É claro e evidente que qualquer governo, no setor de saúde pública, tem que ter políticas voltadas para contenção de doenças e sua propagação em animais. Mas trocar o ser humano por cavalos de haras das elites e lançar como gasta em saúde pública é coisa de político corrupto, no caso traficante de drogas, usuário e que em nenhum momento pensou em eliminar seus iguais, os ratos.
Aécio Neves é responsável e responde por isso perante o Tribunal de Justiça de Minas (por sua maioria uma filial do PSDB o que significa impunidade), por um desvio de 4,3 bilhões de reais da saúde pública para atividades outras além de vacinas para cavalos. Campanhas eleitorais que transformaram dois secretários de Saúde, Marcus Pestana e Antônio Jorge, respectivamente, em deputados federal e estadual.
Os ratos tucanos continuam lépidos e fagueiros nos porões da criminalidade na política. Não sofrem qualquer incômodo ou risco, o rato chefe é candidato a presidente da República e até que perca, mantém esperanças acesas.
Em caso de emergência tem até um aeroporto para fugir se for o caso, como fugiu certa feita o governador de São Paulo, Ademar de Barros.
Toda a prepotência de Aécio, toda a sua arrogância, construída em carreiras não do jóquei, mas do pó, somem na revelação de suas ações podres e ligadas ao que há de pior na política.
Tem os ratos da mídia de mercado a seu favor. Os ratos banqueiros, os ratos latifundiários, os ratos das grandes empresas e a soma dessas elites a vociferar que querem de volta os militares e a negar a tortura, os assassinatos, os estupros, numa mostra que os porões do regime militar continuam vivos.
Quando estava vivo o falecido humorista Jô Soares, hoje múmia de plantão na GLOBO, criou um general de “carreirinha”, em alusão aos constantes golpes militares na Bolívia, mas com direção e alvo nos generais brasileiros que destroçavam o País e pessoas que se opunham à barbárie.
Experiências de delações inconsequentes por um rato que pontificava na PETROBRAS por obra e graça de Fernando Henrique Cardoso e foi posto no olho da rua por Dilma Roussef e que agora, numa falha das vacinas mágicas vindas da Colômbia, começa a listar figuras dos tucanos, como Sérgio Guerra (já falecido) e Álvaro Dias, senador que vive num armário de dimensões colossais.
O rato mídia nada. É solidariedade podre a essas figuras podres.
Deve ter sido por isso que Aécio Neves, fungando durante todo o debate da RECORDE, disse que vai tratar pessoalmente do problema do tráfico com os países produtores de drogas. Um acordo de livre comércio e impunidade com certeza. Álvaro Uribe vai adorar e sonhar com sua volta a presidência dos negócios. Os generais colombianos vão receber Aécio com salva de tiros e honra de chefe de estado, mesmo sendo derrotado, como vai ser, nas eleições de domingo, dia 26.
O Brasil corre o risco de ser invadido por uma praga de ratos. Não a peste bubônica, mas peste cocaína. E vacinas para cavalos.
- Laerte Braga
- Editorial