Um pouco de nossa história por Luiz Zatar
Voltemos no tempo para 16 de abril de 1932 quando O Rebate chega ao Rio de Janeiro e se firma em Macaé vindo lá das cidades do Rio grande do Sul. Isso em 1917, como um jornal feito por pioneiros. Não é preciso muito tempo para adivinharmos que logo ele se consagraria como um ícone a mais de nossa cultura regional por toda Macaé e cidades vizinhas.
Primeiro veio a ser editado em Portugal e na Espanha. Somente em 1967, que o jovem Milbs, um entusiasta, movido por idealismos e pronto para dirigir um dos mais brilhantes e expressivos Jornais, adquire e registra definitivamente o nome do O REBATE para anos mais tarde o jornal deixar de ser impresso em papel e vir a ser lido online, com o advento da Internet, ampliando a rede de seus leitores habituais para um patamar mundial, chegando a alcançar mais de 30 países; um vôo que tornou este jornal online num veículo lido ( além dos brasileiros ) por ingleses, americanos, europeus, jornalistas de renome curiosos com as histórias de nossa Terra Brasilis, contando com talentos e reunindo a nata dos comunicadores, a serviço da sociedade. O Rebate é aclamado na Espanha, na Bélgica, na Alemanha, Áustria, Bélgica, França, o mundo, enfim.. José Milbs, esse bondoso pai, precursor e visonário, não consegue negar espaços para os mais diferentes tipos de Cadernos e de articulistas com o potencial necessário para falar a linguagem dos dias atuais para as mais diferentes tribos.
O Rebate é profundamente querido, divulgado e lido em Portugal, que o recebe como um jornal de forte presença Artística e cultural; suas mais diferentes matérias são de padrão internacional, leitura obrigatória para milhares e milhares de brasileiros moradores dos mais diferentes Estados de nossa nação de tamanho continental. Atualmente O Rebate é lido tanto na Quinta Avenida de Manhattan quanto nas ruas de Botafogo ou nos cafés de Paris; é acessado por milhares de internautas através de laptops e computadores em qualquer parte do Globo terrestre, e a isso tudo devemos a extrema competência da sua web designer Rose Nogueira, e co-redatora ao lado do Diretor de Arte e Supervisor, o escritor e advogado Luiz Zatar C. Tabajara, cujas experiências editoriais o qualifica para os novos padrões e o moderno perfil ao qual o jornal se propõe. A dedicação de seus cronistas tem que obedecer a periodicidades, e cada um domina seu próprio espaço, recebendo a atenção redobrada de seus atuais articuladores.
Em franco apogeu, chega a se firmar em 2007 como um dos jornais online mais bem concebidos oferecendo um designer de classe, uma proposta de se manter em constante renovação, frente à velocidade de informações do mundo atual, ganhando em todos os campos, seja nas artes visuais, administrado por Luiz Zatar e Rose Nogueira, facilitando e dinamizando sua linguagem visual para garantir o máximo em qualidade artística. Por isto O REBATE conta hoje com um time de peso altamente selecionado recebendo um novo layout e uma organização que faça frente aos padrões do momento. É esta dedicação intensiva de seus programadores que vem chamando a atenção do público leitor, há poucos meses da comemoração de quase um centenário. Hoje, na semana de seu aniversário de 75 anos O Rebate é um jornal concebido para ser lido além das nossas fronteiras contando com um padrão de qualidade Universal, exportando valores como Cida Garcia, abordando temas psicanalíticos por Flávio Thamsten, falando sobre Turismo, literatura, moda, culinária, arte e música... Cronistas do porte de Silvio Alvarez, Renata Saba, Selmo Vasconcelos, não esquecendo as receitas de nossa culinária bahiana-mineira-capixa de Angela.
Devemos aqui ressaltar a figura ímpar e imprescindível de Moc, o nosso valoroso Moctezuma Barbosa Pinto, que encorajou e convenceu nosso editor Milbs a levar O REBATE para o formato atual online, acredito eu, antevendo as riquíssimas possibilidades futuras do bom uso da Internet, prevendo o jornalismo sem papel. Cabe portanto a Moc, ou Moctezuma, este amigo mexicano que tem no sangue a genética dos Astecas, herdado da mãe, grande bailarina, a responsabilidade por criar com Milbs a potência virtual que o jornal se tornou para a felicidade de todos, pois hoje O REBATE é um grande polo cultural onde firmam-se nomes de várias tribos e raças, consagrando personalidades de expressão internacional, cultivando um ambiente onde todos são amigos, sem rivalidades ou mesquinharias, daí a grandeza e o segredo da prosperidade desse jornal.
