PT em Macaé (RJ) se inspira no presidente Lula

Vai apoiar a reeleição do prefeito da burguesa oligarquia local!

Depois do presidente Lula afirmar “realidade local deve ditar aliança nos municípios”, contrariando veto da cúpula nacional petista de apoio do PT ao pré-candidato a prefeito da capital mineira do PSB indicado pelo governador tucano Aécio Neves.  Agora é o PT em Macaé (RJ) que decidiu não lançar candidatura própria para apoiar a de um partido da chamada base aliada do apelidado governo de coalizão, do próprio presidente Lula. Na Capital do Petróleo, o apoio do PT será dado à reeleição do alcaide Riverton Mussi (ex-PSDB e atualmente no PMDB) que é membro da burguesa oligarquia que domina a política local há 31 anos. Isto foi decidido por 87 contra 13% dos votos válidos no Encontro realizado na Câmara Municipal, sábado (09 de maio). A mencionada afirmação do presidente Lula se trata de uma “senha”. Seu alcunhado governo de coalizão significa governar muito mais para a burguesia do que para o povo trabalhador. Já no caso do PT, tudo começou em 1987 no V Encontro nacional quando, com apoio do então presidente petista Lula, o secretário-geral José Dirceu comandou a aprovação da “tese” do atual campo majoritário (ex-tendência Articulação) intitulada “Acumulação de Forças” cujo significado é o de que nunca se pode lutar porque “a etapa é de acumulação de forças”. Desta “tese” surgiu outra etapa, a “Democrática e Popular” através de governos autoproclamados de democráticos e populares cuja política significou o início da destruição do princípio da independência de classe do PT.                  
Haja vista, a “tese” vencedora (mas, sem debates) no Encontro de Política de Aliança e Tática Eleitoral do PT local tem o título enganador “Trabalhando por Macaé” e é apoiada, dentre outros, pelo fisiológico vereador filiado ao PT e pelo presidente municipal petista. É deste, aliás, a seguinte pérola “o PT tem evoluído muito nos seus diálogos internos. Acredito que conseguimos fazer uma boa análise de conjuntura do cenário político de Macaé e encontramos a melhor tática eleitoral para o partido. Este amadurecimento evidente do partido proporciona a sociedade uma opção confiável para os próximos pleitos eleitorais”. Para a vencedora “tese” (sem debates), o PT apoiará candidato de outro partido, sem que estejam definidos os nomes (do candidato e do partido).
Tais nomes serão definidos no dia 07 de junho próximo em novo Encontro Municipal dos delegados eleitos pelas chapas “Trabalhando por Macaé” (hegemônica) que é constituída por petistas integrantes e apoiadores da administração do alcaide macaense. Já a chapa “História, Esperança e Dignidade” (minoritária) é integrada por petistas oposicionistas, em termos locais. Isto é, de todas as correntes e tendências, com exceção da Esquerda Marxista (defensora da independência de classe do PT ante a burguesia e seus partidos). Na oportunidade será anunciada a política de alianças majoritária (prefeito e vice) e proporcional (vereadores) uma vez que ambas chapas definiram que o diálogo será com todos os partidos da base aliada do governo do presidente Lula.               
A intenção do presidente Lula, as envelhecidas idéias da juventude local e as agruras dos petistas governistas em Macaé!       
Há alguns anos o presidente Lula tem dito que gostaria de fazer “um partido com pessoas de bem do PT e PSDB”. Isso explica a demagogia, o oportunismo e o populismo exibidos nos discursos durante o Encontro Municipal do dia 09 de maio. Por exemplo, a do presidente municipal petista “A cidade (Macaé) precisa de um PT coerente e que seja uma opção segura e madura. Estamos investindo na juventude que será o partido amanhã. Atualmente, dos nove membros da Comissão Executiva Municipal, cinco são jovens com menos de 29 anos”. Tais “jovens” se referenciam nas idéias e práticas do presidente petista que durante o mandato de edil (2001-2004) se perdeu, tentando fazer o que ele chamou de “oposição inteligente” à burguesa oligarquia local.
Tanto que, em 2004 ele acabou renunciando como pré-candidato a prefeito petista para ser o candidato à vice do então candidato a prefeito do PMDB; por sinal, se trata de um fisiológico ex-edil que voltou ao ninho da oligarquia como secretário de governo do atual alcaide macaense. Seria cômico se não fosse trágico para a independência de classe do PT e, consequentemente do povo trabalhador local os equivocados discursos proferidos durante o Encontro como o do presidente municipal do PT “A maioria dos petistas acreditam que a eficiente gestão nas secretarias municipais que o PT tem autonomia para que sejam aplicadas as diretrizes históricas do partido em prol da sociedade de Macaé, foi fator determinante para a vitória da tese Trabalhando por Macaé”.
Já o pelego presidente do Sindicato dos Bancários, afirmou “O PT está fazendo a diferença no governo (municipal). Em poucos meses conseguimos a gratuidade da FeMASS (fundação-faculdade municipal privada), ampliar o complexo universitário (privado) e seus convênios com UFRJ e UFF, criamos o Fundo (privado) do Meio Ambiente, reformamos o Teatro Municipal e estamos tocando a reabertura do Cine Clube Macaé em parceria com a Petrobrás. Temos o reconhecimento da sociedade, mas não somos unanimidade dentro do nosso próprio partido”. Estiveram também presentes ao Encontro outros petistas que integram o governo municipal como a presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC) e o presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac).
Este, que é petista e psiquiatra, apareceu pela 1ª vez em uma reunião (ano passado) para pegar o mencionado cargo. No Encontro, ele discursou “O processo político é indissociável do trabalho técnico. Fiz questão de fazer a defesa do nosso trabalho frente às secretarias. Não temos certeza se a nossa participação neste governo é a forma mais correta, mas podemos afirmar com certeza que estamos fazendo a diferença e quem está ganhando com isto é a sociedade macaense”. Por fim, o presidente municipal do PT disse “Com o resultado deste Encontro, todas as esperanças de candidatura própria estão enterradas. O partido reconhece que este não é o momento ideal e que para isto precisa consolidar este novo momento para que num futuro próximo possa se lançar à prefeitura de Macaé”.
*jornalista – é suplente no diretório petista local e militante da corrente intra PT (Esquerda Marxista).                   
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