Ela...
Foto retirada do Google
... Ela se deixava levar pela embriaguez daqueles instantes,
tudo lhe era infinitamente familiar, e ela nem se dava a perceber...
apenas respirava sua vaidade e ingenuamente absorvia toda sua timidez...
e ela nem se dava a perceber...
talvez se naquele instante, sua alma pulasse corpo afora, ela ate sentise nausea,
ela podia mesmo se repugnar pelo tamanho desejo que lhe aflorava a pele,
tudo nela era prazer, ela só queria sentir...
fechava os olhos e apenas o seu silêncio lhe denunciava,
e ela nem se dava a perceber...
somente lhe importava a violência daqueles instantes
ela era eterna... e tudo nela era somente prazer...
Ana Elizabeth Baade
Sensível demais...
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Ser sensível demais cansa ate a mim,
que cabe este sentimento tão exarcebado,
a nostálgica sensação de ter que ser mais...
vem sempre de encontro a mim,
às vezes esta sensibilidade me rasga
e me corrói...
e tudo me dói...
Ana Elizabeth Baade
O Som do Vento...
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Afinal era o som do vento que baloiçava lá fora,
eu senti como se minha alma engolisse minha timidez
e me açoitasse,
vinham em ondas a sensação de um prazer inebriante
que pouco a pouco me consumia...
era um sentimento tão íntimo
e tão devastador,
ao mesmo tempo que me tirava o ar,
me dava uma imensa vontade de gritar,
havia um oceano inteiro de paixão
me inundando
eu mergulhava nessa imensidão,
enquanto um fogo me queimava,
eu interia derretia
e me afogava......
Ana Elizabeth Baade
Foto retirada do google
Tudo que devora nosso pensamento, rasga também a nossa carne, e isso é inevitável
Ana Elizabeth Baade
Renascer de ti....
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Chega um momento na vida que é preciso engravidar a ti própria,
te dar o tempo necessário para te enxergar e aos poucos te gerar,
para enfim....renascer de ti mesma...
Ana Elizabeth Baade
Há o amor que vem não sei de onde e pinta mesmo sem cor, que pulsa dentro de quem não o quer e rasga as entranhas de quem o deseja, Há impulsivo amor... que dói sem ser chamado e habita onde for, que é amargo quando se vai e corajoso quando recai, Há doce amor... que lambuza bocas desconhecidas, que desatina corpos enrubescidos, que é eterno desde a infância e infinito mesmo à distância, Há descabido amor... que enaltece pagãos, que desobedece os nãos , que não tem razão e não conhece padrão... que sozinho é veneno e acompanhado é incêncio... Há indispensável amor...
Ana Elizabeth Baade
Alguma coisa desfalece aqui dentro,
quando sem razão alguma sinto o roçar do teu toque em minha nuca,
o teu cheiro me inebria de tal maneira que perco instantaneamente os sentidos,
sinto o fluxo sanguineo enveredar por minhas veias e um latejar pulsante vem em circulos e me entorpece
por alguns segundos o tempo se perde,
eu sinto tal e qual como um silencioso poema,
onde versos sem rimas se tornam sutilmente sonoros,
ondas embevecidas de paixão me tomam,
e mansamente me devoram
já não estou mais em mim,
estamos sois em nós
flutuam os girassóis
estou agora a rodopiar...
Ana Elizabeth Baade