Fundação Dorina Nowill conta com 210 títulos digitalizados e 800 usuários cadastrados no LIDA
A Fundação Dorina Nowill para Cegos criou um site especial para o LIDA – Livro Digital Acessível - ferramenta criada pela Fundação que dá acesso a deficientes visuais a livros digitalizados, por meio de um sistema de voz digital e letras expandidas. Pelo site www.lida.org.br , o internauta pode pesquisar quais títulos já estão disponíveis no formato digital, tirar dúvidas sobre a configuração ideal para que o CD funcione corretamente no computador e quais as facilidades ao usuário. Desde março, quando a ferramenta foi lançada, já foram disponibilizados 210 títulos para 800 usuários. A meta da Fundação é chegar a 300 títulos até o final do ano. "Por meio desse site, o trabalho de distribuição do LIDA será agilizado. O processo de instalação e o uso também serão facilitados, já que o usuário terá acesso fácil e rápido a várias informações sobre instalação e funcionamento", conta Ricardo Soares, coordenador do Livro Digital da Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Fruto de dois anos de pesquisas tecnológicas e contatos com outras instituições de apoio a cegos em todo o mundo, o LIDA foi criado a partir de determinadas premissas para garantir sua viabilidade e uso: plataforma baseada em padrão mundial; portabilidade de uso em diversos computadores; fácil navegação e segurança. Entre suas funcionalidades se encontram: busca de palavras, marcação de texto, anotações, soletração de palavras e a garantia da integridade e inviolabilidade das obras. O projeto tem como parceiro o Banco Bradesco
Hoje, o LIDA disponibiliza no formato digital acessível o Michaellis, Dicionário Prático da Língua Portuguesa, com 36 mil verbetes e no campo de Psicologia, os dois primeiros títulos disponíveis são Idéias de Histórias – Tradição e inovação de Maquiavel a Herder, de Marcos Antônio Lopes e Risco e Prazer – Os jovens e o imaginário da AIDS, de Leila Sollberger Jeolás. Na área do Direito, curso de grande procura por parte dos deficientes, possui títulos de referência como Elementos de Teoria Geral do Estado, de Dalmo de Abreu Dallari; Manual de Direito Comercial, de Fábio Ulhoa Coelho; Lições Preliminares de Direito, de Miguel Reale; A Sedução no Discurso – O Poder da Linguagem nos Tribunais, de Gabriel Chalita; Direito Civil Brasileiro – Teoria Geral das Obrigações Vol. II e Direito Civil Brasileiro – Direito da Família, de Carlos Roberto Gonçalves; Manual de Direito Financeiro e Tributário, de Eduardo Marcial Ferreira; Curso de Direito Penal Vol. I, de Fernando Capez.
Sobre Dorina de Gouvêa Nowill - Nascida em São Paulo em 1919 e ficou cega aos 17 anos devido a uma patologia ocular. Em 1946, junto com um grupo de amigas criou a Fundação para o Livro do Cego no Brasil, que depois mudou de nome para Fundação Dorina Nowill para Cegos. A entidade se consolidou como um dos principais empreendimentos sociais no Brasil ao favorecer a inclusão social de crianças, jovens e adultos cegos ou com baixa visão por meio de ações educativas e culturais. Dorina é casada, mãe de 5 filhos e tem 12 netos.
