Finalmente o clamor da pequena comunidade do Sana parece que foi ouvido. Foi preciso morrerem afogadas no rio Macaé, há 10 anos passados, três jovens professoras de Barra de São João, freqüentadoras assíduas do Sana, onde tinham uma pequena casa alugada, para que o governo municipal construísse a ponte que dá acesso ao distrito, sobre o rio Macaé. Aquela ponte, outrora de madeira, colocava em risco a vida de moradores e visitantes, por sua precariedade, e era motivo de constantes reclamações dos moradores. Foi preciso morrer um jovem de apenas 16 anos, por overdose de drogas, para que a Polícia Civil se instalasse no Sana, afim de tentar colocar ordem no lugar, embora um terreno já tivesse sido doado à municipalidade desde 1997, e o DPO não tenha sido construído. Hoje, 2 policiais estão provisoriamente alojados para tentar fazer cumpri-se a lei. Agora, a comunidade espera que não seja necessário que o turismo, promessa de preservação ambiental e geração de trabalho e renda para a comunidade, venha a chegar ao fundo do poço (para onde está caminhando), para que o governo venha ordenar o mesmo.

A Associação das Pousadas do Sana reuniu-se no ultimo dia 14 de janeiro, nas dependências do Macaé Facilita, para apoiar o “GRITO DO SANA”, (nome dado pela Vice-prefeita Marilena Garcia, designada pelo Prefeito para cuidar do distrito, a um conjunto de medidas visando por ordem no distrito, atendendo às reivindicações da comunidade).

Como resposta imediata à iniciativa do governo, as pousadas ainda na informalidade, assumiram o compromisso de, até o mês de julho deste ano, regulamentar sua situação juridica e fiscal junto aos órgãos competentes, anunciou Antenor Lima de Souza, Vice-Presidente e Relações Pública da entidade. “Este compromisso mostra que o setor turístico do Sana está confiante nas ações do governo Riverton, com o qual espera contar para promover um turismo de qualidade no distrito. Sana não pode ficar sendo conhecido como um lugar freqüentado por “adolescentes doidões largados”, os quais invadem nossas principais atrações para fazer uso de drogas, como declarou uma psicóloga carioca, freqüentadora do Sana. Ao tomar conhecimento do manifesto “Grito do Sana”, o médico, professor universitário da Uerj e Pesquisador da Faperj, Dr. 
Roberto Alves Lourenço, que por aqui esteve por 4 dias com sua família e amigos, num total de 8 pessoas, e desfrutou das maravilhosas belezas naturais de nosso distrito, praticando cavalgadas, caminhadas, raffiting no rio Macaé, etc...e que à noite foi ao Bar Sana Rock e assustou-se com o que viu, deixou por escrito a seguinte observação: 

“Embora tenha percebido que muito da natureza original está completamente preservada, creio que há um potencial enorme de perda destas características pelo turismo predratório, de baixa consciência ecológica, associada a falsas idéias de liberdade, caracterizada, principalmente, no caso deste lugar, pelo consumo liberal de drogas em lugares públicos da localidade. Para concluir, gostaria de registrar o meu mais completo apoio ao manifesto intitulado “Grito do Sana”, cujo programa tem um conjunto de medidas necessárias à região”. (Roberto Alves Lourenço – Médico  Tel 21 -  3326  3452).