A REVOLUÇÃO NÃO É O CONVITE PARA UM JANTAR

"A revolução não é o convite para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado, ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um ato de violência pelo qual uma classe derruba a outra."

Não sou fã incondicional do velho Mao Tsé-Tung, mas ele tinha lá seus momentos. Esta frase é uma pérola.

Muitos companheiros estão assustados com o rumo que os protestos de rua tomaram em Sampa. Como a participação da direita fardada foi catastrófica, agora é a direita de jeans que reage ao movimento, com mais argúcia.

 

E, também, com uma aparente forcinha do PT. Não dá para acreditarmos que o Rui Falcão mandasse militantes embandeirados para o olho do furacão sem prever que seriam hostilizados. Meu palpite é bem outro: ele queria que acontecesse exatamente o que aconteceu.

Era óbvio que a direita, em qualquer ponto do caminho, tentaria transformar a rejeição generalizada aos podres Poderes numa rejeição individualizada ao Governo Dilma. E é óbvio que a presença ostensiva dos  petistas facilitou a jogada, pois quase todos que estavam na manifestação paulistana eram contra eles, por um outro motivo.

Luta política de verdade é assim. Também em 1968 nos defrontávamos com núcleos de estudantes reacionários dos cursos de Exatas da USP, com os agrupamentos fascistas existentes no Mackenzie, etc. A revolução não é o convite para um jantar.

Eu seria capaz de apostar que, já na próxima manifestação, os  indignados  paulistanos restabelecerão o foco correto.

E deixo registrado meu total repúdio à falácia das redes virtuais petistas, que tentam desqualificar em bloco a mais importante luta social brasileira deste século. 

Trata-se de um fenômeno novo e temos de apostar que a vertente revolucionária nele acabará prevalecendo... ou, simplesmente, não há mais esperança para nós. Pois da esquerda palaciana já não podemos esperar mais nada, em termos revolucionários. 

Ela se tornou definitivamente reformista, empenhada apenas em manter sua atual posição de mera gerenciadora do capitalismo, mediante a distribuição de algumas migalhas a mais para os explorados. E não, jamais, nunca, de maneira nenhuma, a fatia completa do bolo a que eles têm direito.

Do blogue Náufrago da Utopia

publicidade
publicidade
Crochelandia

Blogs dos Colunistas

-
Ana
Kaye
Rio de Janeiro
-
Andrei
Bastos
Rio de Janeiro - RJ
-
Carolina
Faria
São Paulo - SP
-
Celso
Lungaretti
São Paulo - SP
-
Cristiane
Visentin

Nova Iorque - USA
-
Daniele
Rodrigues

Macaé - RJ
-
Denise
Dalmacchio
Vila Velha - ES
-
Doroty
Dimolitsas
Sena Madureira - AC
-
Eduardo
Ritter

Porto Alegre - RS
.
Elisio
Peixoto

São Caetano do Sul - SP
.
Francisco
Castro

Barueri - SP
.
Jaqueline
Serávia

Rio das Ostras - RJ
.
Jorge
Hori
São Paulo - SP
.
Jorge
Hessen
Brasília - DF
.
José
Milbs
Macaé - RJ
.
Lourdes
Limeira

João Pessoa - PB
.
Luiz Zatar
Tabajara

Niterói - RJ
.
Marcelo
Sguassabia

Campinas - SP
.
Marta
Peres

Minas Gerais
.
Miriam
Zelikowski

São Paulo - SP
.
Monica
Braga

Macaé - RJ
roney
Roney
Moraes

Cachoeiro - ES
roney
Sandra
Almeida

Cacoal - RO
roney
Soninha
Porto

Cruz Alta - RS