OPINIÃO - A CAMPANHA CIVILISTA E O DICIONÁRIO

Humberto de Campos, num dos seus livros, BRASIL ANEDÓTICO, narra a visita de Rui Barbosa a uma cidade do interior do Brasil e a recepção feita pelo prefeito. Candidato a presidente em 1910, no que ficou conhecido como Campanha Civilista, o candidato foi saudado pelo prefeito com um discurso em que a sensação que se teve é que o alcaide pegou um dicionário e selecionou palavras que considerava símbolos de erudição, entre elas “grande canalha”, para saudar Rui Barbosa e “sua malta”.
O candidato não passou recibo. Em seu discurso desconheceu as “ofensas”, saudou o prefeito, as autoridades municipais e quebrou o constrangimento.
Marina da Silva lembra esse prefeito. Traz consigo que carrega um dicionário na bolsa e todas as vezes que é obrigada a falar, consulta o alfarrábio para escolher as palavras e deitar falação. Não é possível entender o que a candidata quer falar e muito menos alcançar seus objetivos, que não o de ser presidente da República a qualquer preço, até porque o BANCO ITAÚ, a NATURA e REDE GLOBO pagam.
A diferença entre o prefeito que saudou Rui Barbosa e Marina é que, simplório, querendo mostrar saber, o prefeito desfiou um monte de besteiras. Marina, maquiavélica, envolvida em episódios duvidosos quando a sua integridade, tenta ludibriar os brasileiros com seus “discursos” que não dizem nada e nem nos levam a lugar algum, que não a volta ao tempo das diligências e a transformação do Brasil em paraíso dos bancos e dos grandes grupos nacionais e internacionais.
Essa corrida ao século XIX chega permeada com as idas e vindas da candidata sobre pontos de seu “programa” e num dos capítulos o retorno ao fundamentalismo religioso, quebrando as características de um Brasil laico, como prevê a Constituição.
Marina não é a ingenuidade do prefeito relatada por Humberto de Campos. É o ser maligno disfarçado em novo, nova política, escorada entre os setores mais podres da elite brasileira e internacional, incapaz de explicar a compra de um avião no velho sistema de caixa dois e a transferência feita pelo “espírito” de Eduardo Campos, um dia após a sua morte de dois milhões e quinhentos mil reais para a candidata.
Essas operações são o café pequeno de uma desvairada que traz consigo o atraso das privatizações, da entrega da PETROBRAS, da autonomia (privatização) do Banco Central e a definição tosca e retrógada de direitos civis e direito de consciência.
U’a ameaça visível e latente ao País. Um País que, bem ou mal, tem conseguido se protagonista do processo político em todo o mundo e nesse momento, começa a quebrar a hegemonia do poder único, com a criação dos BRICS, grupo integrado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, emergindo e respirando perspectivas de progresso invulgar e acordando, de vez, o gigante adormecido.
Seria uma piada, como muitos dos candidatos nanicos, mas longe disso, é uma perigosa e solerte presença política, aconselhada pela principal herdeira do BANCO ITAÚ, Neca Setúbal, que quase foi ao orgasmo quando disse ao repórteres que ela e a candidata usam óculos do mesmo grau e o óculos vermelho que Marina usou num dos debates foi emprestado por ela, Neca Setúbal.
Neca Setúbal é a exceção nas tuitadas de Silas Malafaia, estelionatário que pontifica na televisão pregando o retrocesso e chutando a imagem de Nossa Senhora da Aparecida.
E lógico, pedindo aos fiéis que num envelope depositem valores de seus recursos para a moradia no céu.
É o dilema do Brasil e dos brasileiros.
Há um discurso de Marina ao tempo de senadora que é o próprio dicionário. A dúvida é se o de Buarque de Holanda, ou o de Antônio Houaiss. É possível que sejam os dois para melhor ilustrar o que os cientistas chamam de não matéria.
Aleluia!

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