O Brasil possui uma frota de 11 milhões de motos e 30 milhões de bicicletas, segundo a Fenamoto. Estes veículos necessitam fazer troca de peças de reposição já a partir do primeiro ano de uso. A cadeia produtiva - que inclui os fabricantes e distribuidores de peças, componentes, oficinas e serviços autorizados - emprega diretamente meio milhão de pessoas. Dois milhões e meio de mototaxistas de todo o país dependem indiretamente dessa atividade. "Estes trabalhadores circulam até 300 quilômetros por dia e trocam as peças de seus veículos, em média, a cada dois meses de trabalho", argumentou Paulino. “Uma das particularidades do setor é o de absorver mão-de-obra de pessoas que perdem seus empregos e começam um pequeno negócio. Esta característica fomenta a economia das pequenas cidades, com a abertura de bicicletarias, oficinas de motos e vendas de peças de reposição”, exemplificou.
A bicicleta, principalmente, é o meio de transporte mais comum entre as populações de menor acesso a bens de consumo no Brasil. Seja na cidade ou na zona rural, ela ainda é o veículo mais acessível em regiões onde falta transporte público adequado. O Brasil é o terceiro maior pólo mundial de produção de bicicletas e o quinto maior mercado. Toda a produção brasileira é destinada ao mercado interno.