Após duas décadas da Eco-92, conferência que trouxe à tona a pauta do meio ambiente, o interior do estado e a região Costa do Sol viveu diversas transformações. Já recentemente, na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, foram debatidas as questões ambientais dos últimos 20 anos e o que ainda precisa ser realizado. A reflexão quanto à conservação dos recursos naturais e salvação o planeta agora também cabe aos estudantes, professores e a comunidade em geral, que passou por muitas mudanças, mas ainda sofre com problemas que persistem desde o século passado.
Ações por uma sociedade sustentável
Salina de S. Pedro da Aldeia- estudos e preocupação
Aquecimento global, descarte de lixo e de esgoto in natura, poluição dos mares e rios, degradação ambiental, além de fenômenos como tsunamis, tufões, derretimento das calotas polares, entre outros. Estes são alguns dos fatos mais comuns atualmente, mas que até a década de 90 eram quase que desconhecidos do cotidiano das pessoas.
Por tudo isso, está cada vez mais comum a mobilização de estudantes e até mesmo dos pais em ações que tentam amenizar os impactos ambientais decorrentes desse fenômeno. Para isso eles estão entrando em uma batalha coletiva na tentativa de salvar o planeta. E esta concepção ganhou importância nas unidades de ensino no ano de 1999, com a determinação da Lei n.º 9.795-99, que prevê a Educação Ambiental, uma prática educativa integrada, contínua e permanente e de forma transversal e interdisciplinar nas escolas.
Na luta pela natureza estão cidades como São Pedro da Aldeia e Macaé. Situados na Região da Costa do Sol, os municípios do interior do Rio de Janeiro estão abraçando projetos ambientais, envolvendo sobretudo a rede pública de ensino, comunidade e os poderes públicos e privados. Com isso, a participação das escolas municipais em prol do meio ambiente está permitindo que as aulas de Ciências Naturais não sejam apenas teóricas, mas sim práticas, com a proposta de gerar resultados efetivos. Exemplo disso é a Escola Municipal Professora Dulcinda Jotta Mendes, que incentiva uma série de ações visando a preservação do ambiente. A unidade, que conta com 600 estudantes do 6º ao 9º ano de escolaridade, é uma das que está concorrendo ao Prêmio Educação, que vai destacar os melhores trabalhos pedagógicos da rede municipal de São Pedro da Aldeia.
Uma das estudantes que faz questão de colocar a mão na massa é Maria Eduarda Thomás Barreto, que faz parte dos projetos “Tainha na rede”, ministrado pelo professor de Geografia, Marcelo Rosa da Silveira e de “Sustentabilidade”, de responsabilidade do professor de Ciências, Cléber dos Santos. Curiosa, a estudante do colégio situado no bairro São João afirma que quer ser bióloga e se envolve, com empolgação, em pesquisas e visitas técnicas a Estação de Tratamento de Água da Pró-Lagos: “Nosso projeto é pautado nos problemas ambientais do cotidiano. Os alunos estudam, pesquisam, produzem maquetes e são conduzidos a refletir sobre a importância de tipos de energia como verde, renovável e hidrelétrica. Também já atuamos na produção em horta e coleta de material reciclável”, diz o professor Cléber. O próximo passo é reunir todos os trabalhos na feira de ciências da escola, prevista para o dia 23 de outubro.
Tainha- O projeto “Tainha na Rede” concorre ao Prêmio Educação, que vai destacar os melhores trabalhos pedagógicos da rede de ensino: “Mobilizamos uma ação voltada para o peixe, anteriormente encontrado com fartura na Lagoa de Araruama, e que hoje desapareceu de tal forma, que nem os pescadores e nem os alunos conseguem ter ao acesso ao pescado. Para que os estudantes reflitam sobre o que está acontecendo com a tainha e o que pode ocorrer com outras espécies desenvolvemos atividades como visitas ao mercado de peixes, rancho de pesca e palestra com representantes da Ong Viva Lagoa”, pontua Marcelo.
