O livro contém matéria que retrata a igreja de São João Batista, construída em 1812. Nesta matéria, realizada em abril de 2006, o então secretário de Acervo e Patrimônio Histórico, o professor de História, Ricardo Meirelles, lembra que essa igreja fora construída para ser o principal templo de Macaé e que conserva seus traços arquitetônicos na área externa. Sino, torre e altura da calçada permanecem intactos.
Já na matéria sobre o sítio arqueológico da Ilha de Santana, feita em maio de 2006, entrevistei a professora do departamento de Antropologia do Museu Nacional da UFRJ, Tânia Andrade Lima. Ela contou que na década de 1980, foram descobertos cinco esqueletos pré-históricos, de primitivos que habitaram a ilha no século VII DC. Também foram encontrados restos mortais de um escravo, que lá esteve no período colonial.
A recuperação de imagens sacras do século XVIII na igreja de Sant'anna, pela restauradora Darticléia Alencar Diniz, num trabalho promovido pela então Secretaria de Acervo e Patrimônio Histórico da prefeitura de Macaé, é contada por mim na matéria "Prefeitura recupera imagens sacras do século XVIII".
A catalogação de material sobre vida e obra do músico macaense Benedito Lacerda feito pelo músico Rubem Gonçalves Almeida Pereira ocupa o conteúdo do texto de agosto de 2007, intitulado "Projeto mostrará vida e obra de Benedito Lacerda".
O livro "Laços de História" também contém artigo sobre Zé Mengão, cujo bar funcionou durante 40 longos anos. Segundo o professor de História Ricardo Meirelles, Zé Mengão é uma lenda viva em Macaé, pois em seu bar reuniam-se políticos que relataram inúmeras atividades e ações, além de situações e emoções, a respeito da cidade, que antes era denominada como princesinha do Atlântico e hoje como capital nacional do petróleo.
Meirelles conta sobre a importância do jornal "O Século", cujo conteúdo é analisado por estudantes que fazem pós-graduação, mestrado e doutorado. Esse jornal reflete a visão política, econômica, social e cultural de Macaé dos séculos XIX e XX. Meirelles comenta que a posição política desse periódico era abolicionista, em época em que a escravatura dominava de norte a sul do país, que por sua vez era governado por um regime monárquico.
Já sobre as matérias a respeito dos "Caminhos de Darwin", o livro conta um pouco da vida e da obra do famoso cientista inglês, Charles Darwin, que passou por Macaé, em 1832. Doze placas foram inauguradas em 2008 acerca da passagem dele pelos municípios do estado do Rio de Janeiro. E Macaé recebeu uma placa comemorativa instalada na Avenida Presidente Sodré.
Já na matéria sobre a imagem de Nossa Senhora de Fátima que veio a Macaé em maio de 2009, conta que os católicos macaenses viveram uma experiência marcante que foi a passagem desse ícone português em terras macaenses. Neste dia, fiéis se emocionaram na igreja Nossa Senhora de Fátima, por causa da imagem que fora feita a partir das indicações da irmã Lúcia, vidente que em 1917 vira a santa em Fátima, Portugal.
Há um texto com foto do fotógrafo Kaná Manhães que mostra as relíquias da história macaense, que compõem a exposição permanente "Memórias de Cézar Mello". De acordo com Meirelles, são 50 peças disponíveis do século XIX e início do XX para todo o mundo ver.
Enfim, o livro "Laços de História" mostra diversas atividades históricas ocorridas em Macaé, que podem ser lidas em minhas reportagens. Em todas as matérias do livro "Laços de História" há fotos. O Solar dos Mellos, suas exposições, filmes e atividades desenvolvidas para a sociedade macaense são alvo dessas matérias. Como exemplo, cito a matéria sobre a imagem mais antiga de Macaé, Nossa Senhora da Santa Virgem, de 1747. Também há relatos sobre arqueologia, pesquisas históricas, paleografia, visitas guiadas, projeto Professor Investigador e outras.
Alexandre Bordalo - Jornalista
