Mulher coleta água para sua família na Namíbia. Foto: ONU/Eskinder Debebe
Altos funcionários das Nações Unidas destacaram nesta segunda-feira (8) que a comunidade internacional deve combater as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões e dentro dos países, acrescentando que o combate é fundamental para alcançar a sustentabilidade e evitar crises.
“Se as desigualdades continuam aumentando, o desenvolvimento pode não ser sustentável”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em debate temático da Assembleia Geral sobre desigualdade. “As sociedades onde a esperança e as oportunidades são escassas estão vulneráveis a revoltas e conflitos“, disse.
“A desigualdade pode gerar crime, doença, degradação ambiental e prejudicar o crescimento econômico.”
Ban observou que as metas de combate à pobreza – conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – foram extremamente bem sucedidas, mas que o progresso tem sido desigual. O secretário-geral sublinhou a importância de a agenda de desenvolvimento pós-2015 lidar com essas desigualdades e promover a prosperidade compartilhada.
Para o presidente da Assembleia Geral, Vuk Jeremić, a realização da transição universal para a sustentabilidade exige um compromisso maior dos países para reduzir a distância entre os que têm e os que não têm e pediu aos Estados-membros que trabalhem juntos para atender às necessidades “dos muitos que foram deixados para trás”.
Jeremić acrescentou que para avançar é fundamental incorporar completamente a luta contra a desigualdade na agenda do desenvolvimento sustentável e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, acordados na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.