Professor e alunos estudo das espécies
Durante o projeto, Marcelo Silveira lembra que, assim como a tainha, a atividade salineira, implantada ao longo das margens da Lagoa de Araruama e que se tornou a segunda com maior índice de hipersalinidade no mundo, também está passando por um momento desfavorável em virtude da ocupação desordenada, acúmulo do lixo, poluição e, sobretudo, descaso da sociedade, em virtude da especulação financeira: “Nossa escola está situada próxima a uma laguna e muitos não sabiam identificar uma tainha. Aproveitamos a aula para que os estudantes façam um questionário quanto à realidade da pesca na região e reflitam sobre como podem contribuir para a preservação das espécies. Até a disciplina de Matemática, faz parte do projeto “Tainha na rede”. “Depois que os alunos fazem um balanço quanto ao preço e peso dos pescados, trabalhamos com problemas e cálculos, com a intenção de aliar o meio ambiente à matemática”, elenca o professor.
Pesquisas e mão na massa dos alunos
Durante o projeto, Marcelo Silveira lembra que, assim como a tainha, a atividade salineira, implantada ao longo das margens da Lagoa de Araruama e que se tornou a segunda com maior índice de hipersalinidade no mundo, também está passando por um momento desfavorável em virtude da ocupação desordenada, acúmulo do lixo, poluição e, sobretudo, descaso da sociedade, em virtude da especulação financeira: “Nossa escola está situada próxima a uma laguna e muitos não sabiam identificar uma tainha. Aproveitamos a aula para que os estudantes façam um questionário quanto à realidade da pesca na região e reflitam sobre como podem contribuir para a preservação das espécies. Até a disciplina de Matemática, faz parte do projeto “Tainha na rede”. “Depois que os alunos fazem um balanço quanto ao preço e peso dos pescados, trabalhamos com problemas e cálculos, com a intenção de aliar o meio ambiente à matemática”, elenca o professor.
Para as diretoras Maria Isabel Mendes e Regina Ramos Furtado, os projetos ambientais desenvolvidos na escola levaram os professores a pensar nos conteúdos de modo a construir uma postura cidadã: “Estamos formando um sujeito mais comprometido com seu espaço, com a sua vida, com seus limites dentro do planeta. Isso era inovador na época que éramos estudantes. Hoje, a Educação Ambiental é nossa realidade”, conta a diretora Isabel.
Aprendizagem na natureza
Reciclagem mobiliza moradores
As escolas e instituições que trabalham com Educação Ambiental estão conseguindo envolver de forma expressiva a comunidade escolar. Prova disso é o Horto Artesanal. Inaugurado em 2007, o espaço promove ações de preservação e sustentabilidade para alunos da rede municipal e para a comunidade. No espaço, são ministradas oficinas de arranjos florais, arte em mosaico, sabão ecológico, artefato em tecido, confecção de objetos em material pet e fitoterapia. Para alegria e melhor conhecimento do local, que se tornou referência ambiental de São Pedro da Aldeia, a escola também organiza trilhas e caminhadas ecológicas para a Serra de Sapiatiba. Uma das mais animadas em participar é a aposentada Maura Cardoso de Freitas: “Recolho garrafas pet´s e consigo fazer trabalhos belíssimos no Horto Artesanal. Aqui, além de fazer novos amigos, aprendi como é importante respeitar a natureza. Por isso, em minhas caminhadas faço questão de recolher o lixo da beira da praia do Balneário das Conchas”, conta.
Para o diretor do Horto-Escola, professor Lívio Campos, o espaço tem a proposta de transformar a vida dos quase 90 mil habitantes da cidade: “Eles visitam o espaço e fazem questão de participar da coleta seletiva, exposições e doações, como a de 18 mil litros de óleo para a fabricação artesanal de sabão e sachê”, conta. Já o secretário de Meio Ambiente, Luciano Pinto, destaca que para melhor relação entre homem e meio ambiente, já foram iniciadas as obras de construção de píeres nas praias do Centro, do Sudoeste e Baleia: “Está prevista a fiscalização das atividades poluidoras no entorno da Lagoa de Araruama. O projeto para recomposição das Orlas das Praias que está tramitando no INEA. Esta medida deve contribuir com a conservação das praias e das espécies que nela vivem”, salienta. Mesmo assim, outras questões ambientais como o destino do lixo ainda são alvos de preocupação da cidade, que recebe, aproximadamente, 17 mil toneladas e tem um aterro sanitário com movimento de 120 caminhões e o recebimento, inclusive de sete municípios das proximidades.
