mito A tintura e alisamento agem nos fios e não na raiz dos cabelos, e quando usadas corretamente e com intervalos de 30 dias, não influenciam na queda. O que pode ocorrer é o enfraquecimento da haste dos cabelos, resultando fios mais fracos, ressecados, com pontas duplas e com tendência a quebra.
 
Colocar anticoncepcional no shampoo faz os cabelos crescerem mais rápido.
Mito O uso de hormônios femininos não faz os cabelos crescerem mais rápido, muito menos desta maneira, pois a absorção dos hormônios, se ocorrer, será mínima.

Os cabelos caem mais após o parto.
Verdade Cerca de quatro meses após o parto (ou outro tipo de estresse físico ou emocional), muitos fios de cabelo podem entrar prematuramente na fase de queda, levando à perda de mais fios por dia do que o normal. Chama-se eflúvio telógeno e estes pêlos voltarão a crescer normalmente depois de algum tempo.
 
Cortar os cabelos os faz ganhar força.

Mito O fato de cortar o fio do cabelo não interfere em seu bulbo capilar, responsável por seu crescimento.
 
Cortar os cabelos durante a lua crescente os faz crescer mais rápido.

Mito O fato de cortar o fio do cabelo não interfere em seu bulbo capilar, responsável por seu crescimento.
 
Calvície tem tratamento.
Verdade Quanto mais cedo começar o tratamento contra calvície, melhor. Fale com o dermatologista e ele saberá prescrever o tratamento mais adequado. Os objetivos do tratamento da alopecia androgenética são:retardar a rarefação (afinamento) dos cabelos
E aumentar o volume de cabelos no couro cabeludo. Atualmente existem duas formas de combater a calvície: com medicamentos aplicados diretamente no couro cabeludo (alfaestradiol e minoxidil) e outros em forma de comprimidos (finasterida). 

Mais informações sobre calvície
 
O que é queda de cabelo

Queda de cabelo é diferente de calvície, chamada pelos dermatologistas de alopecia androgenética. A queda de cabelo pode ser um problema momentâneo, devido a algum fator passageiro, como estresse, distúrbios hormonais e carência de determinados nutrientes, vitaminas e minerais na alimentação.
A calvície não é um processo agudo de queda repentina dos cabelos. Não se fica careca de um dia para o outro. O que ocorre é a miniaturização progressiva dos fios, ou seja, a transformação de fios grossos (chamados pêlos terminais) em fios finos e cada vez mais curtos (chamados de velos ou penugem).
Na evolução do processo de miniaturização, ainda observamos a mesma quantidade de raízes vivas, porém estas geram fios menores e mais fracos. Geralmente é nesta
Já a calvície, cujo termo médico é alopecia androgenética, é resultado da queda constante de cabelos, o que pode deixar a pessoa total ou parcialmente careca. Trata-se de doença muito freqüente, especialmente em homens, e geralmente causada por um problema hereditário.
Quando a situação persiste sem uma causa aparente, caracteriza-se como calvície, provocada em geral pela genética. A calvície é de transmissão genética autossômica dominante, ou seja, basta somente a presença de um gene, vindo de um dos pais, para o filho manifestar a patologia. Se o pai ou a mãe é calvo, o filho tem 50% de chance adquirir a mesma. Se ambos os pais têm calvície (sendo que o lado materno positivo pode ser a presença de calvície no avô materno), a chance aumenta para 75%.
 
