A doença deteriora a região central da retina, responsável pela visão de detalhes essenciais para atividades como a leitura e a identificação de rostos
A causa mais comum da perda de visão em pessoas acima de 60 anos é a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), uma doença degenerativa da retina que provoca a perda progressiva da visão central. No Brasil, estima-se que cerca de três milhões de pessoas sejam portadoras de DMRI. Apesar de causar danos irreversíveis, a doença pode ter alguns de seus efeitos controlados caso seja detectada precocemente.
A mácula é a área central da retina responsável pela visão de detalhes, conforme explica o oftalmologista do Hospital da Visão de Toledo (HVT), Doutor Gláucio Bressanim. “A degeneração da doença implica somente na redução da parte central do campo da visão, não afetando a parte lateral ou periférica. Ou seja, a DMRI sozinha não causa cegueira total, já que a parte lateral dos olhos continua preservada”, comenta. Além da idade avançada, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento da doença, como histórico familiar, fumo e exposição à radiação solar.
De início, as pessoas que têm DMRI percebem a visão embaçada, principalmente quando estão lendo. “As linhas podem aparecer distorcidas ou deformadas. Com o avanço da doença, pontos cegos começam a se formarem no campo central da visão. Na maioria dos casos, se um olho possui DMRI, o outro também irá desenvolver”, destaca o médico.
O oftalmologista explica que a doença pode ocorrer de duas formas: degeneração macular seca ou úmida. “A deteriorização seca é a mais comum entre os idosos, causa uma atrofia da mácula e é geralmente mais lenta. Já a DMRI úmida forma vasos anormais na região, causando hemorragia, fluido e presença de proteínas na mácula, podendo ainda formar cicatrizes que causam uma mancha irreversível que impede o campo visual central”, explica Gláucio.
Prevenção e Tratamentos
A prevenção e o tratamento da degeneração macular são feitos por meio de vitaminas, que reduzem a chance da progressão da DMRI, antioxidantes, além do uso de óculos com proteção UVA e UVB. O consumo de peixe, que possui ômega 3, também pode retardar o progresso da doença.
Um cardápio rico em vegetais verdes e coloridos também reduz a possibilidade do idoso em desenvolver a degeneração da mácula, já que estes alimentos possuem luteína e zeaxantina, carotenoides que ajudam na proteção da área. “Entretanto, a adoção de uma dieta sem o acompanhamento de um especialista, assim como a automedicação, pode acarretar sérios problemas de saúde”, lembra o especialista.
Terapias
Uma das terapias mais comuns para a estabilização da doença é a anti-VEGF, que por meio da injeção de medicações bloqueia o crescimento dos vasos anormais no fundo do olho. As injeções devem ser aplicadas mensalmente, no mínimo, por três meses e depois espaçadas conforme o protocolo adotado. Existe ainda a Fotocoagulação com laser, que pode ser realizada em lesões que não estão no centro da mácula.
Bressanim recomenda que pessoas com mais de 40 anos consultem um oftalmologista anualmente como forma de prevenção da doença. Além disso, os pacientes portadores da DMRI devem monitorar sua visão com a Tela de Amsler uma vez por semana. “É imprescindível que o indivíduo siga rigorosamente as recomendações do médico”, conclui.
Hospital da Visão de Toledo
O Hospital da Visão de Toledo (HVT) oferece atendimento em oftalmologia geral, clínico e cirúrgico, com ênfase em cirurgia do segmento anterior, como catarata, e alguns procedimentos do segmento posterior do olho, como aplicações de medicamentos e fotocoagulação a laser. A unidade médica conta com três oftalmologistas independentes e atende de forma particular e/ou por meio de convênios, como UNIMED, SerPrati e o Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinam).
Sobre Doutor Gláucio Bressanim
Gláucio Bressanim é graduado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde também fez residência entre 2004 e 2007. É especialista em inflamação intraocular (Uveíte) pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP) e em Retina e Vítreo pela Universidade de São Paulo (USP). Atua no Instituto da Visão de Cascavel desde 2009 e desde 2011 atende também no Hospital da Visão de Toledo.