Escola Verde em Macaé
Alunos de Macaé doam mudas no trânsito
A cerca de 70 quilômetros de São Pedro da Aldeia fica Macaé, conhecida como a capital brasileira do petróleo. A cidade também conta com atividades de Educação Ambiental que mobilizam alunos, professores, funcionários, pais e moradores de comunidades como Malvinas, Ilha Leocádia, Botafogo, Novo Botafogo, Córrego da Pedra, Aroeira, Bosque Azul e Águas Maravilhosas.
Com 440 estudantes, a Escola Municipal de Educação Infantil Marli Vasconcelos Lemos é reconhecida por ser uma das pioneiras no projeto de reciclagem. Há nove anos a unidade envolve alunos, educadores e familiares em uma ampla ação ambiental, que se tornou projeto pedagógico permanente da escola. No projeto “Viva o meio ambiente”, fruto da parceria entre as empresas Transforma Gerenciamento de Resíduos, moradores, pais e os pequenos alunos doam materiais como papelão, garrafas, latas de alumínio PET e óleo, que são revertidos em benefícios à própria escola como brindes didáticos.
- Diante do sucesso, a unidade se tornou ponto de recolhimento de material reciclável de dez comunidades das adjacências. A campanha está sendo um sucesso desde que foi iniciada No ano de 2003, arrecadamos cerca de duas mil garrafas pet´s para reciclagem. Já no inicio de 2012 registramos a arrecadação de 87 mil garrafas pet´s e latas. A expectativa é que este número aumente ainda mais. Estamos satisfeitos com os resultados das campanhas”, pontua a diretora Cláudia Márcia Thomáz.
Aliando educação à reciclagem, a empresa Transforma Gerenciamento de Resíduos recolhe todo material na escola, encaminha para a reciclagem e envia alguns ítens, como bancos, mesas e lixeiras de madeira plástica, telhas, cordas e arranjos de garrafa pet. Mas, segundo Cláudia Márcia Thomáz, o projeto se estende a oficinas sobre prevenção da dengue, uso racional da água e educação no trânsito.
Um destes momentos foi o “Viva o Meio Ambiente”, que contou com a atuação de alunos em uma das áreas mais movimentadas da cidade. Os pequenos agentes ambientais distribuíram mudas de espécies frutíferas e exóticas nas proximidades da Praça Washington Luís. Na ocasião, os motoristas também ganharam desenhos sobre a importância do meio ambiente e sacolas de lixo para carro. Animada, a enfermeira Cristina Torres, contou que a ação dos alunos deve servir de modelo para os adultos: “É muito difícil ver uma ação como esta. Este projeto não está apenas se preocupando com a conservação do meio ambiente, mas a qualidade de vida, com a entrega de mudas e de mensagens de cuidado com o trânsito” diz a enfermeira.
Outra iniciativa é o “Viva Meio Ambiente” promovido pela Concessionária Autopista Fluminense. O projeto promove ações de conscientização ambiental junto aos professores de escolas dos municípios localizados às margens do trecho da BR-101Norte que é administrado pela Concessionária, entre Niterói e a divisa com o Estado do Espírito Santo, como Rio Bonito, Campos dos Goytacazes, Quissamã e Rio das Ostras. Para isso, são ministradas capacitações para os educadores, dinâmicas de grupo e concursos de frases, desenhos e slogans, além de oficinas internas junto aos estudantes, que também concorrem a prêmios: “O propósito é salvar o planeta. Para isso, além de parcerias como estas, fortalecemos os encontros com as famílias. A conscientização de todos é essencial”, lembra a diretora Cláudia Márcia.