Podemos dizer que O REBATE, a cada nova edição, celebra em suas págianas o encontro de intelectuais de diversos segmentos de nossa sociedade, nos firmando como uma verdadeira família, carregando em suas páginas o ouro negro que vem de Macaé, sua cidade natal e que cumpre o dever de representar todos nosssos ( TRÊS S, tira unzinho!! )Brasis, com toda nossa brasilidade, sempre aberto para escutar nossos corações, nossos desejos. Esse cunho humanista, que advêm de seu criador e proprietário é um dos grandes legados aos seus colaboradores e leitores fiéis. Sabemos que quando escrevemos um texto este se encontrará nas mãos do mundo, espalhados entre brasileiros ou brasileiras casados com Alemães, Austríacos, Franceses, Espanhóis, Canadenses, Suecos, Dianmarqueses,( TÁ COM UM N a mais, vergonha, vergonha, Batman!!! ) Holandeses, Finlandeses,... enfim, fazemos parte de uma aldeia global sem ter perdido nossa individualidade e nossas principais características como brasileiros que somos.
Hoje esse menino Milbs prescinde de nossos aplausos, mas mesmo assim, vamos todos pensar nele com aquele amor que aplaudiríamos e abraçaríamos nosso próprio pai, pois seu nome funde-se ao próprio Jornal, que leva seus idéias e receitas de vida, temperado com sabor, atrelado à nossa história e aos nossos valores.
O menino MILBS, como aprendi a chamar ternamente, mesmo sendo hoje um nome internacionalizado, mais que um talentoso escritor, historiador, pertence a todos. Nosso sábio amigo é um adorável personagem já integrado no cenário histórico do jornalismo pode hoje, tranqüilamente usufruir da mística, da criatividade, da qualidade que faz fluir em seus textos e abrir uma viúve-cliquot, em comemoração que nos conclama a compartilhar com aquele mesmo entusiamo juvenil de 1967.
Devemos tudo isso ao seu lado visionário, humanista, responsável por falar a linguagem de diversos Brasis, diversas cidades.Ele mesmo confessa que conhece as pessoas com quem conta pela maneira de falar, no olhar, por isso confia no que esses seus cronistas vão levar para a ponta dos dedos.
Eis aqui o JORNAL O REBATE celebrando seus 75 anos, iluminando os caminhos da informação e das notícias, cativando cada vez mais um maior número de adeptos fervorosos, sempre inovando e procurando dinamizar a relação autor/leitor, na esteira de um mundo que corre frenéticamente, cujo ritmo e linguagem são inteiramente outras, bem como as necessidades do saber e do conhecimento precisam ser amplamente exploradas a fim de encontrarmos rumos para tempos de desafios portentosos, titânicos.
Como comunicadores, temos aqui uma grande responsabilidade e todo um código
de ética a seguir, uma missão e uma responsabilidade maior ao lidar com o ser
humano, o nosso amigo desconhecido que estará nos lendo e alterando toda sua
vida mediante nossas palavras.
Não foi à toa que aceitei o enorme desafio de
escrever para mais de 40 a 50 milhões de pessoas, número regular de acessos do
jornal, num momento em que o mundo passa por gigantescos vazios culturais e
abismos espirituais. Nesta busca incessante por significados, em meio a um mundo
cada vez mais globalizado, cujas angústias também parecem cada vez maiores, nos
deparamos ainda com o homem em seu estado bruto, primitivo, individualista que
tem muito a exigir e pouco a doar.
Como escritor, cronista de diversos jornais, advogado, artista plástico, só tenho que prestar minhas homenagens e reverenciar essa figura do pai cauteloso, do gentleman, do operário das artes e das letras como um humilde elo dessa corrente, e desejar que esse homem simples nos ensine a sermos mais humanos, menos acomodados com as graves situações pelo qual o país passa. Que hoje, dia 16 dea bril de 2007 o menino MILBS receba o carinho que sempre soube oferecer ao seus inúmeros cronistas e redatores.
