A  região metropolitana do Rio de Janeiro, o chamado Grande Rio, conta com 12 milhões  de habitantes. É a segunda maior região metropolitana do país, atrás apenas da  região metropolitana de São Paulo. Esta região é formada por 20 municípios. 
  Dos 12  milhões de habitantes do Grande Rio, 60%, ou cerca de 7,2 milhões, vivem na  capital do estado. Resulta daí que 4,8 milhões vivem nos municípios vizinhos à  capital. Destes, 70% vivem em municípios que margeiam a Baía de Guanabara. 
  A  cidade do Rio de Janeiro é um importante polo comercial e de serviços.  Diariamente centenas de milhares de pessoas que vivem na Região se deslocam  para a capital do Estado para trabalhar, estudar e outras atividades,  sobrecarregando as principais vias de escoamento de trânsito rodoviário da  cidade, especialmente a Ponte Rio-Niterói e a Avenida Brasil. 
  A  proposta é desafogar essas artérias, transferindo boa parcela do transporte  altamente ineficiente por ônibus para algo mais inteligente e econômico, para  um serviço de barcas que vai aproveitar a Baía de Guanabara como via de  escoamento para moradores principalmente de São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova  Iguaçu, Magé e alguns bairros da Zona Oeste da cidade (Ver figura abaixo).
 
  
Três novas linhas de barcas na Região Metropolitana do Rio 
 É óbvio  que o atual serviço de barcas carece de fiscalização e aprimoramento. O atual  órgão regulador estadual – a AGETRANSP - tem se mostrado muito ausente de suas  funções. Há a necessidade de que esta agência tenha seus quadros renovados e  preenchidos por critérios técnicos e de competência comprovada. 
  Outro  aspecto a ser considerado é o lobby dos empresários de ônibus. O  transporte por ônibus são concessões municipais ou estaduais. A força deste lobby é facilmente percebida na demora na construção e na ampliação do Metrô. É fácil  ainda notar a ausência desta modalidade de transporte nas grandes cidades do  mundo inteiro. 
  Cabe-nos  exigir alterações no modelo que venham favorecer a sociedade e não um grupo  pequeno de empresários. Há, todavia, uma relação ilícita entre políticos e  empresários de ônibus. Uns fecham os olhos ao problema e outros financiam  campanhas eleitorais. É algo como se diz no dia-a-dia: “uma mão lava a outra”. 
Esta é  a proposta. Há obstáculos a vencer, mas um dia precisamos começar a adotar  providências para superá-los. 

 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  




























