Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública pedindo a suspensão do licenciamento ambiental concedido à usina nuclear Angra 3, no município de Angra dos Reis, no estado do Rio.
No texto da ação civil, o procurador da República André de
Vasconcelos Dias afirma que as audiências públicas referentes ao licenciamento
antes que houvesse tempo para que a sociedade se informasse melhor sobre o
assunto. Ele também acusa a Eletronuclear de pressionar o Ibama para acelerar a
liberação da licença ambiental. Além disso, segundo o procurador, o Ibama não
teria entregue estudos de impacto ambiental a nenhuma sucursal do instituto no
estado do Rio.
"Eu acho que o processo de licenciamento foi válido.
Entretanto, se houver qualquer tipo de necessidade legal de complemento de
informações, o Ibama está do lado do Ministério Público em relação à questão
ambiental, e fará o que for preciso", diz o diretor de licenciamento ambiental
do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), Roberto Messias. Ele nega todas as acusações e afirma que a ação ainda
não foi encaminhada formalmente pelo Ministério Público ao instituto.
A
Eletronuclear divulgou nota nesta segunda-feira (27) em sua página na internet
afirmando que os estudos de impacto ambiental relativos à Angra 3 foram
amplamente divulgados à imprensa, associações de moradores, sindicatos, além de
outras instituições. Segundo o Conselho Nacional de Política Energética, a
finalização de Angra 3 está prevista para o ano de
2013.
(Envolverde/Agência Brasil)