Faz-se mister lembrar mais uma vez que foi esse visionário, este pioneiro da imprensa, que ousou abrir as páginas de O Rebate para o leitor online , sem nunca pedir nada em troca, ajudou a divulgar e a enaltecer nomes, que hoje brilham na galáxia, no cosmos deste jornal feito por estrelas e homens sonhadores, pois foram no sonho que forjaram suas ferramentas para uma liberdade maior e verdadeira. Todos que puderam colaborar e tiveram essa chance, encontraram no Rebate solo fértil e propício para exercerem seus talentos. Assim não é difícil encontrar em O REBATE grandes exponenciais da nossa cultura, nomes de peso que souberarm elevar seu padrão jornalístico, personalidades de valor que somente MILBS soube garimpar com maestria ao longo de toda sua brilhante carreira durante toda sua existência de firme e resoluta dedicação.
Falar a linguagem dos dias atuais em que o ser humano corre velozmente como máquina num mundo de bits e de chips, é tarefa difícil. Coube a ele, José Milbs de Lacerda Gama, através de sua riqueza interior, reunir e dirigir este veículo que tanto prazer nos ofertou, ano após ano. Portanto, nada mais justo que dirigimos a ele agora todos os nossos votos e os melhores desejos de grandes conquistas e realizações, que a cada dia posssamos encontrar pessoas que traduzam seus mesmos ideiais sociais, suas mesmas lutas.
Com este invejável perfil, O REBATE do séc. XXI chega aos seus 75 anos abrindo portas e caminhos diversos, para os muitos que só terão a ganhar com seus textos bem pincelados, as palavras amigas, calorosas e ternas de quem sabe trazer para este jornal o melhor de si, em textos cada vez mais dinâmicos e saborosos de serem lidos. Por isso me orgulho e me sinto feliz em participar deste momento de vitórias, e é com minha máxima admiração que desejo a este editor, fundador, chefe e proprietário, as maiores riquezas dessa vida, que se traduz exatamente em sua obra gentilmente ofertada a nós, simples mortais.
Parabéns, menino MILBS e muitas centenas de anos de vida, que sua grande mensagem possa ser compreendida e outros a sigam com tal despojamento, grandeza e firmeza de caráter!
LUIZ ZATAR C. TABAJARA-Diretor de Arte e Supervisor Geral de
Redação
(dia 16 de abril de 2007).
( Em tempo, para meus muitos colegas e
amigos dentro de O REBATE gostaria de afirmar que meu trabalho
é meramente voluntário, e que visa a preservar a boa imagem pela qual fui
convocado. O rebate não é mais uma escolinha, hoje segue um padrão e uma
organização capaz de resistir a tempos inglórios, onde a arrogância, o
oportunismo toma conta das pessoas. O perfil de O REBATE está
distante de abrir as portas para pretensos colunistas que visam apenas fazer
propagandas, para isso temos uma seção:Classificados. Nos valemos de regras,
periodicidades, sem as quais abriríamos as portas para a anarquia e o caos, fato
que implicaria em desestrutura e desorganização, não parece ser isso o que
queremos. Assim, desejo a todos que sejam humildes, mais irmãos, mais amigos.
Qualquer dúvida, peço que me escrevam, cientes que não possuo horários extensos
para responder ou acatar o que não venha mais a ser da política do jornal.)
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CONSIDERAÇÕES:
Assim como o editor José Milbs de Lacerda Gama, para reeditar, desta vez on-line, O REBATE, teve que trocar seu Chevette 85, Azul que usava há 15 anos, pelo Computador Pentiun 4, o Alfredo de Magalhães, no inicio do século em Portugal também lutava materialmente para editar o O REBATE. Eis o que fala a história do nosso jornal em Portugal:
Em 29 de Julho de 1903, Simas Machado recebe mais uma missiva do seu grande amigo, Alfredo de Magalhães, que nessa altura lutava com todas as suas forças, para lançar o Jornal “O Rebate”.
Meu caro Simas
Lemos a notícia com interesse e tiramos dela as devidas conclusões…
O jornal sairá Sexta-Feira à noite. O trabalho e as preocupações que ele me tem dado são inenarráveis. Vamos a ver a sorte dele. Saberia você daí dar-me uma mão? Luto desesperadamente para conseguirmos levantar este país, cuja situação está cada vez mais grave. Faço prodígios e sacrifícios que deixam a perder de vista os do Dr. Bernardo… e sinto que me esgoto por falta de cooperação.
