O MONOPÓLIO DA GLOBO

As organizações GLOBO se opuseram de forma absoluta e com criticas constantes à construção do sambódromo no governo Leonel Brizola. No ano da inauguração decidiram não transmitir o desfile das escolas de samba, entre outras coisas porque Brizola disse que era um evento público, logo, aberto a quem quisesse transmitir. A MANCHETE dos Bloch foi lá e a audiência assustou a GLOBO.

De lá para cá e até conseguir os direitos exclusivos de transmissão, não com Brizola, a GLOBO detém o monopólio e transmite solitária, do jeito que quer, no horário que quer, o ponto alto do carnaval carioca.

Pior, além do privilégio a transmissão consegue que repórteres sejam pródigos em “seje, “esteje” e ainda entrevistem FHC bêbado (um assessor correu a tirar o copo do ex-presidente).

O desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro é feito em local público, o poder público participa com recursos, além de empresas privadas e os direitos de negociar a transmissão são da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, atualmente, sob investigação da Polícia Federal. É parte do crime organizado. A associação da GLOBO com o crime organizado existe desde a fundação do grupo e se materializa de forma mais viva quando do golpe militar de 1964. Foi montada para dar suporte ao golpe, a ditadura, com capital de um grupo estrangeiro, fato denunciado pelo próprio Carlos Lacerda, à época.

Num flagrante desrespeito ao telespectador, o que é comum e usual na rede, a transmissão só começa após o fim do FANTÁSTICO, programa de horror que apresentam às noites de domingo e do capítulo da novela, segunda-feira, Vale dizer que algumas escolas são mostradas em rápidas passagens e é comum o destaque para aquelas cujos enredos enalteçam os feitos da rede.

Tem feitos notáveis. Apoiou a ditadura, silenciou quanto a tortura, escondeu enquanto pode a campanha pelas diretas já, os protestos poé pulares pelo impedimento de Collor e apresenta o programa de ficção jornalística, JORNAL NACIONAL, aquele que só noticia o que “não contraria os nossos amigos norte-americanos”, na visão de William Bonner, o apresentador e editor que rotulou o telespectador de Homer Simpson, o pateta.

Não será um governador como Sérgio Cabral, ou um prefeito como Eduardo Paes que irão rever e por fim a essa exclusividade na transmissão dos desfiles de escolas de samba. A ambos falta rigorosamente peito para isso. São mastins sem dentes da GLOBO.

É imposição que esse tema seja discutido. Que esse absurdo seja revisto. É fundamental que o telespectador tenha o direito de optar por transmissões onde não tenha que aguentar os comentários “preciosos” dos “entendidos” em samba que não têm a menor ideia do seja um pagode chinês, mas disparam a falar besteiras.´

É um dos exemplos mais gritantes, pelo peso que o carnaval carioca tem, o seu impacto como espetáculo já não tão popular assim, da importância de se discutir publicamente uma nova lei de meios para o País.

A comunicação não pode ficar à mercê de quem encomenda máscaras de Joaquim Barbosa e de repente as ditas encalham, pois ninguém tem a menor ideia do que seja, ou de quem seja, esse “paladino” da lei que esconde documentos e fatos jurídicos para exibir “provas” que mostram um outro Brasil. O Brasil da GLOBO e das elites.

Dos camarotes onde se regala a nobreza num espetáculo que acima de tudo deve ser popular.

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