"Pelas nossas estimativas, o que produziremos será bem acima das necessidade de consumo de Cuba. Portanto, nosso objetivo é o de se transformar em um exportador nos próximos anos e possivelmente usar o dinheiro para financiar nossa economia", afirmou Rivero.
Uma das primeiras estimativas aponta para a produção inicial de 500 mil barris por dia, enquanto o consumo cubano é de apenas 140 mil barris. Hoje, produzem apenas 70 mil barris e o restante vem da Venezuela.
O executivo aponta que até mesmo o embargo americano poderia estar ameaçado diante das descobertas. "O interesse é tanto que existe até mesmo uma pressão das empresas americanas para que o governo em Washington acabe com o embargo e permita que possam investir em uma reserva que fica tão perto de seus mercados", explicou Rivera.
embargo. O executivo ainda contou que os empresários americanos estão driblando o embargo e fazendo visitas oficiais à Cuba para saber mais sobre o petróleo. "Mas eles entram como turistas, pelas portas dos fundos", admitiu.
O governo cubano afirma que negocia com a Petrobras um dos melhores blocos na região, próximos à costa. "Estamos na fase de conclusão de um acordo. Espero que possamos anunciar algo já nos próximos meses", afirmou Rivero. Segundo ele, a negociação ainda está definindo as taxas de retorno da empresa brasileira e as condições de exploração.
Já a ministra de Indústrias Básicas, Yadira Garcia Vera, aponta que não quer que o acordo se limite à exploração dos campos. "Certamente assinaremos um contrato de exploração ainda neste ano com a Petrobras. Queremos uma cooperação com a Petrobras para a transferência de tecnologia, especialmente para as reservas que estão em águas profundas", afirmou. Além disso, Cuba negocia a instalação de uma fábrica de lubrificantes da Petrobras na ilha para interromper com as importações dos produtos que hoje vem da Europa.(Fonte: Jornal do Commercio/RJ/Jamil Chade/Enviado especial da Agência Estado a MADRI)
Fonte: Portos e Navios.