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Acusado de racista clipe da cantora Mallu Magalhães. Clique no link abaixo pra ler notícia completa:
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São comuns em um mundo racista e capitalista, os casos dessas cantoras branca e negra brasileiras.
O jornal burguês Folha de S. Paulo publicou, nesta 3ª feira, 23/05/2017, dois casos que envolvem duas cantoras brasileiras, Mallu Magalhães que é branca e Karol Conká que é negra. Ambos casos são comuns em um mundo racista e capitalista, que por consequência necessita ser permanentemente revolucionado. Ou seja, precisa ser buscado um mundo onde as sociedades não sejam divididas em classes sociais e em cujas estruturas não haja alguma forma de exploração, opressão como o racismo e dominação inclusive do estado que funciona enquanto comitê central dos negócios de interesse da burguesia nacional e mundial.
Isso foi ensinado pelo marxista russo Trotsky (1879-1940) e pelo maior herói negro mundial o mártir da Consciência Antirracista, o sindicalista e líder socialista sul-africano Stephen Bantu Biko mais conhecido como Steve Biko (1946-1977). Assim, no livro Nacionalismo Negro, Trotsky ensinou: “A luta dos negros na África e países da diáspora contra o racismo e o (imperialismo) colonialismo é específica, estratégica e indissociável da luta de classes”. Por sua vez, Steve Biko ensinou: ”Racismo e capitalismo são os dois lados de uma única e mesma moeda”. Que são o que ocorrem nos casos das cantoras noticiados pela Folha de S. Paulo.
Residindo atualmente em Portugal, a cantora Mallu Magalhães gravou para o mundo midiático do show business, isto é, dos negócios capitalistas o clipe com o rock da MPB de autoria dela e gosto duvidoso: “Você não presta”. Por melhores que tenham sido as intenções da cantora em denunciar a opressão racista existente no mundo que vitima os negros. Estes, no clipe têm suas imagens mostradas em contraposição a da cantora que é branca ou euro descendente. Haja vista, diferentemente dos Estados Unidos onde há burguesias branca e negra, no Brasil o capitalismo se desenvolveu e constituiu uma burguesia inteiramente branca e racista.
Já cantora Karol Conká que é negra e curitibana de nascimento relembrou casos de racismo do qual ela foi vítima, por causa do seu cabelo à época encarapinhado –, sobretudo, devido à cor de sua pele que, no caso do Brasil é significativo de condição social de pobre, explorado e oprimido. A cantora Karol Conká não possui mais cabelo encarapinhado e disse que adquiriu consciência antirracista por volta dos 20 anos de idade. Enquanto trabalhadora, ou seja, como cantora ela faz sucesso profissional através da MPB-Música Popular Brasileira de gênero duvidoso que o mundo midiático do show business chama de hits intitulados “Tombei” e “É o poder”.
*jornalista - é militante do Movimento Negro Socialista (MNS) e da seção brasileira da Corrente Marxista Internacional (CMI) a Esquerda Marxista (EM) corrente interna do PSOL.