Não simpatizo com Marina Silva, jamais votaria nela ou a apoiaria para presidenta da República.
Mas sempre detestei o jogo sujo na política, então me deixaram enojado as fortíssimas pressões de bastidores para que sua Rede fosse impugnada, com o claríssimo objetivo de inviabilizar um projeto que atrapalhava os planos petistas.
Sou revolucionário, portanto me identifico com Marx, Proudhon, Lênin, Trotsky, Rosa Luxemburgo, Gramsci, Guevara e que tais; Maquiavel sempre foi outro departamento.
E o pior é que os aprendizes de feiticeiro do Planalto acabaram fabricando um monstro: teria sido muito mais fácil enfrentar Eduardo Campos e Marina separadamente do que unidos.
Agora, com um ano de antecedência, as candidaturas viáveis já estão reduzidas a três, tornando inevitável o segundo turno. E eu não tenho dúvidas de que será o PSB, e não o PSDB, o grande adversário do PT.
Não dá para descartarmos nem mesmo a possibilidade de que a mudança do quadro obrigue os petistas a tirarem o seu maior craque do banco de reservas.
Faz muito tempo que eu não vejo um tiro pela culatra produzir tamanho estrago. Bem feito!
* jornalista e escritor. http://naufrago-da-utopia.blogspot.com