Quais as causas?
A alopegia androgenética está associada ao processo natural de envelhecimento. Os primeiros sinais aparecem nos homens ainda jovens, geralmente a partir dos 20 anos. Estima-se que 30% deles terão sido afetados por volta dos 30 anos e 50% aos 50 anos. Nas mulheres, a queda de cabelos é observada inicialmente na segunda década de vida até os primeiros anos da quarta, um pouco mais tarde que a época de seu surgimento para os homens.
Na alopecia androgenética, o hormônio ligado à queda de cabelo é o hormônio masculino testosterona, também produzido pelo organismo feminino. Esta forma de queda de cabelo é provocada por uma hipersensibilidade das raízes do cabelo ao testosterona, sendo que não é o hormônio em si que atua, mas sim a sua transformação na forma biologicamente ativa chamada diidrostestosterona (DHT). Uma hipersensibilidade em relação a esta substância leva a um distúrbio no equilíbrio natural do ciclo capilar. Com isso, a fase do crescimento fica menor e a fase de descanso fica maior. Logo, caem cabelos mais do que crescem.
A queda de cabelo feminina ocorre de forma distinta, se comparada à masculina. Seu estado inicial é menos visível que o do homem. Embora o cabelo comece a ficar mais fino, os locais calvos ficam perceptíveis apenas em estágios avançados. Na mulher, os fatores que causam a calvície são os fatores hereditários. Há uma predisposição genética autossômica dominante, transmitida por ambos os pais, não somente pelo lado materno. Somente 20% dos casos têm história familiar positiva.
Há também o fator hormonal, quando se acredita que a calvície feminina seja resultado da diminuição do estrogênio, um hormônio que geralmente contra-ataca o efeito da testosterona na queda de cabelo. 
A queda de cabelo também pode ser causada pelo uso de medicamentos contraceptivos, infecções, inflamações, distúrbios de glândula de tireóide, contato com substâncias
venosas e também em períodos como a gravidez e a menopausa. Devem ser realizados exames adequados caso haja suspeita de qualquer uma dessas possíveis causas de
Nas mulheres, a linha capilar frontal normalmente é mantida, existindo uma rarefação (afinamento) mais difusa sobre a coroa (os cabelos ficam ralos na “divisão do penteado”). Este padrão é chamado de “Padrão Ludwig” ou “padrão feminino de queda de cabelos”.
Alguns contraceptivos orais têm alguma ação androgênica e podem aumentar a queda de cabelos de ordem androgenética.
Nos homens, os cabelos geralmente começam a ficar ralos na região fronto-temporal (franja e topo da cabeça) e no vértice (“coroa do frade”). Este padrão é chamado “Padrão Hamilton” ou “padrão masculino de queda de cabelos”.
 
Outros tipos de queda de cabelo

Outras formas de calvície, menos comuns que a alopecia androgenética, são:
 
Alopecia areata: perda de cabelos em áreas redondas ou ovais, sem que ocorram sinais inflamatórios ou atrofia da pele. Pode afetar o couro cabeludo e a barba. Ocorre por provável envolvimento do sistema imunológico e a causa emocional também deve ser investigada. Algumas drogas também poderão ser desencadeadoras da alopecia areata. Na verdade, a pessoa apresenta uma predisposição a ter uma determinada doença, e o fator emocional age como um desencadeante. 

Tricotilomania: mania compulsiva de arrancar cabelos (ou até mesmo cílios e sombrancelhas), o que acaba deixando as pessoas calvas ou com falhas. Esse distúrbio está relacionado à ansiedade e ao nervosismo, e o ideal é consultar um médico logo nos primeiros sinais do distúrbio.

Eflúvio telógeno: queda abrupta e intensa, podendo chegar até a 600 fios por dia. Geralmente ocorre de 3 a 4 meses após o fator desencadeante, que pode ser um medicamento, febre, infecção, estresse e gravidez, entre outros. A queda ocorre rapidamente, mas o crescimento de um novo fio é demorado, crescendo cerca de 1cm a 2cm por mês. Por isso, o crescimento dos fios é percebido de forma gradativa.

Tratamento
O paciente deve procurar tratamento quando o caso estiver ainda no início; quanto antes, melhores serão os resultados estéticos. Os objetivos do tratamento da alopecia androgenética são:
1) retardar a rarefação (afinamento) dos cabelos
2) aumentar o volume de cabelos no couro cabeludo
Atualmente existem duas formas de combater a calvície: com medicamentos aplicados diretamente no couro cabeludo e outros em forma de comprimidos.
Apenas um dermatologista pode prescrever o tratamento mais adequado. Outro ponto essencial é a adesão, o que é difícil de conseguir, pois os resultados não são observáveis de imediato: surtem efeitos se ainda existirem folículos pilosos na área afetada – por isso a importância de procurar tratamento aos primeiros sinais de queda de cabelo. É a partir dos folículos que o cabelo nasce e cresce – por isso, se eles estiverem saindo do couro cabeludo, junto com os fios, o tratamento não vai produzir resultado. É possível saber se os folículos ainda estão lá fazendo uma biópsia.
Do final da década de 80 para cá, apenas três produtos foram aprovados para o tratamento da calvície: alfaestradiol, finasterida e minoxidil 2 e 5%.
 
