PETROBRAS : “QUEM ATIRARÁ A ULTIMA PEDRA ?”

Criada ainda nos chamados “Anos Dourados”, quando exacerbavam as paixões de um Mundo recém Pós-guerra, já, profundamente inserto na Guerra Fria, em que só havia assento para duas categorias de pessoas, os Comunistas, e os Capitalistas, refletindo a Divisão Global do Planeta entre os dois Grandes Vencedores da Segunda Guerra Mundial, os EUA, e seus esquálidos aliados, França e Inglaterra, completamente arruinados no conflito, e, de outro lado, a URSS, real vencedora nos Campos de Batalha, quem retrocedeu a Wehrmacht Nazista, da Moscou incendiada, até o coração do próprio 3º Reich, libertando em sua trajetória, Ucrânia, Polônia, Iugoslava, entre outros, quando qualquer mínimo sintoma de Nacionalismo, ou mera Neutralidade, diante dos Dois Blocos era necessariamente interpretada como Defecção, realidade hoje diversa, diante da atual Hegemonia Americana, a Petrobras, Empresa Brasileira de Prospecção de Petróleo, embora almejada nos Gabinetes do Nacionalismo Brasileiro, em 1954, por Getúlio Dornellas Vargas, nasceu, na verdade, das ruas, na Campanha “O Petróleo é Nosso ”, ganhando na caneta de Vargas institucionalidade, em tempos em que, o Petróleo, no Brasil, era apenas uma possibilidade, longe de ser uma certeza, como hoje, o que causou, ao fim, a própria deposição, e morte, de Getúlio, como forma de desencorajar o próprio Nacionalismo Brasileiro, refletido em outras áreas, como Comunicações e Siderurgia, nesse caso, desagradando tanto “Gregos”, como “Troianos”.

Tida, inicialmente, como uma Fábula, Campanha em que se envolvera o próprio Monteiro Lobato, da Emília, do Visconde de Sabugosa, do Burro que Fala e do Saci Pererê, enfim, do próprio Sitio do Pica Pau Amarelo, que era a visão Européia do Brasil, fadado a não dar certo, a Empresa, contra tudo, e contra todos, no entanto, prosperou...

Enquanto Shell, Exxon, Mobil e British Petroleum, via seus respectivos Governos, tramavam, vez ou outra, a deposição de um Sultão no Oriente Médio, ou de um Presidente de Bananas na América Caribenha, sem se aterem, muito, com o Brasil, tal qual o fazem hoje em dia, via Governo Americano, e OTAN, no Iraque, na Líbia ou na Venezuela, a Petrobras, distante dos olhos gananciosos das Grandes Potências, enquanto não se tinha a perspectivas de boas reservas aqui, já, clara a evidência de não haver Petróleo em quantidade na Plataforma Continental Brasileira, como uma “Iguana” de Charles Darwin, diante do novo sucesso Britânico de encontrar Óleo-estratégico em águas no Mar do Norte e Escandinávia, também, meteu os braços n`agua, enquanto a própria sorte do Brasil, já em plena Ditadura Militar de 1964, aos primeiros sinais da Crise do Petróleo, dos Boicotes da OPEP, das Guerras Israel - árabes, em que o Pais dependia, quase, totalmente do Petróleo Importado, caro e político, essencial ao Novo Equilíbrio, mostrou ao que veio...

Tarefa Herculana, lógico, a que nenhuma Multinacional, Holandesa, Britânica ou Norte-americana se lançaria, em plena crise, buscar Petróleo, à altíssimo custo, com tecnologia complexa, no fundo do mar, ao invés de, mais fácil, depor um “governozinho” aqui, ou acolá, cujas reservas do Oriente, ou Caribe, facialmente prospectáveis, e baratas, no entanto, ante a falta do Petróleo em Território Continental, fato a ser uma Empresa, fruto da Estratégia Político-nacionalista de Vargas, o mesmo que retardou ao máximo o engajamento do Brasil na Segunda Guerra, e tal qual os Americanos, mantiveram-se distantes, enquanto a Europa se autodestruía, com tal perfil, cuja composição acionaria Estatal, agora, também encampada pela Ideologia do Regime Militar, foi a alavanca para a imprescindível Independência Energética do Brasil, primeiro na Bacia de campos, e, posteriormente, no Pré-sal.

