Baleias e golfinhos podem ser prejudicados por vazamento de petróleo

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Vazamento de óleo esta na rota de baleias e golfinhos, alerta Minc. Foto: Rui Freitas Rego
O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, comentou nesta quinta-feira, 17 de novembro que acompanha com preocupação os desdobramentos do vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. De acordo com Minc, a região faz parte da rota migratória de baleias, como a jubarte, e golfinhos, que podem ser prejudicados.
“Estamos realmente preocupados. Nesta época do ano, esses animais vêm do Norte para o Sul em busca de local para reprodução e de um tipo de camarão, do qual eles se alimentam. Além disso, há um fenômeno natural chamado corrente rotor, que é perto da região do acidente e que, como um liquidificador, leva o que chega ali para perto de Arraial do Cabo e de Búzios [municípios do litoral norte do estado do Rio]”, explicou Minc.
O secretário informou que vai sobrevoar a região na sexta-feira (18) em um helicóptero da Marinha, e que três equipes do governo estadual monitoram o litoral norte fluminense para identificar manchas de óleo que possam ter sido trazidas pelas correntes marítimas.
Carlos Minc também afirmou que os impactos do vazamento reforçam a necessidade de que sejam mantidas as regras atuais de distribuição dos royalties do petróleo apenas para os estados e municípios produtores, como forma de garantir a compensação por danos ambientais.
“Se esse óleo chegar à praia não vai chegar a Rondônia ou ao Tocantins, mas ao Arraial do Cabo, a Rio das Ostras e a Campos dos Goytacazes”, justificou ele, ao participar de uma solenidade do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Baixada Fluminense.
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl, viajou nesta quinta-feira para o Rio de Janeiro a fim de acompanhar de perto as ações de contenção do vazamento de petróleo.
Em nota, Trennepohl informou que, assim que tomou conhecimento do vazamento, o Ibama mobilizou as equipes da coordenação geral de petróleo e gás e da coordenação de emergências ambientais do órgão ambiental para acompanhar as medidas adotadas pela Chevron.
Segundo o Ibama, a empresa será autuada assim que o vazamento for estancado, pois o valor da multa é proporcional ao dano ambiental causado, que só poderá ser avaliado ao final dos trabalhos.
O acidente ocorreu no dia 10 de novembro em um dos poços do Campo de Frade, a 120 km do litoral do município de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, com uma profundidade aproximada de 1,2 mil metros e um volume estimado de 400 e 650 barris.
* Publicado originalmente no site EcoD.

 

(EcoD)
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