Alfaestradiol
O último lançamento de medicamentos para o tratamento da alopecia androgenética foi o alfaestradiol, que age na pele do couro cabeludo utilizando o próprio folículo como via de acesso. O medicamento é um potente inibidor da 5-alfa-redutase – a enzima responsável pela conversão da testosterona no hormônio diidrotestosterona (DHT) na pele humana. Este hormônio contribui para a redução da fase de crescimento do fio e para o afinamento do cabelo. Bloqueando a ação da 5-alfa-redutase, o alfaestradiol acelera a atividade proliferativa das células capilares.
Na prática, isso significa que o medicamento pode diminuir a perda do cabelo, principalmente nos casos em que a alopecia andronegética é diagnosticada precocemente e, quando ainda existem folículos saudáveis, o medicamento é capaz de fazer com que os fios fracos e finos nasçam mais fortes e grossos. Nessas condições, estudos observaram  melhora em cerca de 80% dos casos (89% em mulheres e 85% em homens).
Em experiências a altas concentrações e doses necessárias para que qualquer atividade hormonal seja detectada, foi comprovado que alfaestradiol não pode ser considerado um hormônio. Estudos mostram que o medicamento não possui efeitos cardiovasculares nem hormonais, não afetando a libido masculina.
O alfaestradiol é apresentado em loção capilar. A aplicação é diária, preferencialmente à noite. Deve ser aplicado até que o local atingido esteja úmido, quando a região deve receber uma massagem com os dedos. Os resultados são esperados a partir do terceiro mês de uso do produto, por isso é importante a aderência do paciente ao tratamento.
Desenvolvido e utilizado com sucesso na Alemanha, o medicamento foi lançado comercialmente pela Galderma na Argentina e no México. No Brasil, alfaestradiol foi lançado em 2002 e já no primeiro ano assumiu a liderança em prescrições médicas e vendas com mais de 40% do mercado de pacientes com alopecia androgenética.
 
Finasterida
Trata a alopecia androgenética leve a moderada em homens com idades entre 18 e 41 anos. Em homens mais velhos, não tem eficácia comprovada. É um inibidor específico da
5-alfa-redutase. Para o tratamento de alopecia androgenética, é administrada em uma dose diária de 1 mg por via oral. Foi demonstrado que a finasterida rapidamente baixa os níveis de DHT sérico e do couro cabeludo em mais de 60%.
Ela não tem nenhuma afinidade pelo receptor de androgênio e, portanto, não interfere na ação da testosterona, não tendo efeitos androgênicos (aqueles que interferem com as características masculinas)  nem estrogênicos ou progestacionais (relacionados a características femininas) ou outros efeitos de esteróides.
A finasterida não é aprovada para uso em mulheres. É contra-indicada durante a gravidez, porque pode causar anormalidades na genitália externa do feto, caso este seja do sexo masculino. Deve ser utilizada com cautela em homens com disfunção hepática. A droga provocou disfunção sexual (disfunção erétil, diminuição da libido e diminuição do volume ejaculatório) em cerca de 2% dos pacientes.
 
Minoxidil
Foi o primeiro produto a ser aprovado para o tratamento de alopecia androgenética, no final da década de 80. É aplicado via tópica sobre o couro cabeludo, em dose 1 ml, duas vezes ao dia. Desenvolvido como uma droga para tratar hipertensão, seu mecanismo de ação no ciclo capilar não é bem entendido.
É considerado um vasodilatador. Trata alopecia androgenética leve ou moderada em homens e mulheres. A aplicação deve acontecer duas vezes ao dia, para soluções 2% e 5%. A solução de 5% pode proporcionar um efeito mais amplo e mais rápido, porém só pode ser usada em homens.
Minoxidil se mostou ineficaz na região temporal, ineficaz em alguns pacientes e com resposta limitada em outros. Como os demais tratamentos, o uso deve ser regular e contínuo para a manutenção da eficácia.
Alguns efeitos colaterais de baixa freqüência e menor importância são: irritação local (ressecamento, descamação, prurido, vermelhidão), dermatite alérgica ou fotoalérgica de contato e hipertricose (excesso de crescimento do número de pêlos em geral), principalmente em mulheres. Não foram apresentados efeitos cardiovasculares.
 
Sobre a Galderma
Galderma é uma companhia farmacêutica exclusivamente dermatológica, criada a partir de uma joint-venture entre Nestlé e L’Oréal, em 1981. Presente em 65 países, é líder mundial no segmento e, no Brasil desde 1995, já conquistou o segundo lugar no ranking nacional da dermatologia. Especializada em pesquisa, desenvolvimento e comercialização de soluções terapêuticas, corretivas e estéticas para doenças de pele, unhas e cabelos, a Galderma possui centros dedicados à inovação em dermatologia em Sophia Antipolis (sudeste da França), Princetown (New Jersey, EUA) e Tóquio (Japão), além das fábricas localizadas na França, Canadá e em Hortolândia, interior do estado de São Paulo. Para mais informações, visite www.galderma.com.br

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