ECILA

José Milbs

Capitulo X

Ivan já formado em direito e casado. Djecila foi morar no apartamento que ela tinha comprado ao lado do seu. “Porta com porta”, como se diz nas longas conversas das pesoas do interior. Ela sempre alegre, divulgando as belezas de Macaé e sua gente. São Paulo, uma grande província de milhões de gente do interior, caia bem nas belezas no modo de falar, de andar e de se comunicar com as pessoas. Ecila ia, no seu dia a dia transferindo para o simpático bairro de Santa Cecília todo o esplendor que ela tinha quardado em sua mente das belezas puras de sua Macaé. Transitava livremente por ruas, travessas e comércio com a mesma alegria que transitava, aos 17 anos pelas ruas empoeiradas de sua terra natal. Pessoas até ela via se parecendo com as de Macaé, e quando via dava longas e bonitas gargalhadas. Foi numa dessas esbarradas da vida que ela viu um homem que ela logo achou parecido com tantos quantos ela tinha visto parecer. Vira-se, não sei para quem ao seu lado e diz:olhe ali, igualzinho ao Ferry. Detalha e, não era que era o próprio Ferry Azeredo de sua meninice em Macaé? Abraços, beijos e o que você faz aqui não fartaram de perguntar um para o outro. Ferry era irmão de Ary , seus contempâneos macaenses e trtabalhava com outro lindo macaense Luis Lawrie Reid e foi assim que outros macaenses se reincontraram mais amuide nas terra que Washington Luiz Pereira de Souza, saiu ´para governar o Pais.

Sao Paulo passou a ser uma cidade pequena para as passadas longas de Ecila em seu mundo. Feira livre, restaurantes chinês, comida japonesa e peruana faziam parte de seus dias de alegres passeios nas ruas e becos. Aos quase 70 anos revivia as alegrias que sempre tinha em sua existência quando dos passeios de bicicletas com Maria Angélica, Arina Prata e Amélia Brasil nas ruas de Macaé. Conhecida como a “Condessa de Macaé” ela não se cansava de falar na sua infância junto com Hidemburgo Olive a quem chamava de “Burquinho” e de suas peraltices nas cercanias do Castelo do seu avô Domingues de Araujo . Leatrice que era afilhada de sua irmã Ondina e seu José Domingues, pai de Zé Domingues, tinha passado para ela todo a vivencia de Macaé no tempo dos Viscondes. Falava sobre os Condes, Viscondes e Viscondessas com toda a sabedoria que o velho Visconde de Araújo tinha lhe revelado em suas idas ao Castelo brincar com as meninas quando da ida de sua mãe Nhasinha, com Ondina e Doca visitar o Visconde de Araújo.

Fatos havidos, outros pensados e falados ela ia fazendo-se Embaixadora de Macaé e sua gente nos contos e casos que sabia existir. Ecila ia mais longe em suas tardes de conversas longas. Revia Carapebus, Quissama, Conceição de Macabu e detalhava suas fazendas uma a uma quando de sua ida, com o avô Emilio Quintino, na garupa de cavalo. Os Barcellos, os Silvas, os Tavares, os Pratas, os Borbas, os Ribeiros todos ela tinha na ponta da língua as descendências sem deixar de falar em seu primo irmão Elbe Tavares a quem nominava com o primo que a levava a conhcer centenas de parentes nestas cercanias. Deco Prata e suas valentias nos bailes de Carapebus ela falava ao tempo que lindas e inesqueciveis gargalhadoras ornavam suas descritivas.


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