A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) revelou nesta segunda-feira (21) que o último mês foi o junho mais quente já registrado desde o início das medições, que começaram em 1880.
Segundo a agência, a média combinada de temperatura das superfícies terrestre e oceânica para junho de 2014 ficou 0,72 graus Celsius acima da média do século XX, de 15,5 graus Celsius, fazendo do último mês o mais quente junho em mais de 130 anos.
A temperatura da superfície terrestre sozinha ficou 0,95ºC acima da média do século XX, de 13,3ºC, a sétima mais quente já registrada para o mês. Já a temperatura da superfície oceânica foi 0,64ºC mais quente do que a média de 16,4ºC do século XX, a mais alta já registrada em junho.
Na verdade, todo o período de janeiro a junho ficou 0,67 graus Celsius acima da média de 13,5 graus Celsius do século XX, empatando com o mesmo período do ano de 2002 como o terceiro mais quente já registrado. Além disso, o mês de maio também já havia batido recordes de alta.
O aumento de temperatura foi mais acentuado no norte da América do Sul, Groelândia, Nova Zelândia, África central e sudeste da Ásia. Por outro lado, partes da América do Norte, leste da Rússia e Europa central registraram temperaturas mais baixas do que a média.
Além das alterações nas temperaturas, a NOAA também registrou outras anomalias climáticas, como nos níveis de precipitação cumulativa, que na Índia foram 57% da média normal para o mês, enquanto no oeste da Austrália foram de apenas 28% da média normal para o mês.
Na última semana, a NOAA publicou o relatório State of the Climate 2013, mostrando que aumentos na temperatura, no nível dos oceanos e na taxa de dióxido de carbono apontam para um processo de aquecimento no planeta Terra. De acordo com o documento, 2013 foi um dos dez anos mais quentes já registrados, e quase todas as regiões do mundo apresentaram temperaturas na média ou acima da média no último ano.
“Essas descobertas reforçam o que os cientistas observam há décadas: que nosso planeta está se tornando um local mais quente. Esse relatório fornece a informação de base que precisamos para desenvolver serviços para comunidades, empresas e nações para se prepararem e desenvolverem resiliência aos impactos das mudanças climáticas”, comentou Kathryn Sullivan, administradora da NOAA, sobre o estudo da agência.
* Publicado originalmente no site CarbonoBrasil.
(CarbonoBrasil)