O Greenpeace fez um protesto no dia 23/12, em frente ao Consulado Geral da Dinamarca em São Paulo, para pedir a liberdade de quatro ativistas da organização, presos em Copenhague durante a realização da Conferência do Clima (COP15).
Os ambientalistas foram detidos quando participavam de um protesto, absolutamente pacífico, no palácio de Christiansborg, na semana passada. Em um jantar oferecido pela família real dinamarquesa a mais de cem chefes de Estado que participavam da COP, eles esticaram uma faixa com a mensagem: “Políticos falam. Líderes agem”.
Mesmo sem julgamento, os quatro podem ficar presos até o dia 7 de janeiro em regime de comunicação restrita, o que significa passar as festas de final de ano longe de suas famílias. Um dos ativistas é do escritório da Dinamarca, os demais são da Espanha, Suíça e Holanda.
“O mais injusto dessa prisão é que eles estão pagando por terem representado, em um protesto pacífico, a voz de milhões de pessoas que pediam por um acordo para salvar o clima do planeta”, diz o diretor de campanhas, Sérgio Leitão.
Os escritórios do Greenpeace na Espanha, Holanda, Noruega, Suíça, México, Argentina, Alemanha e Áustria também realizam atividades pedindo a libertação dos ativistas. Em São Paulo, o Greenpeace abriu uma faixa com o pedido em português e inglês, além de entregar uma carta com mais detalhes do caso.
Quem são os ativistas presos:
Juan Lopez de Uralde é diretor executivo do Greenpeace na Espanha. Pai de uma menina de 13 anos e um garoto de nove anos, ele começou no Greenpeace como voluntário do navio Rainbow Warrior no início dos anos 90.
Nora Christiansen é norueguesa, mas trabalha no escritório do Greenpeace na Dinamarca, há 10 anos, na área de captação de recursos. Ela é mãe de duas crianças.
Christian Schmutz começou como voluntário em 2003 e hoje é coordenador da área de logística do Greenpeace na Suíça. É pai de um menino de dois anos.
Joris Thijssen, trabalha no escritório central do Greenpeace, na Holanda. Ele é coordenador da campanha do clima.