Os impactos causados pela artrite reumatóide vão muito além da manifestação dos sintomas físicos. Além da dor, rigidez, edema articular e fadiga, o dano emocional e social que a doença causa ao seu portador é revelado através de uma recente pesquisa realizada com 474 pessoas em seis países. Os dados revelam que atividades simples do dia-a-dia dos pacientes foram afetadas significantemente: por causa da doença, 48% apresentam dificuldade para caminhar e mais de 40% têm dificuldade para dormir. O impacto também se estende para a vida profissional: mais de 40% dos que responderam à pesquisa precisaram faltar ao trabalho 10 dias ou mais nos últimos três meses em razão da doença Os prejuízos emocionais da doença foram claramente expostos pela pesquisa: 42% dos pacientes se sentem sozinhos na luta contra a doença e mais de um terço dos pacientes acham que a família não entende como a doença afeta sua vida. Além disso, 40% acham que a artrite reumatóide afeta seu relacionamento sexual e um terço acredita que não pode se cuidar ou cuidar de outras pessoas devido aos sintomas. Conduzida pelo instituto de pesquisa Opinion Health e patrocinada pela farmacêutica Roche, a pesquisa foi realizada entre setembro e outubro, quando aconteceu o Dia Mundial de Conscientização sobre a Artrite Reumatóide. Foram entrevistados pacientes da Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e Canadá, 44% deles com diagnóstico da doença há 5 anos ou mais.
Expectativa
O dado surpreendente da pesquisa, porém, revela que, apesar dos sintomas incapacitantes e duradouros, somente 1 de cada 3 pacientes havia discutido com o médico uma forma de alcançar a remissão prolongada (ou seja, uma parada na atividade da doença que permita realizar as atividades rotineiras sem dor e cansaço constantes). A remissão, no entanto, é a meta do tratamento medicamentoso. Perguntados sobre que resultados gostariam de obter com a terapia, 80% desejam ter menos dor articular e 70% querem que a medicação os ajude a se sentir "melhor" de modo geral. Mais da metade dos pacientes também quer ver uma redução da fadiga e deseja alcançar alívio de longo prazo dos sintomas.
"Essa discrepância entre as expectativas dos pacientes e suas experiências reais com o tratamento ilustra claramente a falta de consciência sobre o que os novos tratamentos podem oferecer aos pacientes com AR. Resultados clínicos recentes demonstram que a remissão é, hoje, uma meta realista para os pacientes. O que precisamos fazer, agora, é garantir que todos os médicos estabeleçam essa meta para seus pacientes e adaptem o tratamento para que ela seja alcançada", afirma Mirela Yunes, gerente médica da Roche.
Estima-se que a artrite reumatóide afete mais de 21 milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma doença autoimune, progressiva, caracterizada pela inflamação da membrana que recobre as articulações. Essa inflamação causa deformidade articular e comprometimento funcional, além de dor, rigidez e edema, podendo levar à destruição irreversível das articulações e invalidez. Além disso, causa sintomas gerais como fadiga, anemia, osteoporose e pode contribuir para a redução da expectativa de vida, por afetar órgãos importantes do corpo. Sua função incapacitante é tão grande que, em 10 anos, menos de 50% dos pacientes conseguem continuar trabalhando ou exercendo suas funções diárias normalmente.
Apesar da artrite reumatóide não ter cura, a eficiência dos novos tratamentos têm cooperado para um melhor controle da doença. Além do tocilizumab - primeiro remédio dirigido especificamente contra a interleucina 6 - a farmacêutica Roche já comercializa outro medicamento biológico – o Mabthera®(rituximabe) - primeiro e único medicamento que age seletivamente nas células B.
Sobre a Roche em artrite reumatóide
Nos próximos anos, uma das áreas com grande potencial de crescimento da farmacêutica Roche será a de novos e promissores medicamentos para doenças autoimunes, dentre elas, a artrite reumatóide. O objetivo da empresa é tornar-se referência no tratamento da doença. O primeiro passo nessa direção foi o lançamento de MabThera® (rituximabe) na artrite reumatóide, aprovado no Brasil em 2006 para tratamento da doença. MabThera® (rituximabe) é o primeiro e único medicamento que age seletivamente nas células B. No último mês de novembro, o laboratório anunciou os resultados positivos do tocilizimab - o primeiro remédio dirigido contra a interleucina 6 - que deve ser aprovado no Brasil entre 2008/2009. Além do Mabthera® (rituximabe) e do tocilizumab, outros projetos para artrite reumatóide estão sendo desenvolvidos pela Roche, dentre eles, um novo anticorpo humanizado contra células B, atualmente em estudo de Fase III.