Um dos exemplos da mobilização é a ação voluntária da dona de casa Inês Lopes. A mãe da aluna do Pré-II, Jeniffer Lopes, de quatro anos, resolveu contribuir recolhendo, sozinha em sua canoa, materiais que são despejados no rio que passa pelo bairro Virgem Santa: “Meus vizinhos me ajudam e recolhem os materiais que não serão aproveitados. Levamos para a escola e participamos do projeto. Fico honrada em poder ajudar na salvação do planeta”, fala emocionada.
Para o coordenador de Meio Ambiente da Secretaria de Educação, Amaury Chaves Junior, a educação ambiental deve ser entendida como uma contribuição para a formação de cidadãos conscientes da necessidade da preservação do meio ambiente e que sejam aptos a tomar decisões coletivas sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável: “O universo escolar é um ambiente que contribui na multiplicação das informações quanto à consciência ambiental.A atuação dos pais dos alunos da Escola Municipal de Educação Infantil Marli Vasconcelos Lemos de certa forma facilita a preservação do ambiente município”, destaca.
Ele recorda ainda que para atuar em Macaé, algumas empresasapresentam a contrapartida ambiental, que trazem benefícios sociais como atendimento a projetos educacionais, recuperação de áreas degradadas, arborização e paisagismo: “A intenção é minimizar os impactos ambientais ocasionados nos últimos anos. Agora é a hora de tentar salvar o planeta”, salienta o coordenador ambiental.
Satisfeito com as ações da escola, o representante da Cooperativa de Catadores de Recicláveis (Copeclin-resíduos domésticos de Macaé), Anderson de Oliveira, se mostra preocupado com o plano de resíduos sólidos de Macaé: “Nossa cooperativa está inoperante, sem apoio algum. Hoje, só contamos com as empresas Transforma e Serplan para tratar desta espécie de resíduo. O município cresceu e tem que se preparar o quanto antes para as mudanças que já estão acontecendo. Antigamente, não tínhamos aulas em que podíamos refletir e até mesmo ajudar nas causas ambientais. Os pequeninos já começaram a se movimentar. Espero que projetos voltados para a Educação Ambiental sirvam de exemplo para parcerias públicas e privadas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico realizada pelo IBGE em 2000, coleta-se no Brasil diariamente 125,281 mil toneladas de resíduos domiciliares e 52,8% dos municípios Brasileiros dispõe seus resíduos em lixões.”, lembra.
Sustentabilidade, geração de renda e oportunidades
Estudantes transformam óleo em sabão
Permitir que os alunos sejam co-participantes de uma sociedade menos poluente e mais responsável. Esta é a tarefa da Escola Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel. A unidade situada no bairro Miramar está conseguindo envolver a comunidade escolar em um projeto pedagógico que une meio ambiente, cidadania e possibilidades para uma vida diferente. A interação na produção do sabão artesanal conta com estudantes com necessidades educacionais especiais, em situação de vulnerabilidade social, além de estudantes das turmas regulares a partir do 6º ano de escolaridade.
Com menos de um ano de implantação, a atividade que surgiu da na oficina de arte “Promovendo e Produzindo”, do projeto “Produzindo Autonomia”, conta com cerca de 30 alunos se tornando uma das pioneiras da rede municipal a destacar as habilidades dos estudantes produção de sabões artesanais reaproveitando óleo de cozinha usado. Em menos de um ano, o projeto atingiu a produção de mil barras de sabão com reciclagem 200 litros de óleo, que são doados por estabelecimentos como restaurantes e lanchonetes.
A oficina ganhou um diferencial. Além do aprendizado, a direção da escola conseguiu reunir família e comunidade. De acordo com o diretor da escola, Gilson Vaz Teixeira, este projeto se destaca por despertar aptidões, levar aos alunos a desempenhar uma atividade produtiva e, sobretudo, se sentirem úteis: “Seguimos um projeto organizado e contamos com uma equipe adequada para o atendimento em Educação Especial. A participação de experiências como estas contribuem para o aprendizado do aluno, interação e singularidades. Para isso, o apoio da família é fundamental”, ressalta.
