Água potável do futuro vai ser tratada com luz e nanotecnologia, diz estudo

Pesquisadores dizem que ainda há muito a ser feito para melhorar abastecimento. Com investimento adequado, novas tecnologias permitirão uso de reservatórios marinhos.

 

 São Paulo, SP - A combinação criativa de antigas e novas tecnologias pode melhorar um bocado a qualidade e a abundância da água potável no mundo, de acordo com um artigo científico publicado na edição desta semana da revista britânica "Nature". No trabalho, pesquisadores das principais universidades americanas avaliam que áreas relativamente novas da ciência, como a nanotecnologia, têm potencial para eliminar o risco de doenças transmitidas pela água e fazer com que o mar se torne um imenso reservatório para consumo humano.

No artigo da "Nature", a equipe coordenada por Mark Shannon, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign (EUA), avalia que está na hora de deixar de lado os sistemas de tratamento de água baseados apenas no uso do cloro. É claro que a água clorada ajuda um bocado na prevenção de doenças, mas ela deixa passar uma série de microrganismos (tanto bactérias quanto protozoários) que podem causar infecções intestinais sérias, entre outros problemas.

A resposta, para Shannon e companhia, é adotar a velha máxima bíblica: faça-se a luz. Eles recomendam o uso de produtos químicos especiais ativados pela ação da luz visível ou dos raios ultravioleta, que ajudariam a destruir os patógenos (causadores de doenças) que se escondem dentro d'água. A mera ação da luz já é capaz de detonar muitos desses vilões, e a combinação com substâncias especiais ajudaria a potencializar esse efeito.

Para conseguir isso, regiões mais pobres poderiam criar estações de tratamento diretamente acessíveis à luz solar, ou então, em áreas com mais recursos, desenvolver redes de fibra óptica que levariam
Menos poluentes, menos sal

Outro truque que as estações de tratamento de água poderão realizar no futuro envolve o DNA, a molécula mais importante para a hereditariedade dos seres vivos. Em laboratório, os cientistas já estão usando o DNA como uma espécie de "ímã" para elementos químicos nocivos na água -- com isso, é possível detectar com alto grau de precisão poluentes em quantidades baixas, mas que ainda são podem ser perigosas.

O grande sonho da ciência nesse ramo, contudo, envolve a dessalinização -- ou seja, o uso da água salgada do mar ou de lagos salobros para o abastecimento humano. Nesse ramo, a grande promessa são os nanotubos de carbono -- estruturas tubulares com tamanho da ordem de apenas um bilionésimo de metro. O interessante é que elas conseguem deixar passar a água e reter o sal com altíssimo grau de afinidade química, o que possibilitaria, no futuro, filtros para a água do mar com grande eficiência.

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