O setor fotovoltaico será também o responsável pelo
crescimento de economias locais. O número de empregados no setor, trabalhando na
fabricação, instalação e manutenção dos painéis, pode crescer dos atuais 120 mil
para 10 milhões no mundo em 2030.
"A energia solar produzida pelos
painéis fotovoltaicos tem um potencial energético enorme no Brasil e no mundo.
Para viabilizar este potencial, é essencial o apoio governamental através da
aplicação de medidas políticas como as tarifas feed in. A aplicação deste
mecanismo em diversos países tem garantido o crescimento do setor, permitindo
que o consumidor possa operar seu próprio sistema solar em casa e ser remunerado
pela geração excedente de energia", afirma Ricardo Baitelo, da campanha de
Energia do Greenpeace Brasil.
O relatório Revolução Elétrica do Mar do
Norte, coordenado pelo 3E, aponta as vantagens da interconexão de parques
eólicos offshore entre o Reino Unido, a Escandinávia, os Países Baixos, a França
e a Alemanha. A conexão reduziria a variação da geração eólica no mar e também
serviria para a distribuição de outras energias renováveis, garantindo o
fornecimento estável de eletricidade ao sistema.
O estudo indica que a
geração eólica offshore no Mar do Norte pode gerar 250 TWh de eletricidade por
ano, atendendo a 13% do suprimento dos países da região. Um parque offshore
médio produz eletricidade durante mais de 90% do ano e a interconexão destes
parques garantiria uma capacidade firme entre 10 e 68 GW. Esta rede forneceria
energia a 71 milhões de residências e contribuiria para a redução significativa
de gases de efeito estufa.
"O potencial de geração offshore no Brasil
ainda não foi levantado, mas é certamente superior aos 143 GW do potencial de
geração eólica em terra. A utilização desta energia no futuro pode atender a boa
parte do aumento da demanda nacional nas próximas décadas e eliminar
definitivamente a necessidade de construção de termelétricas fósseis e
nucleares, no país", afirma Baitelo.
(Envolverde/Greenpeace)