A produção, alvo de elogios em todo o bairro, é utilizada até mesmo pelos professores. “Nossos sabões são reconhecidos pelos usuários pela eficácia e maciez na lavagem de roupas e louças. Gosto muito de utilizá-los. O melhor, é que estamos conseguindo atingir objetivos como a autonomia dos estudantes, valorização da estima e potencial participativo, envolver a família em todo o processo e, sobretudo, estreitar parcerias com empresas diversas”, esclarece a coordenadora da Sala Multifuncional, Rosimara Souza e Silva.
Projeto molda cidadão em prol do meio ambiente
Produção de sabão-oportunidade de rendaextra
Outro ponto positivo é que após o processo de transformação os sabões são vendidos pela unidade e por alguns alunos, para obter uma renda extra: “Aprendi a fazer vendo meus vizinhos e na outra escola que também estudo. Sei que estou ajudando a natureza e tendo um dinheirinho para comprar minhas coisas. Nunca pensei que pudesse aprender a fazer sabão. Estou muito feliz”, conta a estudante Patrícia da Silva Granjeiro.
Um dos requisitos do projeto é que os recursos obtidos através da comercialização para a comunidade e familiares dos alunos sejam revertidos em matéria prima e artigos de segurança necessários à confecção de novos produtos: “Por isso, a oficina é auto-sustentável, além de ser indicada como prática de preservação do meio ambiente”, explica a professora e idealizadora do Atendimento Educacional Especializado em Deficiência Intelectual, Elisabete Ferreira da Silva.
Conduzidos por uma equipe composta por especialistas em déficit intelectual, intérprete de Libras e professores de Braille em oficinas, que acontecem em horário de contraturno uma vez na semana, a oficina deixou apenas de ser vista para produção do sabão: “Durante as aulas são trabalhados cálculos envolvendo gastos, organização temporal e espacial, conceitos quantitativos e qualitativos com identificação de tamanho, espessura, cor, forma e cheiro, práticas quanto à transformação de materiais através de processo químico e físico, além de quantidades, pesos, medidas e temperaturas”, aponta o professor Israel Silva.
Para a diretora-adjunta, Deise da Costa, o projeto está dando certo e servindo de modelo para outras cidades: “Estamos trabalhando em prol da sustentabilidade e preparação para o mercado do trabalho. A intenção é induzir o aluno do ensino regular e educação especial a desempenhar seu papel enquanto cidadão produtivo”, finaliza.
Preocupação à vista - Mesmo defendendo a Educação Ambiental nas escolas, o ambientalista Martinho Santafé se mostra preocupado: “As aulas ambientais estão servindo como alerta para as novas gerações que já estão percebendo que as mudanças na sociedade devem ser urgentes. Se antes ocorriam furações a cada 40 anos, hoje acontece a cada três anos. Estamos passando por um período alarmante. Professores, alunos e pais devem se mobilizar sim. Pois, os problemas climáticos estão acontecendo diante dos nossos olhos. O mês de agosto foi o segundo mês mais quente do planeta Terra. Ou medidas concretas urgentes são adotadas ou teremos sérios problemas ambientais até o ano de 2050”, enumera.
Ele lembra que os adultos do passado não foram educados a se preocupar com a natureza e com os danos que estavam sendo causados desordenadamente: “Hoje, o planeta já está sentindo os efeitos da falta de responsabilidade do passado. Emissão de gases, efeito estufa, degelo dos polos, aumento dos níveis dos mares, são situações alarmantes que tendem a piorar. A questão do meio ambiente não pode só ficar por conta de cientistas, pois o consumo das pessoas deve ser mais consciente. O que era considerado infinito, hoje se tornou finito. Já passou da hora das empresas, governos, escolas e sociedade como um todo, se conscientizar que a preservação é necessária, pois desta forma o planeta não vai aguentar. As cidades litorâneas serão as primeiras a serem atingidas pelos danos ambientais”, conclui Santafé.
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Joice Trindade
Registro Profissional nº: RJ22479JP0\130
Jornalista - Pós-Graduada em Assessoria de Comunicação e Bacharel em Direito