Joia Rara da Coroa, a única das Grandes Estatais, espinhas dorsais do Estado Brasileiro, desde Getúlio Vargas, dos Anos Trinta à 1945, com outro curto período, entre 1951/54, novamente com Vargas, quando foi criada, passando por certo ostracismo, no Governo Juscelino Kubscheck, voltado ao Capital Externo, quem tratou de leiloar quase tudo que Vargas criou, da Industria Automobilística às Estradas,  até o Regime Militar, com nova guinada Nacionalista, onde surgiram outras Grandes Estatais, ávidas a extruturar, e sistematizar, o assim chamado “Milagre Brasileiro”, com anos seguidos de elevado crescimento econômico, tal qual, Siderbras, Eletrobras, Telebras, Portobras, Embraer, quase todas posteriormente Privatizadas, criminosamente, pelos Governos Collor,e, principalmente, FHC, foi, no entanto, a única Empresa que os ‘Advogados da Globalização’, leia-se, Agentes do Neoliberalismo, enfim, Eufemismo de Satã, ou o mais puro Entreguíssimo, não conseguiram, por vias formais, com Leilão Público, Venda de Ações e Controle Acionário, nas Bolsas de Valores, enfim, dispor: Vender !

Contudo, como bem sabemos, o Imperialismo, como o próprio Diabo, tem varias formas, e versões...

Detentora de uma História Impar, da mais aprimorada Tecnologia de prospecção marítima, descobridora do próprio Pré-sal Brasileiro, o que significaria, novamente, a definitiva Independência Energética do Brasil, contudo, sempre a postos, cooptando, ora, um Senador aqui, e um Deputado acolá, os “Obreiros”, verdadeiros “Coveiros da Nação” Brasileira, que desde o sempre laboraram para a Não-criação da Empresa, pugnando pela sua ruína, não podendo, descaradamente, privatizá-la, o que fizeram ?

Orquestraram o que se chama em Química de “Osmose”, ou seja, sem vender ao Exterior uma só dos seus Títulos, que comprometesse a sua “Independência  Administrativa”, venderam, via Leiloes Públicos, suas Principais Reservas: Campos de Prospecção, até os futuros, do Pré-sal, utilizando-se sempre de “Laranjas”, tipo Eike Batista, e estratagemas outros, como recente Caso da Usina Belga de Passadina, no Texas, em que a própria Justiça Americana, intervém, projetando as cifras do “Negócio” à patamares astronômicos, sempre, minando-lhe as Finanças, e a própria Credibilidade...

Ora, no frigir da Campanha Eleitoral à Presidência da República Federativa do Brasil, completamente tomada pela Corrupção e pela Impatriótica Negociata, Orquestram, novamente, uma CPI no Congresso, para apurar o obvio:

A mais completa aniquilação do Nome da Empresa, da Essencialidade da sua Existência para a mantença da Independência Energética Brasileira, quiça, Econômica e Política, do próprio Brasil.

Tudo, na Dança Frenética das Cadeiras, em Brasília/DF, em troca de retirar do Planalto alguns “Bandidos Mais Articulados”, com Sigla Partidária e Programa Político bem definido que, se Assenhoraram do Brasil, de ontem, de hoje e do amanhã...

Criador (Deus que me perdoe a comparação), Getúlio Vargas, Nacionalista e Homem de Visão, já naqueles primórdios de 1954, deve estar se remoendo em sua Cripta Mortuária...

O Petróleo, realmente, é nosso ?

Foi tudo em vão ? 

Mais em : www.abdic.org.br

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ANTUÉRPIO PETTERSEN FILHO, MEMBRO DA IWA – INTERNATIONAL WRITERS AND ARTISTS ASSOCIATION É ADVOGADO MILITANTE E ASSESSOR JURÍDICO DA ABDIC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DEFESA DO INDIVÍDUO E DA CIDADANIA, QUE ORA ESCREVE NA QUALIDADE DE EDITOR DO PERIÓDICO ELETRÔNICO “ JORNAL GRITO CIDADÃO”, SENDO A ATUAL CRÔNICA SUA MERA OPINIÃO PESSOAL, NÃO SIGNIFICANDO NECESSARIAMENTE A POSIÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, NEM DO ADVOGADO.

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