Para lançar o Rebate ainda encontrei um amigo, um correligionário que me obtém um preço do dinheiro que não chega a nada, e c’est tout…
Se eu conseguisse levantar num banco ou num particular 2 contos de reis, o sucesso do jornal seria absolutamente assegurado. Tenho propriedades no Douro, que sacrificaria corajosamente, se fosse possível; mas não é… Meu pai deixou-as fortemente oneradas, derruídas. O meu dever é entregá-las aos credores para lhe honrar a memória.
O Ricardo Malheiros(1) muitas vezes me facilitou descontos no Banco Comercial desde que eu lhe desse a firma de um comerciante a garantir a minha; este recurso não o tenho hoje porque um ou dois nomes que serviriam para o efeito militam hoje em campos políticos adversos… Não poderia você arrancar ao Ricardo um favor desta ordem?
Agora vou tratar de organizar a empresa do jornal por acções de dez mil reis. Terá a possibilidade V. de passar algumas por amigos na província? Também nos interessa muito angariar boa assinatura. È outra maneira de assegurar a vida da gazeta. Portanto, meu caro Simas, com a orientação que vamos imprimir no Rebate, vamos abrir uma brecha em tudo isto, e brecha funda, a questão é a de dispormos carvão para aquecer a fornalha.
Não tenho dúvidas que lhe falta a você fé, porque a minha é inesgotável, e no dia em que ela me abandonar, porque é ainda a única razão da minha vida, acabarão os meus tormentos.
A ”Luta”(2) atravessa uma crise fatal. Jantou comigo o administrador há dois dias e disse-me que tentavam de liquidar tudo, até pediu-me para ficarmos com algum material. Em todo o caso move-lhe todo o interesse para salvar o barco, isto é, salvar-se…
Recebi pelo Pimenta(3), o seu aviso amigo acerca de eleições, mas não tentarei, pois enquanto o jornal estiver de choco completamente. É uma questão de dias.
E para rematar: Ajude-me se pode e como quiser. A vitória será nossa; A situação é cada vez mais precária. É impossível
Um Abraço
Alfredo
cartasportuguesas.blogspot.com/2005/01/lanamento-de-um-jornal.html
EM 1909 MAURICIO DE OLIVEIRA, EM PORTUGAL, COM 17 ANOS É REPORTER DE O REBATE...
Maurício de Oliveira, de seu nome completo Maurício Carlos Paiva de Oliveira, nasceu em Abrantes em 20 de Outubro de 1909, filho de um oficial do exército Agostinho Barreto Rodrigues de Oliveira e de D. Carolina da Purificação Trindade Paiva de Oliveira. Este oficial do exército ascendeu no fim da sua carreira ao generalato como Brigadeiro do Estado Maior.
Maurício de Oliveira logo que acabou o seu curso no Liceu Camões, apenas com 17 anos, ingressou no jornalismo que seria a paixão da sua vida. Começou como repórter do jornal "O Rebate" donde transitou em 1929 para o "Diário de Lisboa" no qual exerceu todas funções desde repórter, a redactor e por fim a Secretário Geral. Passou neste jornal os melhores anos da sua vida, cerca de 36 anos, saindo em 1967 para fundar com outros colegas "A Capital" na sua segunda fase. Em 1971 foi convidado para director do "Jornal do Comércio" onde veio a falecer prematuramente com 62 anos.
www.marinha.pt/extra/revista/ra_ago2000/pag16.html
Veio da espanha e de portugal em em 1932 Macaé
Foi no "Rebate" que em 1927 começou a escrever uma série de artigos sobre o estado comparativo do valor das Armadas de Portugal e da Espanha, comparação que achava alarmante, e data dessa época a sua segunda paixão: a Marinha. Tinha apenas 18 anos. Esta paixão havia de o acompanhar por toda a sua vida.
A Marinha, ou melhor alguns jovens oficiais dessa altura, desdenhavam do jornalista ou achavam que um paisano não podia perceber e muito menos escrever sobre assuntos de marinha. Nessa época ainda não se dava a devida conta ao poder dos jornais.
Pereira da Silva com Maurício de Oliveira, durante a grande campanha de propaganda do nosso ressurgimento